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Conta-me Uma Adivinha

de Tillie Olsen

editor: Antígona, novembro de 2016
Ler Conta-me Uma Adivinha (1961), a obra mais famosa de Tillie Olsen, é «um longo baptismo nos mares da humanidade», nos quais é «melhor mergulhar do que viver como se nada fosse». Este clássico americano inclui quatro contos dos anos 50 e 60, e nele avistamos vários náufragos num oceano de adversidades e cujas vidas Tillie Olsen resgata com nobreza: a mãe angustiada de «Estou aqui a engomar», que reflecte sobre a filha e o seu espírito vincado pela Grande Depressão; o militante marinheiro Whitey, que afoga a solidão em copos de uísque e entre velhos amigos, em «Eh, marujo, que navio?»; as crianças de «Oh, sim», a história de uma amizade varrida pelas ondas da segregação; e, em «Conta-me uma adivinha», Eva, uma velha matriarca à beira da morte, decidida a remar contra a maré da sociedade patriarcal. Em linhas com «uma pureza e uma dignidade extraordinárias», segundo Alice Munro, as vozes submergidas pela vida doméstica encontraram uma merecida expressão poética, rara até então.

Conta-me Uma Adivinha

de Tillie Olsen

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726082804
Editor: Antígona
Data de Lançamento: novembro de 2016
Idioma: Português
Dimensões: 134 x 210 x 12 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 152
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Contos
EAN: 9789726082804
e e e e E

Um livro "doméstico"

SMC

Um livro de contos breves que se entrelaçam. Gostei particularmente do que dá título à obra e da forma como a autora, através das personagens, aborda a velhice. Um livro "doméstico" que se lê num sopro. Recomendo!

e e e e E

A (re)construção da escrita feminista

Ana

Há uma singeleza na forma rústica, sofrida, como (a sua escrita) sobreviveu, que nos deixa desconfortáveis e é esse desconforto que interessa; custa, é deselegante, há crueza, mas é porque se aproxima muito da realidade, dos processos sub-reptícios que engolem meninas, raparigas, mulheres e idosas… um dorido quase meigo que embala e deixa dormente, que vai sugando as energias e faz uma pessoa deixar-se abandonar, desistir de si pelas crianças, pela família, pela casa, pelas exigências profissionais, pelas conveniências sociais; uma absorção contínua, até ficar pele e osso, memórias desidratadas, encarquilhadas; quase sem húmus para sustentar as pequenas conquistas, quase sem ar para insuflar algumas alegrias. Tillie Olsen (sonoridade doce) oferece-nos a construção do seu estilo, durante uns dolorosos 7 anos; desde uma espécie de escrita folk, quase naïf, até uma complexa teia de técnicas narrativas não lineares, mas suficientemente suaves para permitir uma leitura bem cadenciada. Portanto, este livro conta também a história da construção de uma escritora. O prefácio de Diana Almeida é um pau de dois bicos, como todos aqueles que se respeitam pela excelência; a sua contextualização sociocultural e biográfica oferece muito para uma leitura mais profunda e ajustada, como também pode enviesá-la. Também de louvar a esforçada e nada facilitada tradução de Manuela Gomes. Capa apelativa e cuidada no tema e no design, bem enquadrada com o conteúdo das estórias, também na época; no entanto, basta olhar na badana para a bela foto de Tillie, para perceber que não poderia ser mulher de usar verniz. Mais uma vez, parabéns à Antígona por investir na qualidade.

Tillie Olsen

Tillie Olsen (1912-2007) nasceu no Nebraska, no seio de uma família de judeus russos, e cedo se envolveu no activismo político. Presa em 1934, durante a greve geral de São Francisco, foi perseguida no macartismo e aderiu à luta pelos direitos civis nos anos 60. Gozou de grande reputação no movimento feminista, e a sua breve mas intensa obra ficcional é fruto de uma estreia literária tardia, possibilitada por bolsas e dificultada por vicissitudes familiares. Os ensaios reunidos em Silences (1978) impressionaram Anne Sexton e Sandra Cisneros e fizeram uma geração de escritoras reclamar um lugar no mundo das letras. Tillie Olsen sempre defendeu uma literatura capaz de preencher «os silêncios que impedem vidas de se converterem em escrita» e de dar voz «àqueles cujas horas de vigília são uma luta pela sobrevivência, aos iletrados e às mulheres».

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