Saiba mais sobre preços e promoções consultando as nossas condições gerais de venda.
Saiba mais sobre preços e promoções consultando as nossas condições gerais de venda.
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789723827897 |
Editor: | Livros do Brasil |
Data de Lançamento: | maio de 2006 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 142 x 210 x 21 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 392 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | O Jardim das Tormentas |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Literatura Erótica |
EAN: | 9789723827897 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Frescos sobre (bi)sexualidade masculina, sexualidade feminina e trios, no dealbar da revolução industrial
Ana
Este livro agarrou-me por dois motivos- a sua componente cinematográfica, prescientemente hollywoodesca; e, a descoberta do eu bissexuado. Talvez, por este último motivo o volume 2 desta autobiografia não tenha esgotado. Digo-vos de antemão: uma proveitosa pechincha. Como em quase todos os textos pornográficos, há uma emergência de atos sexuais, quase em contínuo, com breves frases de contextualização do cenário e de ligação entre atos; pelo que os episódios sexuais acontecem em catadupa; como é imagem de marca dos filmes de ação e de suspense USA, por vezes mesmo com mais que um evento em simultâneo. Tudo isto podemos vivenciar neste arqueológico documento de finais de XIX, inclusive evidente nos longos títulos de cada capítulo; mas, com cenários (embora curtissimamente pincelados no texto) de qualidade europeia. Não admira, pois, que este seja, de facto, um documento que permite sentir o ambiente dos costumes de uma Europa marginal e oculta, convulsionada pela erupção do processo de industrialização, consequentemente, também da práxis humana. Por isso, é preciso não precipitar a sua leitura; aproveitando para recuperar o fôlego. É de louvar, também, a coragem de um homem que, ao longo do texto, se vai insinuando lentamente no apelo do outro masculino; na curiosidade e no prazer de redescobrir a sexualidade macha- primeiro na contemplação, depois na exploração e, finalmente, na aceitação de um par; sem que isso implique abdicar de receber da e de oferecer à companhia fêmea, em cenários que vão sendo cada vez mais frequentemente de trios. De pausas (liminarmente exaltadas, como que a manter a tensão) são compostas curiosas “naturezas mortas”, dispersas pelo livro, onde o autor se delicia em descrever, leigamente com certo pormenor anatómico, a diversidade da genitália feminina (muito melhor que a masculina, também sumariamente presente, mas claramente como “personagem” secundária), como que nos educando a atenção visual para esta abençoada singularidade da beleza do corpo fêmeo, e da importância dela se fazer usufruir, como também prioritariamente estimular, para satisfação mútua; claramente, assumindo o direito ao prazer completo e repetido da(s) parceira(s). E, umas poucas de vezes, tentando uma mais desempoeirada interpretação da intenção divina na conceção de tais fontes de prazer humano. Pequena nota para alguns episódios de voyeurismo, uns mais bem-sucedidos que outros. Mas, para quem já percorreu basta literatura pornográfica, dificilmente encontrará surpresas descritivas, nem existe qualidade acima da média no discurso literário; mas, os pormenores mencionados acima, expostos numa narrativa mais elaborada que o costume, foram suficientes para me manter em leitura atenta durante todo o livro.
Costumes ocultos
Armando Sousa
O autor, anónimo, não poupa palavras para descrever a sua infinda prática sexual. Um livro que abraça sempre a linguagem pornográfica para dar a conhecer os atos íntimos do autor. Por vezes é escabroso. Leitores (as) mais púdicos (as) poderão chocar-se com quase todas as descrições, embora acabe por ser uma narrativa de vida secreta como qualquer outro.