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A Última Ceia

de Nuno Nepomuceno

Livro eBook
editor: Cultura Editora, janeiro de 2019
O golpe perfeito. Dois amantes. Uma obra de arte.
Uma nota enigmática é encontrada junto a lascas de tinta e tela, e à moldura vazia de um quadro famoso. O ladrão deixou um recado. Promete repetir a façanha dentro de um ano. De visita à igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão, uma jovem mulher apaixona-se por um carismático milionário. Mas quando alguns meses depois é abordada por um antigo professor, Sofia é colocada inesperadamente perante um dilema. Deverá denunciar o homem com quem vai casar-se, ou permitir tornar-se cúmplice deste ladrão de arte irresistível?

Enquanto a intimidade entre o casal aumenta, um jogo de morte, do gato e do rato, começa. E aquilo que ao início aparentava ser um conto de fadas, transforma-se rapidamente num pesadelo, enquanto um plano ousado e meticuloso é urdido para roubar a obra-prima de Leonardo da Vinci. Requintado, intimista, inspirado em acontecimentos verídicos, A Última Ceia transporta-nos até ao elitista mundo da arte. Passado entre Londres e Milão, habitado por uma coleção extraordinária de personagens, para as quais a ambição e fama sobrepõem-se a qualquer outro valor, este é um thriller sofisticado de leitura compulsiva. Uma viagem surpreendente ao centro de uma teia de intrigas, romances e traições.
Novidades Nuno Nepomuceno

