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Memórias do Subterrâneo

de Fiódor Dostoiévski; Tradução: António Pescada

editor: Relógio D'Água, maio de 2017
«Eu sou um homem doente… Sou um homem mau. Sou um homem nada atraente. Penso que sofro do fígado. Aliás, não percebo patavina da minha doença nem sei ao certo de que é que sofro. Não me trato e nunca me tratei, embora respeite a medicina e os médicos.»
Novidades Autor da semana Fiódor Dostoiévski

Autor da semana: Fiódor Dostoiévski

O autor, Fiódor Dostoiévski UM Em 1821 nascia o escritor Fiódor Dostoiévski, que é hoje considerado um dos maiores escritores russos e uma das mais importantes referências literárias na história. DOIS Dostoiévski foi um dos escritores que mais esquadrinhou a mente humana. Como um samurai. Com um poder de observação acima da média, Fiódor ofereceu-nos personagens tão reais que, ainda hoje, conseguimos ouvi-las, vê-las e tocá-las como se estivessem ali mesmo, ao nosso lado, a segurar-nos a mão, enquanto viramos a página. TRÊS Filho de Maria Feodorovna e de Mikhail Dostoiévski, um médico militar com quem o escritor nunca teve uma boa relação e que o forçou, aos 15 anos, a mudar-se para S. Petersburgo, com vista a estudar na Escola Militar de Engenharia. A sua mãe tinha, então, acabado de falecer. QUATRO À dor causada pela morte da mãe junta-se a dor de perder o pai três anos depois. Dostoiévski tinha então 18 anos e experimentava sentimentos ambíguos: tristeza por ter perdido o pai e culpa por ter desejado a sua morte. Desta ambiguidade de sentimentos, nasce, posteriormente, uma das suas obras mais importantes: Os irmãos Karamazov. Mas não nos vamos apressar na história de vida deste grande nome da literatura universal. CINCO Pese embora a sua forte tendência para as letras, Dostoiévski consegue terminar o curso de engenharia na Escola Militar, mas, findo o curso, deixa tudo e dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida. SEIS Em 1846 Fiódor Dostoiévski estreia-se com o seu primeiro romance, Gente Pobre, uma história que tem lugar num dos bairros mais miseráveis de S. Petersburgo, onde um funcionário de meia-idade troca correspondência com uma jovem costureira. Demasiado pobres para se casarem, o seu amor passa todo e apenas por estas cartas, onde contam um ao outro os pequenos acontecimentos do seu dia a dia. SETE O escritor fez parte do círculo de Petrashevski, um grupo de discussão literária formado por intelectuais progressistas que se opunham ao czarismo. Fruto da ligação a este grupo, o escritor é, em 1849, condenado à morte por suspeita de conjura revolucionária. OITO A pena, no entanto, foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante estes duros anos de degredo, Dostoiévski desenvolve uma doença no cérebro (até hoje não confirmada): epilepsia ou uma doença histérica como afirmou Freud. Desta experiência surge Cadernos da Casa Morta (1862). Capa do livro Cadernos da Casa Morta, de Fiódor Dostoiévski NOVE Dostoiévski escreveu com intuição poética e alcance filosófico, mas desengane-se quem acredita que o autor foi reconhecido no seu tempo. O escritor russo vivia endividado e escrevia a uma velocidade impressionante, ameaçado por prazos e dificuldades económicas. Chegava mesmo a não ter tempo para rever o texto que ditava à datilógrafa. Por fim, acabou por viciar-se no jogo (dependência bem patente na sua obra O Jogador). DEZ Dostoiévski influenciou largamente os trabalhos de muitos pensadores ocidentais, entre eles Friedrich Nietzsche e Jean-Paul Sartre, e deu início a um estilo literário posteriormente perseguido por escritores como Albert Camus, George Orwell, Marcel Proust, Franz Kafka e Ernest Hemingway. Simultaneamente Fiódor Dostoiévski foi um precursor do pensamento de Sigmund Freud, sobre quem o psicanalista comentou: “Os Irmãos Karamázov é o romance mais magistral que alguma vez se escreveu, e nunca seremos capazes de apreciar devidamente o episódio do Grande Inquisidor, que é uma das maiores realizações da literatura mundial.” ONZE Dostoiévski imprimiu grande espessura e densidade psicológica às suas personagens, cujas motivações, conscientes ou inconscientes, são exploradas de forma verdadeiramente inovadora. Não são figuras confinadas à vida russa do século XIX, mas antes um reflexo das mais profundas inquietações humanas. Raskolnikoff, Aliocha, Dmítri, Ivan, o príncipe Míchkin… personagens tão reais que sangram e, ao fazê-lo, abrem as nossas próprias feridas. DOZE Alguém escreveu em tempos que “ler Dostoiévski é como descobrir o amor ou ver o mar pela primeira vez, marca um momento importante na nossa vida”. Sim, ler Dostoiévski é isso mesmo!

Fonte: www.online-literature.com | www.fyodordostoevsky.com | culturainquieta.com

Memórias do Subterrâneo

de Fiódor Dostoiévski; Tradução: António Pescada

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896417420
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: maio de 2017
Idioma: Português
Dimensões: 146 x 224 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 136
Tipo de produto: Livro
Coleção: Clássicos para Leitores de Hoje
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896417420
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"Deleite"

Vasco Costa

"Duas vezes dois quatro", todas as certezas, dúvidas, hesitações, fugas e actos de coragem do protagonista, que nos deixam a reflectir sobre nós próprios e a nossa vida. Teremos todos o nosso subterrâneo? Uma coisa é certa: prazer numa dor de dentes, não tenho! Uma verdade! A obra de F.D.: "belo e sublime".

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Delicioso na forma como descreve a contradição humana

Rui Bras

A forma como Dostoiévski nos leva de uma emoção para outra é deliciosa, numa viagem interminável da contradição humana, expectantes no caminho a seguir pelo protagonista, a quem nos reconhecemos num ou noutro momento da nossa vida.

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Um livro incómodo

nointeriordoslivros.blogspot.com

Dostoiévski é um mestre da narrativa, da descrição de estados de alma - dos mais negros e perturbados aos mais sublimes e elevados - e isso passa para o leitor. Se são as linhas de esgoto que descreve, é certo que sentiremos náuseas. Se, ao invés, for o êxtase e o júbilo, é isso que nos fará sentir. E entre uma coisa e outra, vai revelando aquilo que faz dele um dos grandes nomes da literatura mundial de todos os tempos.

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A "náusea" da desesperança

Joana L.

A "náusea" permanentemente sentida pelo narrador remete-nos para a sensação sentida pelo protagonista de Crime e Castigo. No entanto, enquanto em Crime e Castigo há uma mensagem de esperança no meio da revolta do protagonista - pois é a busca de um "sentido" para o absurdo da vida, a busca da redenção que pauta as peripécias do jovem protagonista -, neste livro temos um homem mais velho e desesperançado, em que a náusea não é parte de uma luta interior, mas já um quase estado de natureza.

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Muito bom!

Daniel Cunha

Excelente livro, grande análise a psique humana bem ao estilo de Dostoievski.

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 11.11.1821 - S. Petersburgo, 09.02.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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