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O volume dos Escritos Políticos, de Martin Heidegger, não corresponde a um tomo da edição integral em curso de publicação em Frankfurt desde 1975.
Agrupa de maneira original o conjunto dos textos que dizem directamente respeito ao envolvimento de Heidegger, em 1933-1934, com a «revolução nacional» para a qual Hitler, ao tomar o poder, chamou os alemães.
Contém evidentemente o Discurso do Reitorado, as alocuções e os artigos do período em que Heidegger exerce as suas funções de reitor, mas também textos posteriores, nomeadamente aquele de uma conferência semipública, A ameaça que pesa sobre a ciência, que data de 1937, tal como as declarações do reitor às autoridades universitárias do imediato pós-guerra.
Adicionaram-se simplesmente a esses textos a tomada de posição assaz meditada que Heidegger redigiu no final de 1945 (O Reitorado 1933-1934. Factos e Reflexões), tal como a entrevista concedida à revista Der Spiegel em 1966 e publicada após a morte do filósofo.
Estes textos são desde logo políticos num sentido estrito.
O seu estudo permitirá que se tenha uma ideia mais exacta do erro que Heidegger cometeu em 1933, o qual reconheceu desde 1937 «ter sido sem dúvida um erro, seja de que forma queiramos abordar a questão».
Partindo daí, dever-se-ia tornar possível ler estes textos num sentido político mais profundo, interrogando o que implica, no momento da história em que nos encontramos, a exigência especificamente humana de viver em conjunto na pluralidade.
François Fédier
ISBN: | 9789728407834 |
Editor: | Instituto Piaget |
Ano: | 1998 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 158 x 234 x 22 mm |
Páginas: | 284 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Economia e Política |
Classificação temática: | Livros em Português > Política > Política em Geral |
EAN: | 9789728407834 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Heidegger e o Nazismo
Luís
Escrito na década de 50 do século passado, no auge da primeira polémica (outras se seguiriam) relativa ao envolvimento de Heidegger , com o Nazismo, o livro recolhe os textos políticos mais relevantes para compreender a relação de Heidegger, com o Nacional-socialismo e o seu posterior desencanto. A extensa e interessante introdução escrita pelo organizador do volume, Françoise Fédier, procura colocar em perspectiva as tomadas de posição políticas de Heidegger, sem cair numa desculpabilização simplista, típica dos heideggerianos mais fervorosos. O livro mantém toda a relevância, numa altura em que começaram a ser publicados os Diários de Heidegger (disponíveis na Wook na edição francesa), em que o grau do compromisso político do filósofo alemão com o Nazismo, se torna ainda mais evidente.