Contos de Natal

Romances e contos para ler no Natal

Aqui em casa, até a garrafa de azeite leva um fato de Pai Natal. As cadeiras levam gorros, o pinheiro parece uma floresta no centro da sala, e há renas metidas entre os livros. E que livros? Por exemplo, estes que aqui estão.

  Um cântico de Natal Tínhamos de começar por este. Ainda hoje, quando alguém me irrita ou estraga uma coisa boa – pode ser um árbitro a marcar um penalti no último minuto contra a equipa errada –, leva logo com o nome Scrooge em cima. Ebenezer Scrooge é avarento, mal-humorado, e detesta o espírito de Natal – as luzes, a família à volta da mesa, a mania que as pessoas têm de dar prendas umas às outras. Num 24 de Dezembro, sem pensar em festejar coisa nenhuma, recebe três fantasmas em casa: o do Natal passado, o do presente e o do futuro. Com a vida em perspetiva, também a avareza muda. Com isso, até Scrooge começa a achar graça ao melhor dia do ano. O seu nariz adunco é inesquecível, a sua figura austera também, seja das capas dos livros ou das adaptações para televisão – principalmente em desenhos animados – que vão inundando as televisões a partir do fim de novembro. Publicado pela primeira vez em 1843, Um Cântico de Natal, agora um clássico, tem esta edição publicada mesmo agora em Portugal.
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  O Natal de Poirot Hercule Poirot é como um atleta olímpico. Com ele, já se sabe que não pode haver descanso. Isto significa que nem o Natal o homem passa descansado. Na véspera de Natal, à falta de melhor dia, a família Lee ouve um barulho ensurdecedor: mobília partiu-se e, logo a seguir, houve um grito de agonia. Simeon Lee, tirânico, até temível, é encontrado morto no andar de cima. Lá vem Hercule Poirot e, ao chegar, em vez de luto, encontra um clima de desconfiança mútua – e é isso que marca o Natal estragado por um morto. E logo aquele, odiado por todos. Como ninguém lhe sente a falta, é Poirot que tem de descobrir quem passou dos desejos aos atos. Para os membros de família, a melhor prenda de Natal seria mesmo aquela morte. Verdade seja dita, era o que vinha a calhar para que, no encontro para o jantar, toda a gente tivesse um motivo de alegria. COMPRAR NA WOOK » O Mistério de Natal Jostein Gaarder dedicou-se muito ao público jovem, e este é mais um exemplo. O autor norueguês, entre livros como A Rapariga das Laranjas ou O Mundo de Sofia, escreveu ainda este livro que vem a calhar em dezembro. Aqui, há um calendário mágico que tem um enigma. Sendo um conto de Natal, Jostein Gaarder cria ainda um ambiente de intriga, que apanha o leitor jovem. Pelo meio, há peregrinos que viajam em sentido contrário ao do tempo, ilustrações que apanham os olhos das crianças e um fio condutor que deixa um cenário em aberto até ao fim. Pelo meio, lá se vai viajando pelo tempo e pela História até ao nascimento de Jesus Cristo. Ou seja, sentada e quieta no sofá, uma criança lá consegue ir quase a todo o lado.
COMPRAR NA WOOK » A Noite de Natal Com jeitinho, dará para entreter os miúdos durante a noite de Natal. Se não houver nenhum milagre, teremos sempre Sophia de Mello Breyner Andresen. Muitas das crianças já lhe conhecerão o nome e as histórias; se não, podem começar aqui. E aqui começam também a ler sobre a Joana, que tem sempre um 24 de dezembro com uma mesa farta, uma família unida, uma alegria em pleno. Já para o amigo, o Manuel, nem a vida nem o dia são assim tão simples. Ela bem sabe como é: o amigo nem vai ter prendas nem uma mesa pronta para esticar estômagos. Por isso, a Joana vai ter com ele, dando-lhe o que fora parar às suas mãos. Parte do Plano Nacional de Leitura, sendo recomendado para os alunos do terceiro ao sexto ano, o livro traz às crianças um gesto solidário que lhes ficará na cabeça.
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