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“O livro desmantela completamente a imagem de Ratzinger obscurantista, retrógrado”, avalia o vaticanista Sandro Magister, após a apresentação do livro. Conceituado especialista do Vaticano, crítico de Ratzinger, Magister dizia à AFP que o Papa manifesta agora “vontade de compreender o mundo”.
A questão do preservativo marcou mediaticamente, desde sábado, a pré-publicação do livro. Nesse dia, o "L’Osservatore Romano", jornal do Vaticano, divulgou excertos. Ali se lia que, “em casos pontuais, justificados”, se pode usar o preservativo.
A afirmação teve reacções positivas em todo o mundo, nomeadamente de organizações de luta contra a sida. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse, em entrevista ao PÚBLICO, que o Papa era “bastante pragmático e realista”. A directora da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, falou em “boas notícias”.
“É uma maravilhosa vitória do senso comum e da razão”, reagiu Jon O’Brien, do grupo Católicos pela Escolha, citado pela Reuters. E o director da Onusida, Michel Sidibe, falou num passo “positivo”.
O autor da entrevista, Peter Seewald, considerou ontem “penoso” e ridículo” que os media se concentrem apenas no preservativo. “O livro aborda a sobrevivência do planeta ameaçado, o Papa lança um apelo a toda a humanidade, o nosso mundo afunda-se e metade dos jornalistas só se interessa pela questão do preservativo”, afirmou na apresentação.
Muitos outros temas da Igreja e do mundo, bem como dos cinco anos de pontificado de Ratzinger, passam pelo livro, que não ignora polémicas provocadas por afirmações do Papa — o tema do preservativo surge nesse contexto, quando Bento XVI explica o que pretendeu dizer na viagem a África. E, confessa, algumas das polémicas foram para si inesperadas.
Ratzinger abriu uma importante brecha no tema da contracepção, mas mantém outras ideias da doutrina tradicional: a homossexualidade, por exemplo, “opõe-se à vontade de Deus”, mas os homossexuais “merecem respeito” e “não devem ser rejeitados por causa disso”.
Estas afirmações provocaram ontem a reacção da mais importante associação de defesa dos direitos de homossexuais italianos. A Arcigay afirmou: “As palavras do Papa humilham milhões de vidas que têm que suportar discriminações todos os dias.” E anunciou “contestação directa ao Papa” no futuro imediato.
A recusa de ordenação de mulheres é outro tema de conversa entre Bento XVI e Peter Seewald, jornalista alemão que já antes publicara outras duas entrevistas com o então cardeal Joseph Ratzinger ("O Sal da Terra" está editado na Tenacitas). A não-ordenação de mulheres “é uma vontade de Deus”, afirma, retomando afirmações suas segundo as quais o debate está dado por terminado pelo Vaticano.
Divorciados e renúncia
O Papa sugere, entretanto, ser necessária “uma reflexão” sobre a proibição de pessoas divorciadas que voltaram a casar não poderem comungar. E, pela primeira vez publicamente, assume também a possibilidade de resignação do cargo. “Não se pode fugir quando o perigo é grande. Em consequência, não é certamente o momento de me demitir”, diz no livro, citado pela AFP. Mas “se o Papa não estiver em forma fisicamente e espiritualmente”, a hipótese de abdicar do cargo deve ser colocada.
Polémica, no início de 2009, foi também a retirada da excomunhão (mas sem o ter reintegrado na Igreja Católica) do bispo integrista Richard Williamson, que nega o Holocausto. Bento XVI confessa “não ter tomado consciência de quem se tratava”. Na altura, comentou-se que alguém no Vaticano teria omitido informação ao Papa sobre Williamson, pois o negacionismo do bispo era conhecido.
A primeira grande polémica, após o discurso de Ratisbona sobre a violência, em que Bento XVI citou uma frase que se referia a Maomé, foi originada por um discurso “mais académico que político”, afirma agora Ratzinger. Ao contrário do que as manifestações dessa altura evidenciaram, católicos e muçulmanos estão “comprometidos hoje numa luta comum, a defesa dos valores religiosos”.Também a propósito do islão, acrescenta: “É importante que permaneçamos intensamente em contacto com todas as forças muçulmanas abertas ao diálogo, para que se possam produzir mudanças onde o islão liga verdade e violência.”
Outras afirmações do livro trazem novas polémicas no bico: as afirmações sobre Pio XII, o seu antecessor que governou a Igreja no tempo da II Guerra Mundial, provocaram a reacção de organizações judaicas. Pio XII foi “um dos grandes justos, que salvou os judeus mais do que ninguém”, afirma Bento XVI no livro. “Naturalmente, podemos perguntar sempre: ‘Por que é que ele não protestou com mais vigor?’ Creio que ele viu as consequências que poderia ter havido com um protesto público”.
Vários responsáveis judaicos protestaram. Entre eles, o rabino David Rosen, do Comité Judaico Americano, que respondeu à AFP: “Há certamente muitos argumentos para rejeitar as acusações de imobilismo de Pio XII enquanto a vida dos judeus e de outros estava em perigo. Mas não só Pio XII nunca interpelou directamente o regime nazi sobre a questão do extermínio dos judeus, como, mais grave, nunca exprimiu publicamente a condenação, nem mesmo o lamento, após o fim da II Guerra Mundial.”
23.11.2010, in Público, por António Marujo
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789728835750 |
Editor: | Lucerna |
Data de Lançamento: | dezembro de 2010 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 233 x 11 mm |
Páginas: | 216 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Religião e Moral > Ciência e História das Religiões |
EAN: | 9789728835750 |
Desconcertante
Filipa Pereira
A minha apreciação sobre este livro, resume-se numa palavra: desconcertante. O conteúdo deste livro é de uma riqueza enorme e faz cair por terra todas as armas que qualquer leitor possa ter apontadas a Bento XVI sobre a sua forma de pensar ou agir. Daí que a leitura deste livro não pode deixar o leitor indiferente ao brilhante pensamento deste servo de Deus, revelando uma abertura e conhecimento dos problemas da actualidade, mais evidente do que nunca.
Recomendo vivamente
Luis Oliveira
Uma entrevista muito interessante feita por Peter Seewald, um jornalista alemão conceituado, ao Papa Bento XVI, um dos maiores pensadores da Europa dos nossos tempos. O resultado é um livro cativante do princípio ao fim feito de perguntas sobre temas muito actuais. As perguntas são muito directas. As respostas são objectivas e, ao mesmo tempo, profundas. Recomendo vivamente este livro para quem quer conhecer melhor o pensamento de Bento XVI ou pretende perceber as respostas da Igreja para os problemas do Homem do sec XXI