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Crónica, Saudade da Literatura

de Manuel António Pina

Livro eBook
editor: Assírio & Alvim, abril de 2013
A modéstia levava-o a (des)considerar as crónicas como uma servidão diária que afirmava com humor só aceitar para alimentar a legião de gatos que tinha em casa e que só serviriam, como tudo o que é jornal e como diziam os velhos tipógrafos do JN num dito que ele tantas vezes citava, para embrulhar peixe no dia seguinte. Ou seja, as crónicas, até pelo seu registo diarístico (jornalístico), não possuiriam nenhum valor literário, seriam feitas como tudo o mais mas mais do que tudo «da matéria da morte e do esquecimento», anacrónicas fora da sua efémera duração, e como tal constituiriam uma dimensão menor, extraliterária, da sua obra. E no entanto, pelas suas características, essas crónicas fazem plenamente parte, de pleno direito, da obra literária de Manuel António Pina. Se ele definia a sua poesia, por complexas razões de poética que não cabe aqui explicar, como «saudade da prosa», as suas crónicas jornalísticas podem definir-se, de certo modo determinante da sua popularidade, como saudade da literatura.

A presente antologia, organizada por Sousa Dias, reúne as melhores crónicas de Manuel António Pina, de 1984 a 2012. As palavras dessas crónicas, e sobretudo o espírito dessas palavras que uma multidão de seguidores fazia suas nas suas anónimas indignações sociais, ficarão durante muito tempo a reverberar na memória dos leitores agora desamparados dessa voz.

«[…] Manuel António Pina viu muito e combateu muito, deitando mão de uma finíssima ironia. Mas é quando as suas crónicas fogem à política e entram pelos caminhos mais intimistas do quotidiano que elas se elevam aos seus mais altos patamares.»

Time Out

«Lê-las era uma delícia. Pela actualidade, acutilância, clareza e sentido de humor. Agora, podemos recordá-las sem ter de procurar os arquivos dos jornais e revistas para os quais Manuel António Pina escreveu as suas crónicas.»

Público

«[…] É sintomático que, lendo esta generosa seleção de textos publicados entre 1984 e 2012, um leitor evoque pormenores de tantos deles, mesmo antigos. Podemos esquecer uma ou outra polémica, ou que Pina recebeu o Prémio Camões. Mas as crónicas não.»

Luís M. Faria – Expresso

Crónica, Saudade da Literatura

de Manuel António Pina

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-37-1684-9
Editor: Assírio & Alvim
Data de Lançamento: abril de 2013
Idioma: Português
Dimensões: 147 x 205 x 38 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 672
Tipo de produto: Livro
Coleção: Testemunhos
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Crónicas
EAN: 978972371684912
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
e e e e e

O Encantador de Palavras

Rui Teixeira

A leitura das crónicas de Manuel António Pina redobra o espanto causado pelo modo como o autor se torna um fantasista de palavras, aliando uma acutilante visão da realidade com um fino sentido de humor. Recomendo vivamente.

e e e e e

Literatura com saudades da crónica

Marta Marques

Uma compilação simplesmente genial e que honra o trabalho de Manuel António Pina! Uma obra para refletir na vertente política, mas também ao nível da criação literária. O que será afinal "isto das crónicas"?

e e e e E

Uma outra forma de literatura

Maria Teresa Meireles

As crónicas de Manuel António Pina são diversificadas, algumas de grande sensibilidade, outras de grande ferocidade mas todas elas valem, sem dúvida, a leitura e a reflexão. Ironia e sarcasmo; crónicas críticas; um olhar consciente sobre o que nos rodeia.

Manuel António Pina

Jornalista e escritor, Manuel António Pina nasceu no ano de 1943, no Sabugal, na Beira Alta, e faleceu a 19 de outubro de 2012, no Porto. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1971, exerceu a advocacia e foi técnico de publicidade. Abraçou a carreira de jornalista no Jornal de Notícias, onde passou a editor. A sua colaboração nos media também se distribui pela rádio e pela televisão.
Autor de livros para a infância e juventude e de textos poéticos, a sua obra apresenta uma grande coesão estrutural e reflete uma grande criatividade, exige do leitor um profundo sentido crítico e descodificador."Brincando" com as palavras e os conceitos, num verdadeiro trocadilho, Manuel António Pina faz da sua obra um permanente "jogo de imaginação", tal labirinto que obriga a um verdadeiro trabalho de desconstrução para se encontrar a saída.
Afirmou-se como uma das mais originais vozes poéticas na expressão pós-pessoana da fragmentação do eu, manifestando, sobretudo a partir de Nenhum Sítio, sob a influência de T. S. Elliot, Milton ou Jorge Luis Borges, uma tendência para a exploração das possibilidades filosóficas do poema, transportando a palavra poética "quer para a investigação do processo de conhecimento quer para a investigação do processo de existência literária" (cf. MARTINS, Manuel Frias - Sombras e Transparências da Literatura, Lisboa, INCM, 1983, p. 72).
Transmissora de valores, muita da sua obra infantil e juvenil é selecionada para fazer parte dos manuais escolares, sendo também integrada em antologias portuguesas e espanholas.
Os seus textos dramáticos são frequentemente representados por grupos e companhias de teatro de todo o país e a sua ficção tem constituído o suporte de alguns programas de entretenimento televisivo, de que é exemplo a série infantil de doze episódios Histórias com Pés e Cabeça, 1979/80.
Como escritor, é autor de vários títulos de poesia, novelas, textos dramáticos e ensaios, entre os quais: em poesia - Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido Com Isto da Mesma Substância (1992); Farewell Happy Fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (1999), Le Noir (2000), Os Livros (2003); em novela - O Escuro (1997); em texto dramático - História com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), A Guerra Do Tabuleiro de Xadrez (1985); no ensaio - Anikki - Bóbó (1997); na crónica - O Anacronista (1994); e, finalmente, na literatura infantil - O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), Gigões e Anantes (1978), O Têpluquê (1976), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1986), Os Piratas (1986), O Inventão (1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Uma Viagem Fantástica (1996), Morket (1999), Histórias que me contaste tu (1999), O Livro de Desmatemática e A Noite, obra posta em palco pela Companhia de Teatro Pé de Vento, com encenação de João Luís.
A sua obra tem merecido, frequentemente, destaque, tendo sido já homenageado com diversos prémios, como, por exemplo, o Prémio Literário da Casa da Imprensa, em 1978, por Aquele Que Quer Morrer; o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens e a Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de Pádua, em 1988, por O Inventão; o Prémio do Centro Português de Teatro para a Infância e Juventude, em 1988, pelo conjunto da obra; o Prémio Nacional de Crónica Press Clube/Clube de Jornalistas, em 1993, pelas suas crónicas; o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários, em 2001, por Atropelamento e Fuga; e o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Grande Prémio de Poesia da APE/CTT, ambos pela obra Os Livros, recebidos em 2005. Em 2011 foi-lhe atribuído o Prémio Camões. Já a título póstumo foi ainda galardoado com o Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, pelo livro «Como se Desenha uma Casa», e com o Prémio Especial da Crítica dos Prémios de Edição Ler/Booktailors 2012, pelo livro Todas as Palavras – Poesia Reunida.

Manuel António Pina. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.

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