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MoDocromia, junho de 2018
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[…]
Este romance (há uma subliminar paixão por Maria Adelaide que atravessa o discurso, logo é de romance que se trata, puxando aqui a brasa à designação de Sthendal, também ele um homem de vários amores e guerras) de Manuel Veiga, mesmo quando o autor teima em afirmar que o sujeito está fora da história, ao mesmo tempo que exorciza os fantasmas, constrói uma escrita de coragem - o assumir dos factos e das feridas que lhe estão no cerne, a dor e o remorso, a dor que não finda, esse rio que não estanca, o lateral, as doenças venéreas com o alerta do oficial de cavalaria: antes de montar, deve conhecer primeiro os vícios da montada -, o sujeito afinal está lá enquanto agente de uma determinada realidade histórica e da sua efabulação; contribuindo, nesse modo confessional de afirmação do horror, para a abertura ao mundo desses fragmentos perceptivos: há uma componente humanista (no sentido heideggeriano) universal neste texto que é, na sua proposição subjectiva, um traço determinante de modernidade.
Se o acto de escrever é um processo de responsabilização - cultural, cívico e ético, Manuel Veiga, ao tratar neste livro a língua e as palavras com o peso e a substância simbólica que elas devem ter, e nessa busca de signos se alimenta (o que já acontecia em Notícias da Babilónia), que da guerra, e da vida, traça amplas similitudes entre a realidade e a ficção, entre o discurso íntimo e a exposição pública que os conflitos, por serem do domínio do histórico, implica, mesmo quando a palavra fica angustiantemente presa na liana, a escrita de Veiga atinge, quase sempre, esse estágio supremo de configuração, de imanente e visceral criação literária, acrescentado ao discurso os elementos eufóricos e disfóricos da sinceridade: emocional, ideológica, afectiva, sexual.
Raramente a literatura portuguesa deu a dimensão trágica, o absoluto do drama, do épico, como nos textos em que a Guerra Colonial surge como suporte ficcional. É a tragédia do homem só com sua consciência, com o seu conflito entre o dever, a justiça e a dignidade - o homem e o seu estupor existencial, a sua circunstância, em estado de inquietação e perplexidade, e esses estágios do ser, essa essência, raramente a literatura portuguesa conseguira traduzir tão rigorosamente.
Outro dos elementos que Veiga introduz no discurso narrativo é o do humor, do sarcasmo, da ironia, da capacidade de auto-análise, de desmontagem do drama (simultaneamente individual e colectivo) através do humor; a distanciação do objecto ficcional, a contenção do trágico.
Este novo livro de Manuel Veiga, estes fragmentos cumulativos que atravessam as memórias da infância, da adolescência, da descoberta do medo, do amor, do absurdo, dão-nos um romance modelar nos seus plurais modos de dizer, de (d)escrever um dos períodos mais sofridos, em termos sociais, históricos e políticos (mesmo quando o sujeito está fora da história, repete o autor), da segunda metade do século XX português. Um épico geracional que nos diz, que rigorosamente, na sua assumida dispersão narrativa, nos reflecte e questiona.
Um livro mais a juntar ao largo espectro canónico da literatura que expressa o conflito Colonial, mas que transcende esse período, esse tempo mordente e ácido: abre a outras e mais profícuas coordenadas, ao investir nos modos de abordagem estética, do fenómeno literário.
Do prefácio de Domingos Lobo
Este romance (há uma subliminar paixão por Maria Adelaide que atravessa o discurso, logo é de romance que se trata, puxando aqui a brasa à designação de Sthendal, também ele um homem de vários amores e guerras) de Manuel Veiga, mesmo quando o autor teima em afirmar que o sujeito está fora da história, ao mesmo tempo que exorciza os fantasmas, constrói uma escrita de coragem - o assumir dos factos e das feridas que lhe estão no cerne, a dor e o remorso, a dor que não finda, esse rio que não estanca, o lateral, as doenças venéreas com o alerta do oficial de cavalaria: antes de montar, deve conhecer primeiro os vícios da montada -, o sujeito afinal está lá enquanto agente de uma determinada realidade histórica e da sua efabulação; contribuindo, nesse modo confessional de afirmação do horror, para a abertura ao mundo desses fragmentos perceptivos: há uma componente humanista (no sentido heideggeriano) universal neste texto que é, na sua proposição subjectiva, um traço determinante de modernidade.
Se o acto de escrever é um processo de responsabilização - cultural, cívico e ético, Manuel Veiga, ao tratar neste livro a língua e as palavras com o peso e a substância simbólica que elas devem ter, e nessa busca de signos se alimenta (o que já acontecia em Notícias da Babilónia), que da guerra, e da vida, traça amplas similitudes entre a realidade e a ficção, entre o discurso íntimo e a exposição pública que os conflitos, por serem do domínio do histórico, implica, mesmo quando a palavra fica angustiantemente presa na liana, a escrita de Veiga atinge, quase sempre, esse estágio supremo de configuração, de imanente e visceral criação literária, acrescentado ao discurso os elementos eufóricos e disfóricos da sinceridade: emocional, ideológica, afectiva, sexual.
Raramente a literatura portuguesa deu a dimensão trágica, o absoluto do drama, do épico, como nos textos em que a Guerra Colonial surge como suporte ficcional. É a tragédia do homem só com sua consciência, com o seu conflito entre o dever, a justiça e a dignidade - o homem e o seu estupor existencial, a sua circunstância, em estado de inquietação e perplexidade, e esses estágios do ser, essa essência, raramente a literatura portuguesa conseguira traduzir tão rigorosamente.
Outro dos elementos que Veiga introduz no discurso narrativo é o do humor, do sarcasmo, da ironia, da capacidade de auto-análise, de desmontagem do drama (simultaneamente individual e colectivo) através do humor; a distanciação do objecto ficcional, a contenção do trágico.
Este novo livro de Manuel Veiga, estes fragmentos cumulativos que atravessam as memórias da infância, da adolescência, da descoberta do medo, do amor, do absurdo, dão-nos um romance modelar nos seus plurais modos de dizer, de (d)escrever um dos períodos mais sofridos, em termos sociais, históricos e políticos (mesmo quando o sujeito está fora da história, repete o autor), da segunda metade do século XX português. Um épico geracional que nos diz, que rigorosamente, na sua assumida dispersão narrativa, nos reflecte e questiona.
Um livro mais a juntar ao largo espectro canónico da literatura que expressa o conflito Colonial, mas que transcende esse período, esse tempo mordente e ácido: abre a outras e mais profícuas coordenadas, ao investir nos modos de abordagem estética, do fenómeno literário.
Do prefácio de Domingos Lobo
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789895402540 |
Editor: | MoDocromia |
Data de Lançamento: | junho de 2018 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 140 x 221 x 14 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 248 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789895402540 |
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