Canção Doce
SINOPSE
O que Myriam e Paul não suspeitam - ou não querem ver - é que a sua pequena família é o único vínculo de Louise à normalidade. Pouco a pouco, o afecto e a atenção vão dando lugar a uma interdependência sufocante, com o cerco a apertar a cada dia, até desembocar num drama irremediável.
Com um olhar incisivo sobre esta pequena família, Leila Slimani aponta o foco para um palco maior: a sociedade moderna, com as suas concepções de amor, educação e família, das relações de poder e dos preconceitos de classe. Com uma escrita cirúrgica e tensa, eivada de um lirismo enigmático, o mistério instala-se desde a primeira página, um mistério que é tanto sobre as razões do drama como o das profundezas insondáveis da alma humana.
PRÉMIO GONCOURT 2016, o mais importante prémio literário francês.
DETALHES
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789896652234 |
Editor: | Alfaguara Portugal |
Data de Lançamento: | abril de 2017 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 149 x 233 x 15 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 216 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789896652234 |
OPINIÃO DOS LEITORES
Para refletir
Sofia Cortez
Nunca tinha lido nada desta autora e gostei muito deste livro. Sem desvendar o enredo, porque é fácil fazê-lo só de mencionar detalhes, este é um livro duro, cru e muito realista. Faz-nos refletir sobre o estilo de vida que temos atualmente. Como nos comportamos, o que esperamos da sociedade, dos outros e as nossas aspirações. O que realmente é importante? O que é irrelevante? Ao que damos valor? O que desejamos para nós, é por mérito ou direito? Não merecemos todos o mesmo? Onde fica a empatia no meio disto tudo?
Louise: a nounou, a baby-sitter, a babá, a ama “ideal”
Luísa Fresta
Se o leitor sobreviver à primeira linha, é possível que, após esse primeiro impacto violento, não consiga afastar-se do romance até ao fim. A cena inaugural arrepia e é de uma sordidez raramente lida. Toda a narrativa nos conduz à descoberta do porquê e do como, pois já sabemos o que aconteceu. A tragédia é anunciada claramente, para que o leitor vá à procura do móbil, da oportunidade e das circunstâncias que rodeiam o crime hediondo, o qual dá o mote para o início da narração. Creio que poucas vezes terei lido algo tão cruamente exposto desde a primeira página. Um romance arrepiante e invulgar, corajoso e realista Como uma pancada na nuca
O sabor Amargo de uma Canção Doce
AllByMyShelves
Sabem quando há uma autora que mesmo sem ter lido nenhuma das suas obras, vocês têm a plena convicção que vão adorar (mesmo que vos ´´destrua´´?). Foi sempre essa a sensação que tive relativamente a Leïla Slimani. E a sua ´´Canção Doce´´ foi apenas a confirmação disso mesmo. Leïla Slimani não tem o pudor nas palavras, na descrição do contexto, da maldade e de como esta por vezes emana das pessoas de quem menos o esperamos. Esta é uma história tremendamente difícil, cujo desfecho nos é revelado logo à primeira frase do livro. Aqui vemos exploradas enormes diferenças sociais e as consequências extremas dessa tremenda desigualdade entre pessoas que por vezes convivem tão proximamente.
Canção Doce
Sérgio C.
Parentalidade; saúde mental; relações sociais, económicas e afectivas; emigração; clandestinidade; habitação; educação; emprego e mercado de trabalho; capitalismo; classes sociais; inserção social; crime e comportamento desviante. Será possível abordar tudo isto em 200 páginas? Num romance? Sim, Leila Slimani conseguiu! A narrativa e o estilo escolhidos pela autora esbarram a perfeição e a leitura torna-se hipnotizante. Este foi sem dúvida um dos melhores livros que li neste ano. Uma autora que parte do sociológico para destrinçar o psicológico. Mostra-nos a distância brutal que nos separa uns dos outros, na aparente proximidade quotidiana que nos une. Mostra-nos a solidão no meio da multidão. Uma teia complexa que nos amarra sem darmos por isso e que nos pode levar a um individualismo e egocentrismo subtilmente grotescos.
