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A Maçonaria Portuguesa e a Grande Guerra (1914-1918)

de António Ventura

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 Fiel aos grandes valores instituídos, a Maçonaria desde sempre teve influência em ocorrências históricas marcantes. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi uma delas. A nível individual, como prescreviam as suas obediências, também ela tomou posição em relação a esse conflito. Houve quem fosse a favor da participação portuguesa por via da manutenção das colónias, na altura sob o ataque alemão, e quem, consciente dos nossos fracos recursos militares, discordasse dela. Dualidade de posições que espelhava o pensamento de Portugal, já sob a égide da jovem República, desejoso, por um lado, de se afirmar na cena internacional e, por outro, temendo não estar à altura de uma participação nessa guerra, como, aliás, opinava a Inglaterra. Em retaliação do aprisionamento de navios germânicos ancorados em portos portugueses, a Alemanha declarou-nos guerra e assim se decidiu por fim a nossa participação nesse conflito mundial. Com o conhecimento e autoridade que detém nesta matéria, revela-nos António Ventura, nesta sua investigação, as diferentes posições da Maçonaria nessa guerra, o peso que elas tiveram, e os nomes dos muitos maçons que nela perderam a vida.
Percursos de uma Revolução - Ensaio de releitura da revolução soviética

de Mário Machaqueiro

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 «Longe da pretensão de acrescentar mais uma história da "construção do socialismo" na terra de Lénine, o pre-sente estudo procura, tão-só, consultar algumas das muitas interpretações que dela foram feitas para lhe propor outro quadro de inteligibilidade. (…) Esta intenção depara-se, naturalmente, com dificuldades de relevo. E a maior de todas é o facto de os rostos da Revolução de 1917, e do sistema que ela inaugurou, aparecerem estilhaçados em mil e uma leituras contraditórias. (…) Os cem anos que decorreram não impõem, pois, que se faça apenas o balanço da revolução e do seu significado histórico. Impõem, sobretudo, que se reavalie as diver-sas "comunidades de interpretação" que se constituíram em torno desse acontecimento.» (Introdução)
O Adeus ao Império - 40 anos de descolonização portuguesa (2ª Edição)

de Fernando Rosas, Mário Machaqueiro e Pedro Aires Oliveira

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 Quarenta anos volvidos sobre processos e acontecimentos que tiveram um impacto estruturante, quer no Portugal democrático, quer nas nações que dele emergiram, e que pelo caminho cruzaram muitas esperanças com não poucos traumas, é tempo de fazer não apenas um balanço crítico, mas, sobretudo, de contribuir para aumentar a compreensão do fenómeno complexo que foi a descolonização portuguesa. É este o desafio que o presente volume tenta concretizar: oferecer ao público um conjunto de ensaios que permita situar o problema da descolonização de forma menos emotiva, dando ao mesmo tempo conta dos avanços que a investigação histórica tem produzido. Com este propósito, o livro procura abranger, de forma transversal, os vários temas que uma análise da descolonização portuguesa tem, forçosamente, de abordar: a génese e a evolução das diversas organizações anticoloniais, bem como a emergência de um sentimento anticolonial no seio da oposição portuguesa ao regime de Salazar; a situação militar nos diferentes cenários do conflito colonial em vésperas do 25 de Abril de 1974; o impacto decisivo das transformações internas na metrópole portuguesa, em 1974-75, sobre o processo de descolonização; o contexto internacional e a sua influência nesse mesmo processo; as formas variadas como este se desenrolou nos diferentes territórios do império português; o fenómeno da deslocação maciça dos ex-colonos para Portugal; as estratégias de construção da memória da descolonização no imaginário português.
Sociedades Secretas - A sua influência e o seu poder desde a antiguidade até aos nossos dias