Nuno Nepomuceno apresenta-nos os protagonistas do novo livro

Um conto de A Última Ceia O escritor Nuno Nepomuceno tem um novo livro, A Última Ceia, um thriller empolgante que nos transporta para o enigmático mundo da arte.
Requintado, intimista e inspirado em acontecimentos verídicos, este livro junta, nas palavras do próprio autor, um pouco de tudo: «romance, aventura, ladrões, assaltos, mortes e muito mistério.»
Este conto exclusivo é uma adaptação de três capítulos do livro, nomeadamente, o do primeiro encontro entre os dois protagonistas: Sofia e Giancarlo. O AUTOR UM CONTO POR NUNO NEPOMUCENO Praça de Santa Maria delle Grazie, Milão, Itália O artista afastou e aproximou do edifício do mosteiro o lápis que segurava na mão, reavaliando as proporções. Estava sentado desde o início da manhã sobre a calçada da praça, trabalhando com suavidade no desenho. Passou às aguarelas. Uma silhueta vermelha e creme começou a nascer na folha. Ao longe, uma jovem mulher de olhos castanhos, com um cartão de identificação pendurado no pescoço, deixou passar o elétrico e atravessou a via. Usava saltos rasos e o cabelo comprido e claro adornava-lhe as costas, enquanto deixava a abside alta da igreja cada vez mais para trás e se aproximava. O aluno de Belas-Artes observou-a. Não havia nada de extraordinário nela. Era simplesmente a harmonia do conjunto que formava e a pele cor de alabastro, como num quadro imortalizado a óleo sobre uma tela, que faziam de Sofia Conti uma mulher de rara beleza. Ela acabou de contornar o mosteiro dominicano e localizou o acesso principal. Não deu qualquer atenção ao rapaz que rasgava uma folha e começava rapidamente a esboçar o seu retrato. O pouco tempo de que dispunha iria ser muito bem empregue. Tencionava passá-lo com o seu velho amante, um fresco-secco original de Leonardo. Os italianos chamavam-lhe Il Cenacolo, mas todos davam outro nome a esta obra de arte. Era A Última Ceia. Não foi amor à primeira vista. Para Sofia, o momento em que os dois se conheceram propiciou outra sensação. Quando saiu do elevador e entrou no antigo refeitório, foi recebida por uma atmosfera simples e serena, onde a luz do dia entrava timidamente pelos vidros das janelas altas. Os bancos de madeira, austeros e velhos, rangeram ao acomodar os turistas. Sentada na penúltima fila, a primeira que encontrou vazia, apreciou maravilhada o drama humano a que assistia. Pálidas carícias de cor, na sua maioria em tons de pastel, ganharam vida perante si. Depois da entrada triunfal em Jerusalém, Jesus reuniu os apóstolos para uma refeição e previu, entre outras coisas, que um deles iria traí-lo. As grandes figuras dos discípulos agruparam-se à sua volta em conjuntos de retórica. Revoltados, gesticularam e argumentaram com uma emotividade nunca antes representada, escutados aos longe pelas montanhas que os espiavam através das janelas entreabertas. Sofia sobressaltou-se ao reparar que estava a ser observada. Tratava-se de um homem que se sentara na última fila, alguns anos mais velho do que ela, talvez dez, quem sabe. Vestia um fato azul-forte, tinha o cabelo ligeiramente comprido, o colarinho da camisa branca que vestia contrastava com a pele morena e observava-a demoradamente. Ela desviou o olhar e concentrou-se na obra de arte. Aprendera com os erros cometidos no passado. Voltou-se novamente para trás. Ele continuava a admirá-la. Não foi amor à primeira vista. Para Sofia, o momento em que os dois se conheceram propiciou outra sensação. Foi uma oportunidade de viver de novo. — Acho que é a obra de arte mais triste do mundo. E incomensuravelmente bela ao mesmo tempo — observou o homem, nas suas costas, com uma voz bem colocada, forte.
— Porque diz isso?
— O quê?
— Que é triste e belo.
— Repare na luz representada no quadro — pediu-lhe ele. — Existe uma, pintada a partir da esquerda, como se viesse das janelas altas deste refeitório, e há a imaginária, vinda das montanhas por trás dos homens, iluminando a figura central de Cristo.
— É quase como um halo — reparou ela.
— Não. Estes homens são todos muito humanos, espontâneos. Expressam serenidade, raiva, ressentimento, ou choque, como todos nós. É por isso que é um trabalho extraordinário.
— E não triste.
— Não.
— Porquê? Os dois foram interrompidos por um funcionário do museu, que pediu aos visitantes que subissem. Um novo grupo de turistas aguardava pela sua vez. Sofia obedeceu e entrou no elevador. O homem manteve-se ao seu lado, algo que continuou a fazer depois de saírem, embora por pouco tempo. Uma mulher magra de cabelo ondulado e peito generoso apareceu a correr, beijando-o sonoramente nas faces. — Carissimo!
Sofia estacou, hesitando. Decidiu ir-se embora. Sentia-se claramente a mais. Um bando de pombos levantou voo sobre a calçada, assustado pelo homem que caminhava apressadamente através da praça. Vestia um fato da cor do céu, ignorado por um jovem pintor que se concentrava no retrato da mulher de cabelo claro que se afastava na direção da lateral do mosteiro de Santa Maria delle Grazie. Sofia foi alcançada pouco tempo depois. Ele era mais ágil e atlético do que ela. Aliás, tudo em si o favorecia, inclusivamente as explicações que tinha para dar. Aquela mulher era a diretora do museu, uma velha amiga que apenas desejava agradecer-lhe pelas contribuições regulares que fazia para a manutenção do edifício. — Devo ir — justificou-se ela, procurando retomar a caminhada.
— Não seja infantil. A cena de ciúmes fica-lhe muito mal.
— Não, não compreendeu. Tenho de ir. Vou apanhar o comboio para Roma e a Estação Central é longe.
— Posso levá-la. Tenho o carro estacionado adiante.
— Isso é conveniente, mas desnecessário. Obrigada. Sofia arrancou mais uma vez. Milão, criativa, inovadora e plena de vida, acompanhou-a. Ele reapareceu segundos depois.
— Essa sua insistência fica-lhe mal — disse-lhe ela.
— Estou a tentar ser prestável. Custa-me deixá-la fazer esta caminhada debaixo do Sol.
— Não está assim tão quente.
— Mas é longe.
— Nem por isso. O homem parou debaixo de uma árvore e fez um trejeito contrariado aos lábios. Ficava-lhe bem, teve de admitir.
— Para a semana, vou a Roma. Tenho umas reuniões de negócios agendadas. Seria possível vê-la novamente?
— Nem sequer sabe o meu nome. Ele esboçou um sorriso malicioso, o primeiro dos vários que ela iria conseguir arrancar-lhe nos meses que se seguiram. — Não preciso. Está escrito no cartão de identificação que traz pendurado no pescoço. Sofia Conti, embaixada portuguesa. Imagino que não devam existir muitas mais por lá. Ela sentiu-se enrubescer. O homem tinha razão, que infantilidade.
— Chamo-me Giovanni Carlo — apresentou-se ele. — Mas todos me tratam por Giancarlo. Sofia assentiu. Não queria ser mal-educada. Despediu-se cordialmente e retomou a caminhada rumo à boca do metro. Giancarlo ficou a vê-la afastar-se até se tornar numa figura distante. Atravessou a estrada e entrou no seu automóvel, arrancando com suavidade. Seguiu na mesma direção que ela, mas apanhou uma transversal, evitando deliberadamente passar por Sofia. Era perfeita, um peão fundamental na estratégia que esboçara. Dentro de menos de um ano, tornar-se-ia na sua esposa. Pelo menos, esse era o plano. Continuar a ler » » »

