As Nacionalizações do PREC
de Filipa Lino
Sobre
o LivroO RETRATO DE UMA ÉPOCA QUE MARCOU DE FORMA DECISIVA A SOCIEDADE PORTUGUESA ATÉ AOS NOSSOS DIAS.
«Filipa Lino é uma repórter de eleição, capaz não só de assinalar os acontecimentos como, através de testemunhos e histórias inimagináveis, de os envolver no ambiente e na cultura do tempo», Cesário Borga, in Prefácio.
Em 1975, Portugal estava num tumulto. Depois da Revolução dos Cravos, a agitação social instalou-se nas empresas. De um lado, estavam os administradores; do outro, a classe operária. Sucederam-se os plenários, as greves, os cadernos reivindicativos, as manifestações e os saneamentos. Os trabalhadores queriam «gente de confiança» na gestão. E pressionaram o Governo a agir. O golpe falhado liderado pelo general Spínola a 11 de Março foi o mote para que as reivindicações dos trabalhadores fossem acedidas pelo Executivo liderado por Vasco Gonçalves. O país entra no chamado Processo Revolucionário em Curso. Foi debaixo deste ambiente em convulsão que se sucederam em cascata inúmeros decretos-leis a nacionalizar as empresas; de um momento para o outro, o Estado tornou-se o dono de mais de 1300. Algumas por arrasto, em virtude de serem detidas pelos grupos económicos nacionalizados, como foi o caso de barbearias, floristas, restaurantes, hotéis ou pequenas fábricas de transformação de tomate. Baseado numa extensa investigação e nos testemunhos de protagonistas da época, As Nacionalizações do PREC é o retrato de um período que alterou a sociedade portuguesa.
Uma abordagem histórica a um período muito especial quer da economia, quer da sociedade portuguesa. Um novo PREC disfarçado pode ser uma opção política viável? Este livro da Filipa Lino faz pensar não só retrospetivamente mas também no papel que o Estado deve ter (presente e futuramente) nas empresas estratégicas portuguesas.