A Morte do Papa

de Nuno Nepomuceno

editor: Cultura Editora, janeiro de 2020
Eleito num conclave surpreendente. Encontrado morto 33 dias depois.
Uma freira e dois cardeais encontram o corpo sem vida do Papa sentado na cama, com as mangas da roupa destruídas, os óculos no rosto e um livro nas mãos. O mundo reage com choque, sobretudo, quando Pedro, um delator em parte incerta, regressa à ribalta e contraria a versão oficial. Porém, tudo muda quando imagens de um escritor famoso vêm à tona, colocando-o na cena do crime.

Enquanto as dúvidas se instalam, um jornalista dedica-se à investigação do desaparecimento de uma adolescente. Mas eis que um recado é deixado na redação da Radio Vaticana. Com a ajuda de um professor universitário e da sua intrépida esposa, os três lançam-se numa demanda chocante pela verdade. O corpo da jovem está no local para onde aponta o anjo.

Pleno de reviravoltas e volte-faces surpreendentes, intimista e apaixonante, inspirado em factos reais, A Morte do Papa conduz-nos até um dos maiores mistérios da história da Igreja Católica, a morte de João Paulo I. Tendo como base os cenários únicos da Cidade do Vaticano, este é um thriller religioso arrebatador, de leitura compulsiva, e igualmente uma incursão perturbadora num mundo onde a ambição humana desafia o poder de Deus.
Novidades Conto Nuno Nepomuceno

Crónica: Nuno Nepomuceno na cidade do Vaticano

A Morte do Papa, o novo livro de Nuno Nepomuceno Nuno Nepomuceno regressou à escrita e ao género que lhe é mais caro.
A Morte do Papa coloca-nos no epicentro do Vaticano e envolve-nos num dos maiores mistérios da história da Igreja Católica: um papa, eleito num conclave surpreendente, é encontrado morto 33 dias depois.

