10% de desconto

A Guerra dos Tronos

As Crónicas de Gelo e Fogo - Vol. 1 (Edição especial limitada)

de George R. R. Martin
editor: Saída de Emergência, janeiro de 2020
23,30€
10% DE DESCONTO CARTÃO
PORTES GRÁTIS
Quando Eddard Stark, senhor de Winterfell, recebe a visita do Rei Robert Baratheon está longe de adivinhar que a sua vida vai entrar numa espiral de conspiração e morte. Durante a sua estada, o rei convida Eddard a mudar-se para a Corte e a assumir a posição de Mão do Rei. Eddard aceita, mas apenas porque desconfia de que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha, uma cruel manipuladora do clã Lannister. Mas ter os Lannister como inimigos é fatal: a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia.

Uma galeria de personagens brilhantes dá vida a esta saga. Entre eles estão o anão Tyrion, Jon Snow ou Daenerys Targaryen, que pretende ressuscitar os dragões do passado e, com eles, recuperar o trono, custe o que custar.
J'ai été Madame Bovary_640.jpg

«J'ai été Madame Bovary»

Eu fui Madame Bovary. E não fui só eu. Nisto não tenho como ser especial. Verdade seja dita, em quase nada. Mas amar Madame Bovary é uma atividade coletiva que devia ser considerada desporto olímpico. É estabelecermos isto e eu tatuo já os seis aros no braço. *
Quem a lê compadece-se com ela. Poucas páginas depois do início, até o coração mais gélido se põe na fórmula de sempre: pobre Ema Bovary. Aquela vida lassa, principalmente para quem se põe perante a aventura sem nome e sem fronteiras da leitura de um romance, sabia a coisa tão pouca, a coisa tão comezinha, a coisa tão sem sal. Claro que a mulher teve de pôr tempero na vida. O marido, que até podia mandar estilo por ser médico, era um atado, uma banalidade perdida no dia-a-dia. E ela sabia que o casamento ia condená-la a uma casa, a viver sem alegria, a viver sem saltar de para-quedas. Ainda por cima, o que lia nos livros era sempre outra coisa. Nós, pobres leitores, sempre temos de nos compadecer com isto: quem nunca quis vestir o manto de Gryffindor em vez da t-shirt de ginástica?
A vida era seca, a cabeça era fértil. E homens, claro, era o que mais havia. E todos eles pareciam melhores do que o secante Charles Bovary. Dali a procurar vida nos amantes foi um tiro. Lá se apaixonou por Léon Dupuis, mas a coisa não passou da paixão. Chegou Rodolphe Boulanger, e andavam os dois pelas ruas sem disfarçar o que se passava entre os lençóis. Na literatura como na vida, o marido era o último a saber – no caso, era mesmo o único que nem sequer sabia. E, em plena fase de enlevo, o amante largou-a, e foi aqui que se fez crápula, mas crápula dócil: na carta de término, foi derramando – que coisa linda – gotas de água para fingir que ali deixara os olhos. Primeiro deprimida, depois aborrecida, Ema Bovary meteu-se então com Léon – e desta vez cansou-se dele. O adultério pode ser tão sem-graça quanto um casamento burguês sem carrocéis.
A edição da Porto Editora de Madame Bobary Com isto, não há fórmula mágica: nem o aborrecimento daquele casamento, nem a sua cura. Mas há a ironia máxima, bela, voadora, de alguém que se deixa iludir pelos livros, neste que será a coqueluche dos romances em que se espraiam as traições. Depois disto, quem procura livros com a facada nas costas deve ir prevenido: é mesmo a descer. E, claro, para o leitor não há moralismo que se aguente: a literatura faz-nos outros. Se lemos Madame Bovary, somos Madame Bovary também.
Mas não somos Peter Pettigrew. Não quero saber de quantas vezes o leio, o lemos, não sou nem somos esse horror. Quem o viu no filme – Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban – bem viu a cara de rato que deram a Timothy Spall, coitado, que só estava a trabalhar. Quem não viu o filme também não precisa da prova, que a prova é o papel: J. K. Rowling descreveu-lhe o focinho afiado – o nariz, digo –, as mãozinhas rechonchudas em busca de qualquer coisa, os olhos pequenos aflitos à procura de um caminho. É que Pettigrew era um Animagus – feiticeiro que sabia transformar-se em animais, e qual é o homem decente que escolhe ser um rato? Ser e, pior ainda, viver como um em toda a linha: durante 13 anos, Peter viveu no corpo de um rato, e ainda teve o desplante de se fazer adotar pela família Weasley, e depois dormir no bolso do melhor amigo do fofíssimo Harry Potter. Da minha parte, a solução é clara e é dada a priori: nunca é boa ideia ter um rato. E ainda por cima este: nem era preciso fazer-se bicho peludo para ser rato na forma de agir. Por cobardia infame, Peter Pettigrew traiu Lily Evans e James Potter, levando-os à morte, agindo em favor de Voldemort. Ao trair uns amigos, culpara outro, e o pobre Sirius Black é que se meteu numa prisão em alto-mar cercada por Dementores – criaturas negras que sugam a alma e a alegria de viver. Dois amigos mortos, um amigo preso, mais um descrente na vida em geral, e um rapaz órfão prestes a viver uma infância infeliz, tortuosa: eis o resultado da traição de Peter Pettigrew. Por isso, por muito que possamos dizer, como disse Flaubert, que «Madame Bovary, c'est moi», jamais diremos «I am Peter Pettigrew». E quem trai por hábito terá já o hábito de saber quem é Petyr Baelish. Outros, menos sortudos – por serem mais próximos –, conhecê-lo-ão por Mindinho. N'A Guerra dos Tronos, é um dos vilões. Em livros onde tantas espadas cortam cabeças, ele não é melhor do que os braços que a erguem – mesmo sem fazê-lo, há cabeças a rolar por causa dele. Ninguém confia no homem, e com razões para isso. E por vezes quem começa por desconfiar deixa-se levar, cogita que ele será, afinal, coisa diferente dos rumores. Ora, se a palavra corre os Sete Reinos, é difícil que bata sempre ao lado. Onde pode, e sempre para ganho próprio, mesmo que este não seja de imediato mensurável, Petyr Baelish mete a faca. Não há costas que estejam seguras perto dele. E haja cuidado, porque longe também não. É o rei dos sussurros, do diz-que-disse, do pesa-as-frases, das sombras que se agigantam até lixarem alguém. O sonho dele, bem se vê, é chegar ao tudo, tendo nascido no nada. Por muita gente louca que se tenha sentado no Trono de Ferro, destinado ao rei daquilo tudo, Baelish seria dos mais perigosos. Ali, não há preocupações de justiça, coesão territorial, alimentação do povo, guerra e paz, direito de nascença, qualquer coisa: ali só há dois olhos virados para o umbigo.
Resumindo: a literatura é como a vida. Está cheia de gente que ninguém decente quer convidar para jantar.

