Gertrud

de Hermann Hesse
editor: Difel, abril de 2001
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Um texto de uma beleza formal absolutamente espantosa, que revela a irredutibilidade da arte (música) à vida. A música assume-se exclusiva, devoradora da capacidade das personagens de amar, de (sobre)viver à realidade quotidiana. Acresce que é uma história de um amor frustrado que encontra a voz sóbria e contida no narrador. Hermann Hesse consegue, com um acervo notável de palavras, compor uma sonata melancólica e resistente que ecoa a temática difícil do princípio do século da arte contra a vida e, ao mesmo tempo, antecipa metaforicamente as pulsões destruidoras que estiveram na origem do 3º Reich. Este é um texto de inúmeras que poderá ser lido a um sem número de níveis. Pela sua beleza frágil e aura nostalgia esta obra reconciliará todos os “descrentes” de Hesse e maravilhará os (muitos) admiradores do autor.

Em «Gertrud» o leitor acompanha as convulsões interiores de um jovem compositor, enredado nas encruzilhadas da adolescência, em conflito com as aspirações da sua classe de origem, à media burguesia, inseguro quanto à sua vocação (...) Os romances de Hesse são autênticos tratados das paixões da alma (...)
João Pedro George in (livros) Nº 24 - Setembro/2001

(...) «Gertrud» (...) é uma história de amor frustrado, em que há uma forte presença da música.
in JL em Novembro/2001

Um texto que revela a irredutibilidade da arte - música - à vida. A música assume-se exclusiva, devoradora da capacidade das personagens de amar, de viver e sobreviver à realidade quotidiana. Acresce que é uma história de amor frustrado que encontra voz sóbria e contida no narrador.
in DN em Julho/2001

(...) Este livro do Prémio Nobel Hermann Hesse é mais um capítulo da sua longa obra, onde o tema central pode ser designado como o homem, o ser humano em geral, em busca do significado mais abrangente e essencial da vida (...) leitura indispensável para os admiradores de Hesse (...)
José Guardado Moreira in «Cartaz» (Expresso) em Julho/2001

Gertrud

de Hermann Hesse

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722905473
Editor: Difel
Data de Lançamento: abril de 2001
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 229 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 154
Tipo de produto: Livro
Coleção: Literatura Estrangeira
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722905473
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