Para aguçar a curiosidade daquela que se adivinha uma leitura compulsiva e plena de reviravoltas, o escritor desafiou-nos a percorrer alguns dos lugares icónicos por onde decorre a trama partilhando uma crónica inédita:   A CIDADE DOS SANTOS:
Nuno Nepomuceno na cidade do Vaticano Protegidos por umas sapatilhas confortáveis, os meus pés continuaram a percorrer o passeio apressadamente. Sentia-me ansioso por chegar, enquanto caminhava pelas ruas da cidade sob um Sol intenso, que brilhava isolado no meio de um céu azul sem nuvens. Era a segunda vez que estava em Roma e não me recordava que fosse tão quente. De resto, permanecia exatamente na mesma. Era o corrupio infernal de carros, que mal davam hipóteses aos peões de atravessarem a estrada; as lambretas a buzinar, orgulhosas da sua fluidez; e as pessoas, cujo burburinho das conversas que mantinham se elevava ao demais. Não conheço povo tão expansivo como os italianos. Aquilo é que é alegria. Acabado de sair de um restaurante pequeno, percorri os poucos metros que me faltavam e cruzei uma avenida larga, correndo no meio dos automóveis. Encostei-me a um muro alto, pousando sobre ele o par de fatias de pizza embrulhadas em papel que carregava na mão. O rio Tibre separava-me do Vaticano. Ladeado por duas freiras que tiravam uma selfie, com o domo da basílica a ver-se ao fundo, observei as margens baixas, dominadas por bancos de areia. Imaginei o corpo de um jovem guarda suíço preso na vegetação, acabado de vir à superfície, trazido pelas águas castanhas. Sou um homem de muitos crimes e no livro que estava a escrever, A Morte do Papa , já tinha cometido vários. Entrei na cidade rodeado por santos. A Ponte de Sant’ Angelo fora nomeada depois de um anjo ter aparecido sobre o castelo com o mesmo nome, o que justificou as estátuas que passaram a decorar os parapeitos. De resto, arriscaria dizer que aquela era a única presença divina naquele acesso pedonal pejado de transeuntes. De mendigos a comerciantes de recordações e outras bugigangas, havia por ali de tudo um pouco. Não era a primeira vez que estava em Itália e, por isso, não demorei muito a atravessar o rio e entrar na pequena cidade-estado tão independente do país que a circunscreve ao ponto de ser dotada uma fronteira e de leis próprias. Sejamos crentes ou não, ir ao Vaticano é uma experiência que recomendo a todos, quanto mais não seja pela oportunidade de saber como é. Apesar das lojas que inundam a Via della Conciliazone, da impressão com que podemos ficar de que tudo ali é excessivamente comercializado, pouco é comparável à sensação de ir percorrendo aquela avenida larga no meio de um turbilhão de turistas, padres e outros elementos do clero, enquanto em frente a nós, calma e imperturbável, a Basílica de São Pedro vai crescendo, aproximando-se. É grande, imponente, feita de pedra branca, com uma magnitude indescritível, que nos faz ficar parados a olhar para ela. Mas ainda hoje, vários meses depois de lá ter estado, quando escrevo este artigo, as imagens que me ficaram não foram as da grandiosidade do edifício. Sim, a quantidade impressionante de pessoas que atrai. Movidas pela fé, caminhavam entre os braços da colunata, entrando ou saindo da igreja, formando dois corredores humanos impressionantes. Passei algum tempo na praça, andando por lá à procura de erros no que já tinha escrito. Ia tirando fotografias e estudando os ângulos de visão a partir dos vários pontos que identificava. Os guardas suíços parados no Arco dos Sinos tinham uma vista desobstruída sobre o obelisco, as fontes e o Palácio Apostólico? Sim. Como seria a visão a partir do alto do domo? Só havia uma forma de sabê-lo. Tinha de entrar. Várias filas e ainda muito mais tempo depois, consegui fazê-lo. O percurso para subir até ao cimo não era fácil e, já que tinha tempo, resolvi aproveitar a experiência plenamente. Às vezes, tenho a tendência para complicar, confesso. E naquele dia em particular sentia-me extraordinariamente ousado e destemido. Sim, é isso mesmo em que estão a pensar. Perante a hipótese de comprar um de dois bilhetes, pelas escadas, ou pelo elevador, fiz a escolha mais óbvia, claro. Com as pernas doridas de subir tantos degraus, lá acabei por chegar à varanda do domo da basílica. Os meus companheiros de viagem, outros seres humanos corajosos como eu, amontoavam-se, afoitos, na varanda estreita e, como tal, protegida por uma rede. Sofro de algumas vertigens. Nada grave, mas, mesmo assim, o suficiente para que usasse de alguma cautela, deambulando por ali sem me aproximar muito. Mas quando o fiz, fiquei maravilhado. Lá em baixo, a Praça de São Pedro estendia-se perante mim, levando-me de regresso a Roma, que se via no horizonte. Vieram-me imediatamente ao pensamento duas imagens poderosas. A primeira, foi aquele lugar santo, que tinha aos meus pés, cheio de pessoas. Era uma sensação de um poder indescritível. Depois, vi um homem vestido de branco com os braços abertos na direção dos crentes. Acolhia-os, sorrindo-lhes, recentemente eleito. À sua frente, o céu azul transformava-se num manto escuro, raiado de vermelho, como se fosse sangue, e um bando de corvos entrava na cidade, pousando sobre as estátuas que vigiavam a colunata. Lutando contra a tempestade poderosa que se abatia subitamente sobre a cidade dos santos, o meu Papa conseguia ver perante si algo inesperado. Era a noite da sua morte. Continuar a ler » » »

A Morte do Papa

de Nuno Nepomuceno

ISBN: 9789898979407
Editor: Cultura Editora
Ano: 2020
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 228 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 352
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller
EAN: 9789898979407
e e e e E

Suspense!