**Este artigo foi originalmente publicado na revista Wookacontece nº. 11 .

A Guerra dos Tronos

As Crónicas de Gelo e Fogo - Vol. 1 (Edição especial limitada)

de George R. R. Martin

Propriedade Descrição
ISBN: 9789897731815
Editor: Saída de Emergência
Data de Lançamento: janeiro de 2020
Idioma: Português
Dimensões: 171 x 239 x 31 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 400
Tipo de produto: Livro
Coleção: As Crónicas de Gelo e Fogo - Edição Especial
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Literatura Fantástica
EAN: 9789897731815

Um início de leitura difícil!

Alexandra

Um início de leitura difícil, mas a meio do livro já estou bem sintonizada. O segundo volume recebido hoje para a continuação da leitura da saga. Faço notar que não vi a versão série televisiva. São uma novidade todas as personagens e história.

5/5

CC

Esta avaliação serve para a coleção inteira. Que coleção linda. É prazeroso vê-la na prateleira. Estou a adorar conhecer a esta história.

Uma edição fantástica

Beatriz G

Escolhi principalmente este livro por causa da capa e depois de ver a série fiquei muito curiosa por ler os livros Não me arrependo nada de ter lido este primeiro livro, sem dúvida um dos melhores livros que ja li de fantasia Não é uma escrita pesada com capítulos no máximo até 9/10 páginas o que ajudou muito numa leitura rápida Algumas traduções ficaram aquém, podiam não ser tão literais mas não é algo que tira a magia da leitura Mortinha para ler o resto da série

Guerra dos Tronos

Tiago Matias

Só pela edição do livro, ele já vale a pena. Capa dura, mais uma capa plastificada com um desenho incrivel. Inclui ainda um marcador e o mapa de Westeros. Se tivesse que apontar um defeito seria pela tradução literal de alguns nomes (cidades, acontecimentos, pessoas) que eu prefereria que continuassem em inglês, mas o próprio tradutor explica essa decisão no livro e eu compreendo. Recomendo vivamente.

Muito bom

Rui

Ainda só li umas páginas, mas a escrita George R. R. Martin é incrível.

Sou fã!

Ana Filipa

A história já se conhece! As personagens são as mesmas, mas esta edição tem uma magia diferente! Está brutal...

Grandioso..

Angela Gaspar

Adorei o livro. Sempre o livro é melhor do que o filme, mas neste caso a série é quase igual ao livro.

Excelente

Coralia Ribeiro

Como sempre este ultimo livro que comprei da Lesley é muito bom. A história é a continuação do livro anterior mas como sempre a surpreender a cada página.

Simplesmente UAU

João Jesus

De certeza, é um dos livros mais bonitos que já vi! As capas são ainda mais lindas do que parecem na Internet, as páginas são melhores, as artes são bonitas... É uma edição simplesmente espectacular que acho que não devia ser limitada, de forma a proporcionar a um maior número de leitores uma melhor experiência com esta saga fantástica e a impedir que alguns consumidores fiquem com a coleção desta versão inacabada devido ao stock limitado. Mesmo assim, uau, parabéns Saída de Emergência

Exceptional

Patrícia Pereira

Adorei esta versão dos livros. É um gosto reler. Livros mais cuidados.

SOBRE O AUTOR

George R. R. Martin

Trabalhou dez anos em Hollywood como argumentista e produtor de diversas séries e filmes de grande sucesso. Autor de várias coletâneas de contos e noveletas, foi em meados dos anos 90 que começou a sua obra mais famosa, As Crónicas de Gelo e Fogo. É a saga de fantasia mais vendida da atualidade e uma adaptação televisiva de grande sucesso foi realizada pela HBO. Um autor multifacetado, a sua obra estende-se a diversos géneros como o horror, a fantasia, a ficção científica, e a prova disso são os títulos Dying of the Light, Windhaven (com Lisa Turtle), The Armageddon Rag e Sonho Febril. O autor vive em Santa Fé, Novo México, com a sua mulher, Parris.

(ver mais)

LIVROS DA MESMA COLEÇÃO

DO MESMO AUTOR

QUEM COMPROU TAMBÉM COMPROU