Perturbador...
Sónia
Não tenho competências "técnicas" para dizer se o livro mereceu o Prémio Goncourt. Só sei que o final está logo no início e, até nos debatermos com os "porquês" daquele fim, a leitura é imparável. Escrita límpida, concisa como um bisturi e com momentos absolutamente aterradores para quem ama crianças. De doce temos apenas o título. Em certas alturas fez-me lembrar o filme "A Mão Que Embala o Berço". Não é uma nota máxima, mas anda lá perto. É, mais precisamente, um 4,5*
Uma história que nos prende
AP
Li num fôlego... queria ler o que não queria ler... Uma história que ficará na nossa cabeça por muito tempo. Recomendo
De doce não tem nada.
Deolinda Pereira
Gostei muito do livro, mas estava à espera de outro final. Mais pormenores do porquê do homicídio das crianças. Não percebi muito bem. Recomendo
Sublime.
SAV
Perturbador. Inquietante. É um daqueles livros que levamos connosco mesmo muito tempo depois das últimas palavras serem lidas. Faz-nos pensar e isso é cada vez mais raro e imprescindível. Faz-nos rever posições, escolhas, entender frustrações e entrar no mundo incompreendido dos outros. Porque os fantasmas existem. A solidão corrói. É um livro que se lê de um trago, mas devagarinho. Só porque não queremos que acabe. É real. Intemporal. E vive nele tanta gente. Eu, a minha mãe, a minha colega de trabalho, o meu melhor amigo. Todos os nossos medos, angústias e desejos, misturados num só bolo. Que se degusta, degusta, degusta. Até à última migalha. É um livro muito, muito bom. Incrivelmente bem escrito. No detalhe. Na subtileza. Na quase musicalidade. Foi-me recomendado por uma amiga e espero que chegue a cada vez mais pessoas. Porque merece.
Uma história sobre como as frustrações podem destruir(-nos)
Bárbara Nazaré
O fim da história está nas linhas iniciais do livro, mas nem por isso se perde a vontade de o ler até ao fim. Pelo contrário, sabendo o que aconteceu, e face à magnitude do acontecimento, impõe-se a curiosidade de compreender por que aconteceu. Descrições breves e palavras simples são surpreendentemente eficazes a dar a conhecer, com profundidade, as vidas das várias personagens. Empatizamos com os seus desafios, as suas ambições e, sobretudo, as suas frustrações. E são estas que impelem as decisões mais significativas da história, que promovem contradições e, acima de tudo, que nos mostram quão vulneráveis ficamos quando as pessoas que nos rodeiam são insuficientes para afastar a solidão.
Viciante
Rita Oliveira
Leila Slimani é uma jovem escritora franco-marroquina (tem apenas 35 anos) que, com este Canção doce, ganhou o Prémio Goncourt 2016, que premeia livros de que gosto quase sempre. Este livro começa pelo final, pelo assassínio de duas crianças pela ama que cuidava delas. Mas já sabendo o final, vamos querer saber o que levou a ele, e aqui deparamo-nos com Louise, uma mulher praticamente sem vida própria que se agarra à vida das pessoas para quem trabalha. À medida que as páginas avançam, Louise vai-nos sufocando cada vez mais através da sua intromissão naquela família que a ela recorreu para que a mãe possa ser também uma profissional. Não é um livro policial, nem um thriller, mas antes uma análise à vida dos nossos dias, em que trabalhar e ter filhos se torna um desafio e que nos leva a tomar decisões que nem sempre são as melhores. Gostei muito.
A dura inquietação da doce canção
VFontes
Este é um livro muito bem escrito. Lê-se com voracidade. Uma escrita cirúrgica, seca e muito clara, permite ao leitor dedicar-se apenas ao enredo da história. Uma história simples e aterradora, pela facilidade com que facilmente se confunde com a realidade. Um verdadeiro drama, mas com o engelho de um quase thrilher que nos proporciona uma experiência de leitura muito emocional.
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