Mota Urgeiro Livro
Uma pintura em movimento mas contemplativa
de Afonso Almeida Brandão
Sobre
o LivroO debate sobre valores comparados da arte figurativa e da não figurativa (ou abstracta) é tão antigo quanto o surgimento da última, acontecidos nos inícios do século passado.
Digamos que são cerca de cem anos de discussão mais ou menos estéril, ambas filhas de tempo diferentes e por isso legitimas e passiveis de sã desejável convivência. É da espécie humana, o observador pretender discernir o que vê plasmado por um artista num suporte, seja ele tela ou madeira, ou uma escultura, numa base mimética em que isto é isto.
Por isso, o figurativo continuará a existir, embora o seu oposto, a arte do isto pode ser isto ou aquilo também esteja enraizado, definido - e ainda bem, pelos caminhos que pode desbravar, de pesquisa e inovação.
De modo que é inútil prolongar a dicotomia que enfermou parte significativa do discurso teórico artístico (crítico e histórico) do Século XX, deixando a cada uma das artes o seu caminho, que se quer sempre em desenvolvimento.