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Desmesura

de Hélia Correia

editor: Relógio D'Água, agosto de 2007
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«Cidade grega de Corinto.
Uma cozinha. Melana, uma mulher que ainda não fez quarenta anos, morena, olha para a porta, como quem espera. Ouve-se um trovão. Percebe-se que o tempo está escuro no exterior. O lume aceso na chaminé é um pequeno foco de claridade.
Entra uma jovem de cabelo ruivo, Éritra, com um alguidar cheio de farinha. Ao longo da cena vão preparando a massa para o pão. Há interrupções várias neste trabalho, o que faz com que leve muito mais tempo do que o habitual.

Éritra vem sacudindo-se da chuva e despeja a farinha sobre a mesa.

MELANA - A chover, outra vez? (Vai confirmar, abrindo a porta) A chover, sempre.
ÉRITRA - Não digas nada.
MELANA - Eu digo alguma coisa?
ÉRITRA - Pensaste.
MELANA - Ninguém manda no que pensa.
ÉRITRA (segredando) - Ela consegue ouvir-nos a pensar...»

Desmesura

de Hélia Correia

Propriedade Descrição
ISBN: 9789727089130
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: agosto de 2007
Idioma: Português
Dimensões: 135 x 209 x 5 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 60
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias
EAN: 9789727089130
Hélia Correia

Escritora portuguesa contemporânea (1949), licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino Secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético.
Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.
A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum.
Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto.
Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
Venceu o prémio literário Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa com o livro de poesia A Terceira Miséria.
Foi galardoada com o Prémio Camões, em 2015.

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