de Michael Howard

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 Ao longo de milhares de anos, as sociedades secretas - guardiãs da antiga sabedoria esotérica - exerceram enorme e por vezes crucial influência no destino das nações. Apesar de em boa parte ignoradas pelos historiadores mais ortodoxos, os membros da Maçonaria, os Cavaleiros Templários e os elementos da Ordem da Rosa Cruz marcaram a evolução da revolução Americana e da Francesa e contribuíram para o derrube da ordem medieval. Inevitavelmente, os verdadeiros ideais e as práticas esotéricas destas sociedades foram, por vezes, pervertidos por alguns indivíduos que perseguiam objectivos muito próprios. Os Nazis e os Bolcheviques, os serviços secretos ingleses, os pais fundadores dos Estados Unidos da América e o próprio Vaticano, todos têm justificado as suas acções - para o bem ou para o mal - recorrendo aos ideais místicos das sociedades secretas. Michael Howard explora estas ligações, e revela as suas consequências na política e na acção dos Estados, desde o Antigo Egipto até à actualidade. E defende inclusivamente que a formação da União Europeia foi dirigida por um conjunto de sociedades secretas, que continua a operar de forma decisiva no mundo contemporâneo.
História da Franco-Maçonaria em Portugal - 1733-1912 (6.ª Edição)

de Manuel Borges Grainha

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 A História da Franco-Maçonaria em Portugal, de M. Borges Grainha, foi publicada pela primeira vez em 1912. O seu sucesso foi de tal ordem que logo conheceu nova edição em 1914. A razão entende-se facilmente na medida em que ela corresponde a uma tentativa de historiar, tão completamente quanto possível, a Maço-naria em Portugal, desde o seu início no século XVIII, no período compreendido entre 1733 e 1912, e é publicada numa época agitada, pouco depois da implantação da República, no quadro dos conflitos que decorrem desse evento, entre a Maçonaria e a Igreja, em Portugal como noutros países. Outro aspecto relevante que Borges Grainha salientou enquanto membro do Grande Oriente Unido em 1914, e está patente nesta obra, é o de que "o espírito da Maçonaria é o espírito da libertação, da solidariedade e do aperfeiçoamento social e humano". Extinta pelo Estado Novo em 1935, ano em que Salazar decretou a proibição de todas as sociedades secretas, a Maçonaria recolheu a uma espécie de clandestinidade, nunca deixando de existir apesar da forte repressão que abatia sobre ela.
Afonso de Albuquerque - O chefe militar, o diplomata e o estadista

de João José Brandão Ferreira

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Objectivo Extermínio

de G. Miedzianagora G. Jofer

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A Inquisição Espanhola

de A. S. Turberville

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Teófilo Braga e os Republicanos

de Carlos Consiglieri

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A Fundação do Império Português II -

de Bailey W. Diffie e George D. Winius

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A Inquisição em Portugal - Séculos XVI - XVII - Período Filipino -

de Isaías da Rosa Pereira

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Os Sofrimentos de John Coustos na Inquisição de Lisboa - Seguido de A Origem da Inquisição

de John Coustos

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 John Coustos foi um sobrevivente do infame Tribunal do Santo Ofício. Após a sua libertação da condenação às galés, em 1742, fruto da perseguição que lhe foi movida pela Inquisição Portuguesa, Coustos publicou em Inglaterra, no ano de 1746, este seu relato das torturas e sofrimentos que lhe foram infligidos durante o encarceramento. Esta obra tornou-se famosa por ser um dos poucos testemunhos da violência praticada pela Inquisição contra os suspeitos de heresia que tivessem o infortúnio de cair nas malhas da sua justiça. Publicado originalmente com o título The Sufferings of John Coustos at the Inquisition of Lisbon, o livro abalou de imediato a consciência da Europa liberal e protestante. É desde então um documento essencial no estudo deste período negro da história de Portugal e da Igreja Católica.
Diogo do Couto o Soldado Prático e a Índia

de Farinha de Carvalho

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A Marinha de Guerra Portuguesa e a Maçonaria

de António Ventura

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 A presença de militares na Maçonaria Portuguesa foi uma constante desde o século XVIII, constituindo um dos grupos mais representados nos seus quadros. Neste livro estuda-se a presença de oficiais da Marinha de Guerra naquela associação, com maior destaque para o segundo quartel do século XIX e as primeiras décadas do século XX, até 1935, ano em que a Maçonaria foi proibida. Deste estudo podemos concluir que algumas das figuras fundamentais da História da Marinha Portu-guesa estiveram ligadas à Maçonaria, em diversos con-textos políticos e com diferentes evoluções nos seus percursos biográficos; exerceram cargos de destaque tanto na Marinha como fora dela, e os seus nomes ficaram associados, àquela instituição militar. A obra inclui quase duas centenas de biografias de oficiais da Marinha, com referência especial aos seus currículos maçónicos.
D. António I - Rei de Portugal