A Última Ceia

de Nuno Nepomuceno

Propriedade Descrição
ISBN: 9789898886385
Editor: Cultura Editora
Data de Lançamento: janeiro de 2019
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 229 x 22 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 344
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller
EAN: 9789898886385
e e e e E

Brilhante!!

Vânia Velho

Ao inicio estranha-se mas depois entranha-se! Muito ao estilo Daniel Silva

e e e e E

Leitura entusiasmante

Daniela Maciel - Blog: Quando se abre um livro...

Dou os parabéns ao autor pelas reviravoltas que criou no final e que me deixaram boquiaberta. A verdade é que fomos todos enganados, a história prometia um determinado desfecho, porém, acabou por acontecer algo que ninguém estava a prever. Penso que talvez este tenha sido o livro de que mais gostei. Nota-se o trabalho de pesquisa do autor, a dedicação e esforço que coloca em todo o livro e o cuidado na escrita.

e e e e E

Recomendo

Cvcc

Livro de leitura fácil, difícil de parar de ler! Mistura de suspense, com acção e factos históricos.

e e e e e

O que é português é bom

Serafim

Literatura portuguesa no seu melhor. Tantas vezes desdenhamos o que é nosso, mas há qualidade, muita qualidade neste autor que será, espero, um novo José Rodrigues dos Santos.

e e e e e

Livro muito bom

Maria Áurea Henriques

Gostei bastante do livro, com situações inesperadas que nos levam a querer chegar ao fim com elevado interesse. Recomendo.

e e e e E

Muito bom

DR

Uma história muito bem estruturada e documentada, estar a lê-la é como estar nos locais e passar pelo apuro e aventuras que as personagens vivem. Já tinha lido os anteriores e esta última ceia, baseada no famoso quadro, deixou-me completamente arrebatada. Para seguir todas as histórias que este autor nos escreve.

e e e e e

Roubo a duas mãos

MRF

"Existem três tipos de pessoas, aquelas que veem, aquelas que veem quando lhes é mostrado e aquelas que não veem" Leonardo da Vinci. Este novo livro de Nuno Nepomuceno, fala-nos de Arte, dos seus meandros, do seu valor, das falsificações, de negócios, ambições, dinheiro, muito dinheiro, mas para que isso aconteça é necessário haver um roubo arquitetado magistralmente, a uma ou duas mãos. Também fala de motivos, amor, ódios e vingança. Este livro dava um filme de ação fantástico, adorei e recomendo vivamente. O Autor está a crescer de livro para livro. Obrigado Nuno Nepomuceno e continue sempre, eu estarei aqui para os ler.

Nuno Nepomuceno

Nasceu em 1978. É autor da série bestseller de thrillers psicológicos Afonso Catalão, com a qual foi N.º1 de vendas nacional, de duas séries de ficção em formato podcast e de diversos contos. Nomeado para vários prémios, incluindo o de Ficção Lusófona 2019 das Livrarias Bertrand com A Última Ceia, onde foi finalista, notabilizou-se em 2012, quando venceu o concurso literário Note! com a obra O Espião Português, o seu primeiro livro, que a Cultura Editora reedita agora, numa nova versão revista e repleta de capítulos inéditos. É representado pela Agência das Letras. Para mais informações, consulte o site oficial do autor: www.nunonepomuceno.com, ou o microsite da trilogia: www.trilogiafreelancer.com.

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