Liliana Carvalho

O autor está a crescer imenso a cada livro que vai publicando, seja a nível de fluência de escrita como de exposição de temas pertinentes, especialmente temas tabu, de riqueza em factos históricos e verídicos, logo no ínicio da leitura fiquei sobremaneira surpreendida com a coragem e crueza com que o autor expôs a prostituição homossexual no Vaticano, algo que me deixou fascinada pois nunca tinha lido nada do género vindo de um autor português, e todo o enredo é assim, cru e directo, talvez haja quem considere atrevido e chocante, e eu acho incrivelmente fascinante e corajoso. Também é incrível tudo o que se passa desde as origens no Vaticano, toda a história, exposta e oculta, e no entanto continuar a ser uma força política tremenda, ... eis uma leitura intensa, com drama, romance, alegria, tristeza, viagens, mistério, suspense, traição, ganância, amizade e amor.

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A Morte do Papa

Regina

O livro é viciante desde a primeira página até a última.Gostei muito de ler.

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Frenético e muito bem escrito

Daniela Maciel - Blog: Quando se abre um livro...

Este livro volta a confirmar a excelente trabalho de pesquisa que o autor leva a cabo em cada um dos seus livros. No que diz respeito à escrita, acredito que o autor continua a evoluir. Tive a confirmação neste livro de que os seus diálogos são muito bons. É difícil escrever diálogos, torná-los claros, reais, coerentes, sem excesso de floreados, e o Nuno consegue isso muito bem. Um thriller de leitura frenética. Recomendo!

e e e e E

Vale a pena!

livrista.blogspot.com

O livro em si está muito bem escrito. A história é envolvente e contada de forma aprazível. Tem um andamento coerente e em momento algum nos perdemos em algum caminho. O final, ou seja o assassino do Papa é uma surpresa. Não podemos bem chamar assassino, diria mais que foi um descuido. De qualquer das formas o próprio Papa não poderia sobreviver aquela noite, pois as razões para a sua morte eram muitas. Pelo caminho o autor apresenta-nos outros mistérios por desvendar, que não estando completamente ligados, fazem parte da mesma intriga. Nepomuceno consegue sempre manter-nos vivo o interesse pela morte do Papa, mas ao mesmo tempo leva-nos para outros mistérios que queremos ver resolvidos.

e e e e E

Suspance

Márcia Varela

Um livro muito bom! Assim que se começa a ler, não dá para parar.

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Viciante

Telmo Matos

O livro é viciante desde a primeira página até a última. Muito bom enredo.

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Interessante

MB

Um livro interessante e envolvente!

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Forte

Cristiana

mais um fantástico livro de suspense! um nome forte e atrativo. Adorei

e e e e E

Um thriller no Vaticano

João Fazenda

Nuno Nepomuceno continua a mostrar que acompanha a evolução do policial/thriller actual, atacando temas polêmicos e actuais, que rodeiam e justificam muitos crimes praticados hoje em dia e impssíveis décadas atrás. A evolução da sociedade e os novos problemas com que se depara a igreja são uma preocupação do autor

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Viciante

Filipa Domingues

Uma história com um enredo fantástico e intrigante. Personagens que conectam com o leitor e nos fazem querer questioná-las! Quando se começa a ler não se consegue parar até terminar...

e e e e E

Recomendo

Isabel

Livro de leitura fácil que cativa o leitor do início ao fim. Sem dúvida que recomendo.

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Os mistérios do Vaticano

Sandro Silva

Surpreendente thriller religioso de agradável leitura e cativante, envolvente da primeira à última página.

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Muito bom!

Dina Mota

Foi o primeiro livro que li deste autor, as críticas eram tão posivitas que a fasquia era alta...e não desiludiu!

Nuno Nepomuceno

Nasceu em 1978. É autor da série bestseller de thrillers psicológicos Afonso Catalão, com a qual foi N.º1 de vendas nacional, de duas séries de ficção em formato podcast e de diversos contos. Nomeado para vários prémios, incluindo o de Ficção Lusófona 2019 das Livrarias Bertrand com A Última Ceia, onde foi finalista, notabilizou-se em 2012, quando venceu o concurso literário Note! com a obra O Espião Português, o seu primeiro livro, que a Cultura Editora reedita agora, numa nova versão revista e repleta de capítulos inéditos. É representado pela Agência das Letras. Para mais informações, consulte o site oficial do autor: www.nunonepomuceno.com, ou o microsite da trilogia: www.trilogiafreelancer.com.

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