de José de Torres, Rainer Daehnhardt e Rebelo da Silva

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 Sabia que: - D. António foi Rei de Portugal e resistiu em manter Portugal nas mãos dos Portugueses? - Filipe II de Espanha comprou Portugal? - D. António significou, para o homem humilde, uma tentativa de sobrevivência do patriotismo português? - D. António foi aclamado rei primeiro em Setúbal, Santarém e Lisboa, e depois em grande parte do resto do País, como resposta à invasão do Rei de Castela? - D. Filipe II colocou a cabeça de D. António a prémio. 80.000 ducados, mas não houve ninguém que traísse o Prior do Crato? - D. António I, último rei da Casa de Avis, deixou herdeiros na Holanda, que durante séculos receberam avultadas quantias em pagamentos anuais, sujeitos a uma única condição: nunca virem a Portugal?
Portugal e os Judeus - III

de Jorge Martins

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História das Ideias Republicanas em Portugal

de Teófilo Braga

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Portugal e os Judeus - Volume II

de Jorge Martins

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 Desde Mendes dos Remédios que não se publica no nosso país uma obra de conjunto que sistematize a evolução da relação do estado português com as comunidades judaicas ao longo da nossa multissecular história. Portugal e os Judeus pretende ser um contributo para superar essa insuportável lacuna historiográfica. Originariamente era uma tese de doutoramento defendida pelo autor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa no início deste ano. Revista, feitos alguns ajustes e complementada, para efeitos de publicação em livro, foi organizado em três volumes, a editar até finais de 2006 em datas carregadas de simbologia para a história dos judeus portugueses. Este segundo voume de Portugal e os Judeus (Do Ressurgimento das Comunidades Judaicas à Primeira República) é lançado à passagem de mais um aniversário do trágico estabelecimento da Inquisição em Portugal (23 de Maio de 1536), que vigorou oficialmente até 1821 e originou mais de quarenta mil processos.
Os Holandeses no Brasil e na Costa Africana - Angola, Kongo e S. Tomé (1600-1650)

de Klaas Ratelband

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 Quem quer que se interesse pela história da expansão holandesa no Brasil e em África dispõe agora de uma obra absolutamente fundamental para um maior conhecimento e aprofundamento do que foi essa história e da sua relação com Portugal. Com efeito, Os Holandeses no Brasil e na Costa Africana - Angola, Kongo e S. Tomé (1600-1650), de Klaas Ratelband, pode considerar-se a melhor obra do género na medida em que está muito bem servida de fontes documentais, na generalidade inéditas, possui rigor científico sem incorrer nos pretensiosismos académicos e, para além de tudo, é uma narrativa escorreita, fluente e colorida, de leitura extrema-mente agradável. Algumas das suas passagens, sobretudo aquelas que contêm descrições de refregas e perseguições, lêem-se com apetite voraz e tornam-se inesquecíveis. Muito conceituado no seu país, Klaas Ratelband passou muito tempo em África, nomeadamente em Angola. Daí derivou o interesse pela história da presença holandesa na Costa Africana, que culminou em pesquisas contínuas e incansáveis nos Arquivos da Velha Companhia das Índias durante anos e anos. A sua contribuição para essa história é tão importante que lhe mereceu o agraciamento da Ordem de Cavaleiro Orange-Nassau atribuído pelo Executivo dos Países Baixos. Sobejamente conhecido em África, principalmente no Ghana, Zimbabwe e África do Sul, onde foi publicado, notabilizou-se igualmente no Reino Unido, onde foi membro do Hacluyt Society. Portugal ficou a conhecê-lo também quando em 1971 proferiu palestras na Fundação Calouste Gulbenkian e na Sociedade Nacional de Geografia. A edição portuguesa foi enriquecida com a revisão crítica, prefácio, apontamento biográfico e notas acrescentadas de Carlos Pacheco. Inclui ainda um extratexto a p/b de 16 páginas.
Metahistória - História Questionando História - Homenagem ao Prof. Doutor Teotónio R. de Souza

