Cartografia de Ossos

de Domingos Lobo

editor: Nova Vega, fevereiro de 2012
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Cartografia de Ossos, romance de pretexto policial, cuja acção decorre num Porto pintado em tons profundamente sombrios, é uma viagem ao fim da noite onde se tece o confronto de dois homens com o seu remorso pessoal, os fantasmas que os atormentam, a memória das poucas coisas boas que tiveram na vida - e deixaram escapar. Um velho agente da PIDE, relapso no crime da sua visão pessimista da humanidade, e agora a viver os seus últi-mos dias, decide contratar um detective privado, também ele alucinado por mil pecados, para lhe descobrir a mulher de quem, na juventude, teve um filho. Numa trama que muito faz lembrar um dos melhores filmes de Orson Welles, Relatório Confidencial (Mr. Arkadin, no título ori-ginal), Domingos Lobo oferece-nos um romance denso e envolvente, que nos prende da primeira à última página, e que assenta numa escrita sólida de bom português, rica na metáfora e na subtileza dos sentidos, que vem enriquecer a nossa língua e as nossas letras.

Cartografia de Ossos

de Domingos Lobo

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726999805
Editor: Nova Vega
Data de Lançamento: fevereiro de 2012
Idioma: Português
Dimensões: 153 x 223 x 15 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 212
Tipo de produto: Livro
Coleção: O Chão da Palavra
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789726999805
Domingos Lobo

Andei pelos liceus de Lisboa, rebeldia mansa dos anos 1960; pelos corredores das Faculdades de Direito (meu remorso de um semestre), de Letras; pelas salas austeras do Conservatório Nacional a ouvir dos professores, sobre Teatro, o que já havia esquecido e não me interessava – queríamos os interditos: Brecht, Grotovsky, Artaud, Piscator; um mestrado em Administração e Economia Cultural, que utilizei pouco.
Fiz teatro radiofónico e jornalismo em jornais angolanos ao tempo colonial, depois, como freelancer para cumprir os dias e resgatar uns trocos para livros, filmes, viagens.
Meteram-me, à má fila, no negreiro Vera Cruz, rumo às terras angolanas do Cuando-Cubango. Era a guerra e eu, distraído, bebendo a propaganda salazarenta até à imbecilidade, acordei em sobressalto numa noite de bazucas e kalachnikovs, de costureirinhas trespassando os pássaros da noite, frémitos e perplexidade. Chana e capim a perder de vista. Escrevi um livro sobre o tema que anda por aí em estudos académicos, pelas histórias da literatura de guerra e em 2 edições catitas: Os Navios Negreiros Não Sobem o Cuando. Foi a estreia nestas coisas de escreviver. Outros 4 romances se lhe seguiram, mais 3 livros de contos; 5 de poesia; peças de teatro; ensaio, antologias.
Fundei com outros companheiros e dirigi três grupos de Teatro: GATO – Grupo de Acção Teatral de Oeiras; Grupo de Animação Teatral de Salvaterra de Magos e SOBRETÁBUAS - Grupo de Teatro de Benavente; encenei uma vintena de peças, com Tchekov, Strindberg e Santareno como referências pendulares desse labor; chefe de redação do Jornal do Vale do Tejo. Fui programador cultural na Câmara Municipal de Benavente; autarca em Salvaterra de Magos, durante 32 anos (tenho por lá uma rua com o meu nome, o que me sossega de vã eternidade); Presidente do Conselho Fiscal da APE, desde 2000.
Participei na II Bienal de Silves, onde proferi a "lição de sapiência" sobre a obra de Urbano Tavares Rodrigues, e na III Bienal, dedicada à obra de Pedro Tamen; em 3 edições dos ENCONTROS LUSÓFONOS, organizados pela CM de Odivelas; na ESCRITARIA/Penafiel, em 2008, ano em que o evento foi dedicado a Urbano Tavares Rodrigues e em 2013, ano de homenagem a Mário de Carvalho e no III Encontro Internacional de Poetas (Ponta Delgada/2019).
Tenho colaboração crítica e ensaística dispersa por várias publicações: Jornal do Brasil, Vértice, As Artes Entre as Letras, Revista Alentejo, O Escritor, Foro das Letras, Seara Nova, Revista Cultura, EntreLetras, Nova Síntese (da Associação Promotora do Museu do Neo-realismo), Avante! e Gazeta Literária. Dou aulas em Universidades de 3.ª. idade; tenho 22 livros publicados e outros em gestação; vários prémios literários e medalhas para polir o ego.
Ainda não estou cansado.

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