SOBRE O AUTOR

Hermann Hesse

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1946

Romancista e poeta alemão, Hermann Hesse nasceu em 1877 na pequena cidade de Calw, na orla da Floresta Negra e no estado de Wüttenberg. Como os pais depositavam esperanças no facto de Hermann Hesse poder vir a seguir a tradição familiar em teologia, enviaram-no para o seminário protestante de Maulbronn, em 1891, mas acabou por ser expulso. Passando a uma escola secular, o jovem Hermann tornou a revelar inadaptação, pelo que abandonou os seus estudos.
Hermann Hesse começou depois a trabalhar, primeiro como aprendiz de relojoeiro, como empregado de balcão numa livraria, como mecânico, e depois como livreiro em Tübingen, onde se teria juntado a uma tertúlia literária, "Le Petit Cénacle", que teria, não só grandemente fomentado a voracidade de leitura em Hesse, como também determinado a sua vocação para a escrita. Assim, em 1899, Hermann Hesse publicou os seus primeiros trabalhos, Romantischer Lieder e Eine Stunde Hinter Mitternacht , volumes de poesia de juventude.
Depois da aparição de Peter Camenzind, em 1904, Hesse tornou-se escritor a tempo inteiro. Na obra, refletindo o ideal de Jean-Jacques Rousseau do regresso à Natureza, o protagonista resolve abandonar a grande cidade para viver como São Francisco de Assis. O livro obteve grande aceitação por parte do público.
Em 1911, e durante quatro meses, Hermann Hesse visitou a Índia, que o teria desiludido mas, em contrapartida, constituído uma motivação no estudo das religiões orientais. No ano seguinte, o escritor e a sua família assentaram arraiais na Suíça. Nesse período, não só a sua esposa começou a dar sinais de instabilidade mental, como um dos seus filhos adoeceu gravemente. No romance Rosshalde (1914), o autor explora a questão do casamento ser ou não conveniente para os artistas, fazendo, no fundo, uma introspeção dos seus problemas pessoais.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Hesse demonstrou ser desfavorável ao militarismo e ao nacionalismo que se faziam sentir na altura e, da sua residência na Suíça, procurou defender os interesses e a melhoria das condições dos prisioneiros de guerra, o que lhe valeu ser considerado pelos seus compatriotas como traidor.
Finda a guerra, Hesse publicou o seu primeiro grande romance de sucesso, Demian (1919). A obra, de caráter faustiano, refletia o crescente interesse do escritor pela psicanálise de Carl Jung, e foi louvada por Thomas Mann. Assinada nas primeiras edições com o nome do seu narrador, Emil Sinclair, Hesse acabaria por confessar a sua autoria. Deixando a sua família em 1919, Hermann Hesse mudou-se para o Sul da Suíça, para Montagnola, onde se dedicou à escrita de Siddharta (1922), romance largamente influenciado pelas culturas hindu e chinesa e que, recriando a fase inicial da vida de Buda, nos conta a vida de um filho de um Bramane que se revolta contra os ensinamentos e tradições do seu pai, até poder eventualmente encontrar a iluminação espiritual. A obra, traduzida para a língua inglesa nos anos 50, marcou definitivamente a geração Beat norte-americana.
1919 foi também o ano em que Hesse travou conhecimento com Ruth Wenger, filha da escritora suíça Lisa Wenger e bastante mais nova que o autor. O escritor renunciou à cidadania alemã, em 1923, optando pela suíça. Divorciando-se da sua primeira esposa, Maria Bernoulli, casou com Ruth Wenger em 1924, tendo o casamento durado apenas alguns meses. Dessa experiência teria resultado uma das suas obras mais importantes, Der Steppenwolf (1927). No romance, o protagonista Harry Haller confronta a sua crise de meia-idade com a escolha entre a vida da ação ou da contemplação, numa dualidade que acaba por caracterizar toda a estrutura da obra.
Em 1931 voltou a casar, desta feita com Ninon Doldin, de origem judaica. Com apenas quatorze anos, havia enviado, em 1909, uma carta a Hermann Hesse, e desde então a correspondência entre ambos não mais cessou. Conhecendo-se acidentalmente em 1926, foram viver juntos para a Casa Bodmer, estando Ninon separada do pintor B. F. Doldin, e a existência de Hesse ter-se-à tornado mais serena.
Durante o regime Nacional-Socialista, os livros de Hermann Hesse continuaram a ser publicados, tendo sido protegidos por uma circular secreta de Joseph Goebbels em 1937. Quando escreveu para o jornal pró-regime Frankfürter Zeitung, os refugiados judeus em França acusaram-no de apoiar os Nazis. Embora Hesse nunca se tivesse abertamente oposto ao regime Nacional-Socialista, procurou auxiliar os refugiados políticos. Em 1943 foi finalmente publicada a obra Das Glasperlernspiel, na qual Hesse tinha começado a trabalhar em 1931. Tendo enviado o manuscrito, em 1942, para Berlim, foi-lhe recusada a edição e o autor foi colocado na Lista Negra Nacional-Socialista. Não obstante, a obra valer-lhe-ia o prémio Nobel em 1946.
Após a atribuição do famoso galardão, Hesse não publicou mais nenhuma obra de calibre. Entre 1945 e 1962 escreveria cerca de meia centena de poemas e trinta e dois artigos para os jornais suíços.
A nove de agosto de 1962, Hermann Hesse veio a falecer, aos oitenta e cinco anos, durante o sono, vítima de uma hemorragia cerebral.

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