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Escravos e Libertos no Brasil Colonial

de A. J. R. Russell-Wood

idioma: português do brasil
editor: Civilização Brasileira, junho de 2005
O trabalho do professor A. J. R. Russell-Wood é o resultado de uma vida dedicada aos estudos sobre o Brasil, que fizeram com que ele se tornasse o que os americanos chamam de "brasilianista". Ser brasilianista é pesquisar e publicar sobre o Brasil, mas também conhecer o país e sua história a fundo. É falar português, conviver com o mundo universitário, passar meses sendo visto trabalhando em silêncio nos arquivos. É colaborar na formação de novos pesquisadores, fazer amigos e trocar idéias. Mais que tudo, é escrever sobre temas que mesmo concebidos distante de nossa realidade trazem à tona questões que são importantes para nós aqui. Ser brasilianista é escrever sobre o Brasil e também ser lido pelos brasileiros.
Com Escravos e Libertos no Brasil Colonial, o professor oferece ao leitor brasileiro a preciosa oportunidade de conhecer uma obra que já é um marco na historiografia da escravidão no Brasil. Publicado originalmente em 1967, o objetivo inicial de Russel-Wood era oferecer com o livro uma nova abordagem da escravidão no país, analisando a condição dos negros escravos de forma clara e sincera. Em 1714, a capital do Brasil, na época o Rio de Janeiro, foi descrita pelo engenheiro francês François Froger como uma "Nova Guiné", com 95% de indivíduos de ascendência africana. Os europeus não eram estranhos à instituição da escravatura, mas a situação dos escravos negros no Brasil causava-lhes muitas vezes perplexidade, nojo e compaixão. Condenavam as lojas cheias de escravos nus de ambos os sexos, expostos à venda como animais e se perguntavam como os portugueses conseguiam conciliar tamanha barbaridade com o catolicismo, que professavam com tanta ostentação. Assim como o estilo de vida permissivo e luxuoso da aristocracia dos fazendeiros, a dura realidade dos escravos no país foi vista e retratada por inúmeros estrangeiros - além de François Froger, o mineralogista inglês John Mawe, o engenheiro de Luís XIV, Amédée François, e o geólogo alemão W. L. von Eschwege, apresentaram suas opiniões sobre o assunto. A disparidade entre a situação dos ricos e as condições de vida do escravo foi inclusive resumida por Frézier num único objeto: o palanquim. Ou seja, a cadeirinha na qual os cidadãos mais importantes eram transportados por escravos pelas ruas do Brasil colonial. Um símbolo da distância entre escravos e libertos, negros e brancos.

Escravos e Libertos no Brasil Colonial

de A. J. R. Russell-Wood

Propriedade Descrição
ISBN: 9788520006269
Editor: Civilização Brasileira
Data de Lançamento: junho de 2005
Idioma: Português do Brasil
Dimensões: 157 x 228 x 25 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 472
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > História > História do Brasil
EAN: 9788520006269
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
A. J. R. Russell-Wood

Russell-Wood nasceu em 1940, no País de Gales. Frequentou a Universidade de Oxford e tornou-se docente na Universidade John Hopkins, no Departamento de História. Foi um dos mais destacados historiadores do império português e do mundo luso-brasileiro.

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