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A obra de Friedrich Nietzsche rebentou com os alicerces do pensamento ocidental. A morte de Deus, o Übermensch e a moral do escravo permeiam a nossa cultura. No entanto, é um dos filósofos mais mal interpretados da história.
Nietzsche pensava que toda a filosofia era autobiográfica e, nesta obra destruidora de mitos, Sue Prideaux conduz os leitores ao mundo de um homem brilhante, excêntrico e profundamente perturbado, lançando luz sobre os acontecimentos e as pessoas que moldaram a sua vida e o seu pensamento.
«A biografia pela qual Friedrich Nietzsche implorava desde o dia em que perdeu a razão e abraçou um cavalo numa praça de Turim em 1889. Prideaux apresenta-nos o mais apaixonado dos poetas-filósofos sob uma luz calma e firme, com resultados surpreendentes.»
John Banville, The Guardian
«Esta biografia é uma verdadeira revelação […] Eis Nietzsche como nunca o vimos […] A grande qualidade deste livro é fazer-nos assistir à edificação da sua filosofia.»
Kathryn Hughes, The Guardian
«Se alguma vez houve uma biografia de Nietzsche para todos os leitores, será esta […] Prideaux, uma guia determinada e afável, não nos deixa ficar na dúvida de que o seu frágil, espontâneo e irascível biografado foi uma das pessoas mais extraordinárias que jamais existiu.»
Leo Robson, The Evening Standard
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789896444914 |
Editor: | Temas e Debates |
Data de Lançamento: | abril de 2019 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 151 x 237 x 31 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 496 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Biografias |
EAN: | 9789896444914 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Gigante
Ricardo Reis
Excelente biografia: bem escrita, séria, completa. A autora conduz-nos à mente de um gigante da filosofia mundial, um homem marcado pela relação conturbada com as mulheres da sua vida e cuja doença o impediu de ser mais produtivo e feliz. Obrigatório para quem quiser conhecer Nietzsche na intimidade.
Excelente livro
Lopez
Excelente Biografia da historiadora Sue Prideaux. Perfeita utilização das fontes, crítica exímia das mesmas e desconstrução da ideia peregrina de associar a figura do filósofo do Übermensch ao nacional-socialismo. Magistral!
Um Nietzsche humano, demasiado humano
Eusébio André
As leituras biográficas da criação são (quase) sempre um processo de redução da transcendência do ato criativo, mesmo que estejamos perante criadores cuja separação entre a vida e obra sejam ténues ou praticamente inexistentes. A propósito de Friedrich Nietzsche, cuja vida é singularmente propícia às tentações do biografismo romântico, Sue Prideaux (biógrafa também de Munch, autor do desenho que é utilizado na capa desta edição)adota uma estratégia narrativa minimalista, enxuta e "clínica", sem os recursos habituais do psicologismo de pacotilha, através do qual os biógrafos conseguem entrar na consciência e nas suas intencionalidades, estabelecendo relações de causa-efeito dignas de um ser omnipotente. A partir deste registo, Prideaux renova o nosso olhar sobre um dos filósofos cuja vida foi vítima de vários enviesamentos grosseiros e deliberados: entre outros, esclarece os motivos da zanga homérica com Wagner (este atribui os problemas de visão Nietzsche a um alegado onanismo compulsivo), o "ménage à trois" com Lou Salomé e Paul Rée e, sobretudo, a deriva nazi e antissemita do pensamento de Nietzsche (cuja principal responsável é a irmã de Nietzsche), talvez um dos maiores filósofos europeístas. Mas o que ressalta desta obra é, no final de contas, uma visão da vida do autor de Assim Falava Zaratustra como o eterno "funâmbulo" entre a depressão da doença e a euforia da saúde, entre o desejo da fama e a disforia da falta de reconhecimento, entre a solidão criadora e as relações humanas falhadas e, principalmente, entre a escuridão da loucura e a lucidez desmesurada da razão. Neste aspeto, para o filósofo da "vitalidade", da "saúde" e da "energia", o relato de Prideaux dos últimos anos de vida de Nietzsche é particularmente emotivo, assistindo-se à decadência demasiada humana de uma das "razões" que mais luz lançou sobre os mitos fundacionais da nossa cultura. Eis, pois, um Nietzsche humano, demasiado humano, que Sue Prideaux nos oferece nesta exemplar narrativa biográfica.