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A Minha Vida

A Autobiografia do Papa Bento XVI

de Joseph Ratzinger

editor: Livros do Brasil, novembro de 2005

“À lenda de São Corbiniano , fundador da diocese de Friesing, fui buscar a imagem do urso. Um urso – segundo narra aquela história – tinha atacado o cavalo do santo que então se dirigia para Roma. Corbiniano censurou-o asperamente por essa maldade e, à laia de punição, colocou-lhe sobre o dorso o fardo que até esse momento fora carregado pelo cavalo. O Urso deveria então transportar o fardo até Roma… E também eu levei para lá tudo o que era meu, e de há vários anos a esta parte caminho com a minha missão e o seu peso pelas ruas da Cidade Eterna.” Assim, em finais dos anos 90, concluía o então cardeal Ratzinger a sua autobiografia. Um texto simples, com um estilo próximo do das Confissões de Santo Agostinho ou das Fioretti de São Francisco de Assis, em que descreve uma vida que sempre se deixou guiar pela mão de Deus. Nessa altura, ainda o cardeal Ratzinger desconhecia o que futuro lhe reservava: a entrada no novo milénio ao lado de João Paulo II, a sua eleição para o cargo pontifício com o nome de Bento XVI. Em contrapartida, os sentimentos do seu coração já nessa altura, como hoje, os exprimia através do salmo 73,23-24: Mas eu estou sempre contigo: tu tomaste-me pela minha mão direita. Guiar-me-ás com o teu conselho.

A Minha Vida

A Autobiografia do Papa Bento XVI

de Joseph Ratzinger

Propriedade Descrição
ISBN: 9789723827736
Editor: Livros do Brasil
Data de Lançamento: novembro de 2005
Idioma: Português
Dimensões: 139 x 207 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 140
Tipo de produto: Livro
Coleção: Vida e Cultura
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Biografias
EAN: 9789723827736
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Joseph Ratzinger

Papa alemão, Bento XVI (16 de abril de 1927, em Marktl am Inn, na Baviera, na Alemanha - 31 de dezembro de 2022, Mosteiro Mater Ecclesiæ, Vaticano), nasceu com o nome de Joseph Alois Ratzinger. Era filho de um agente da polícia e de uma empregada de um bar e viveu a infância numa quinta. Em 1939, entrou para o Seminário de Traunstein. Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial, teve de interromper os estudos e integrou uma unidade militar antiaérea em Munique. Alistou-se também na Juventude Hitleriana, embora tenha alegado que o fez contra a sua vontade.
Na primavera de 1945, com o avanço das tropas aliadas em território alemão, Ratzinger desertou do exército alemão e fugiu para casa, em Traunstein. No entanto, as tropas norte-americanas invadiram a aldeia e fizeram da casa de Ratzinger o quartel-general. Joseph foi identificado como soldado alemão e encarcerado num campo de prisioneiros de guerra, de onde seria libertado a 19 de junho desse ano.
Em novembro, regressou ao seminário e, em 1947, ingressou num instituto de teologia associado à Universidade de Berlim.
A 29 de junho de 1951, Joseph, juntamente com um seu irmão, foi ordenado padre na Catedral de Freising. Dois anos mais tarde, fez o doutoramento em Teologia na Universidade de Berlim. Tornou-se docente de Teologia na Universidade de Bona, tendo mais tarde lecionado em Munster, Tubingen e Regensburg.
Ratzinger chegou a Roma em 1962 como conselheiro do cardeal alemão Joseph Frings no Concílio Vaticano II e, logo nessa altura, se tornou uma figura muito mediática. A sua popularidade aumentou durante o maio de 68, movimento libertário dos estudantes franceses, que Ratzinger condenou, lamentando o marxismo e o ateísmo dos jovens da época. Uns anos mais tarde, em 1972, foi um dos fundadores do jornal de teologia Communio, atualmente um dos mais importantes do pensamento católico. Ratzinger foi nomeado Cardeal de Munique a 25 de junho de 1977 pelo Papa Paulo VI, que também o nomeou arcebispo do Mónaco. Mas foi com João Paulo II que Joseph Ratzinger ganhou mais poderes, quando em 1981 foi nomeado perfeito para a Congregação da Doutrina e da Fé. Esta instituição trata de promover e salvaguardar os ideais da Igreja católica em termos de doutrina e fé e substituiu a Inquisição. Ratzinger notabilizou-se pelas suas posições conservadoras, não escondendo ser contrário ao sacerdócio da mulher, ao matrimónio dos sacerdotes, à homossexualidade e ao uso de preservativos.
Entre 2 e 6 de março de 2001, Joseph Ratzinger esteve em Portugal, mais especificamente no Porto, a convite da Faculdade de Teologia da Universidade Católica. Na universidade portuense o então cardeal falou sobre a Europa e os seus fundamentos espirituais. Em 2002, chegou a Decano do Colégio Cardinalício, o órgão que escolhe os sucessores de cada papa. A 19 de abril de 2005, Joseph Ratzinger foi eleito pelo conclave cardinalício, no Vaticano, o novo papa, em substituição do falecido João Paulo II. O cardeal alemão, então com 78 anos, escolheu o nome de Bento XVI. O conclave durou dois dias, tendo sido um dos mais rápidos da história do Vaticano.

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