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José Duarte de Jesus assina aquela que, até ver, é a primeira biografia da Aginter Press. De sua graça “A Guerra Secreta de Salazar em África” (D. Quixote, 2012, 260pp., 14,90€), subintitulado “Aginter Press, uma rede internacional de contra-subversão e espionagem sediada em Lisboa”, com prefácio de Luís da Costa Correia. A obra em si é extremamente interessante, embora pudesse ser mais informativa que especulativa estamos em crer que o acesso a fontes primárias, por experiência própria, raia quase o impossível, sejam documentos ou entrevistas com os intervenientes (dos 21 entrevistados, nenhum aparenta ter sido membro da mesma). Finda a leitura, o que nos chamou mais a atenção foi o título da obra, pois por opção do autor, ou quiçá imposição do editor, meteu-se o nome e uma foto de Salazar, à força, na capa… à força porque, na prática, a obra só menciona o benévolo ditador aproximadamente a três quartos do fim e de modo tão vago que ficamos com ideia que este, quanto muito, estaria a par da existência da Aginter Press, e pouco mais. Pese também embora as menções e citações de Vinciguerra, a ligação que seria mais evidente (a da Rede Gládio) é mencionada, salvo erro, uma só vez em todo o livro deixando de fora a OTAN que, aquando do nascimento e vida da Aginter Press, animava as redes anti-comunistas do mundo e recrutava alegremente todos os ex-nazis e ex-fascistas que conseguia para continuarem com a sua cruzada contra a peste vermelha. Nomeadas as omissões que nos pareceram mais evidentes, achamos curioso que se dedicasse todo um subcapítulo à Frente de Libertação dos Açores (FLA) sem que se contactasse nenhuma fonte directa (a bibliografia menciona somente um artigo datado já de 2009). A FLA revitalizou-se em Janeiro deste ano e tem vindo a proferir diversas conferências de imprensa com a maior das aberturas, em locais públicos e hotéis de Ponta Delgada, sendo o seu locutor o líder de sempre, tanto agora como nos tempos da Aginter Press: José de Almeida. Não deixando de ser uma obra extremamente interessante, pese embora apenas nos despertar o apetite para a História da Aginter Press, a verdade é que são poucos os portugueses que menciona e todos muito ao de leve, aprofundando mais a obra os papéis dos “fascistas” franceses exilados em Portugal após 1945 como principais fundadores e animadores da coisa. A ligação destes aos nacionalistas portugueses também ficam por aprofundar, a sensação que se nos assombra quando terminamos de ler a obra é de que se arranhou meramente a superfície… Compreendemos perfeitamente as dificuldades com que nos deparamos quando tentamos investigar assuntos ocorridos durante o Estado Novo cá, o mesmo fenómeno ocorre com a era da Itália Fascista: goste-se ou não, foram regimes com uma tal longevidade que na prática acabaram por envolver toda a sociedade e, agora em democracia, há um misto de medo, cobardia e vergonha quando se tenta obter dados acerca da altura. No caso dos ficheiros da Aginter e da PIDE há também o senão dos caixotes que foram parar a Moscovo logo na semana do 25 de Abril ou pouco depois. Esses, receamos bem, desapareceram para sempre. Pese embora a sua superficialidade, é uma obra que se aconselha aos estudiosos e aos curiosos.