de Charles Borges e M. N. Pearson

25,24€

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 Nesta obra, que é simultaneamente um tributo de apreço e admiração pelo ilustre académico Prof. Doutor Teotónio R. de Souza e um repositório de importantes estudos sobre a história indo-portuguesa, congrega-se o olhar de 43 reputados historiadores, nacionais e estrangeiros, que sob diferentes ângulos e perspectivas analisam vários aspectos dessa história ao longo dos séculos em que ela se entrelaçou. As temáticas subscritas por nomes tão prestigiosos como Diogo Ramada Curto, Charles J. Borges, José Manuel Garcia, George D. Winius, Luís Aires-Barros, Tom Maruyama, Shatki Sinha e outros, reflectem, todas elas, as áreas de estudo e investigação a que se consagrou o homenageado ao longo de toda a sua carreira académica e são contributos valiosos e imprescindíveis para melhor se conhecer a história de Portugal e da Índia. O Prof. Doutor Teotónio R. de Souza doutorou-se em História pela Universidade de Poona (Índia) e é Professor Catedrático da Universidade Lusófona. Presentemente é Director do Mestrado em História Política e Social e da Licenciatura em História dessa Universidade. É também director-editorial da Campus Social - Revista Lusófona de Ciências Sociais e sócio da Academia Portuguesa de História e da Sociedade de Geografia de Lisboa. No decurso da sua carreira académica publicou e coordenou vários livros e artigos de investigação e de divulgação.
Os Romenos - Latinos do Oriente

de Mircea Eliade

10,60€

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 "Não é fácil escrever a história de um povo em menos de cem páginas, especialmente quando se tem, ao mesmo tempo, em vista traçar o seu perfil espiritual, falar da sua alma, evocar as suas criações artísticas, analisar os seus mitos. Eis porque este livro é mais uma introdução geral ao estudo do lugar ocupado pelos Romenos na História Universal e um esboço da sua civilização, do que um resumo da sua história." Mircea Eliade, in Prefácio. Esta obra aborda os momentos decisivos da História dos Romenos: origens; lutas contra os bárbaros oriundos da estepe euro-asiática; resistência ao Islão vitorioso; lutas para conservar a liberdade comercial do Danúbio, do Dniester e do Mar Negro; equilíbrio entre dois imperialismos - o otomano e o russo.
Portugal na Segunda Guerra II - 1941-1945

de António José Telo

27,00€

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Portugal e os Judeus - Volume I

de Jorge Martins

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 dos primórdios da nacionalidade à legislação pombalina Os judeus viveram em clima de relativa tolerância em Portugal desde a formação da nacionalidade no século XII, aumentando as suas comunidades até finais do século XV, época em que representariam cerca de 10% dos menos de 1.500.000 habitantes do país. A partir do Édito de Expulsão de D. Manuel I, em 1496, transformado em baptismo forçado no ano seguinte, a situação degradou-se e, após árduas tentativas do intolerante rei D. João III, a Inquisição foi introduzida em 1536, o que desencadeou o extermínio sistemático do judaísmo em Portugal. Esta situação só terminaria com a acção autoritária do Marquês de Pombal no último quartel do século XVIII e seria definitivamente afastada com a extinção da Inquisição pelo parlamento liberal em 1821. As primeiras comunidades judaicas contemporâneas começaram a reconstituir-se no início do século XIX e, um século depois, revelar-se-iam ao mundo os criptojudeus sobreviventes do extermínio inquisitorial, que foram descobertos no interior do país, nas Beiras e em Trás-os-Montes, pelo engenheiro judeu polaco Samuel Schwarz. Pela acção determinada do capitão Barros Basto, também ele marrano, iniciou-se a chamada "Obra do Resgate", que procurou trazer ao judaísmo oficial esses milhares de judeus secretos. A literatura anti-semita que proliferou entre os séculos XVI e XVIII são fontes inestimáveis para a compreensão do anti-semitismo português. Também a acção filo-semita de personalidades tolerantes como o padre António Vieira, D. Luís da Cunha e o Cavaleiro de Oliveira demonstram que a resistência judaica teve o apoio de alguns dos nossos melhores intelectuais, que contribuiriam assim para o processo de emancipação dos judeus portugueses, iniciado no tempo de Pombal, continuado no período liberal e legalizado durante a I República. Se a República constituiu uma verdadeira oportunidade para a emancipação judaica portuguesa, também proporcionou a emergência do anti-semitismo ideológico mais virulento, cujos principais arautos, António Sardinha e Mário Saa, teriam dignos discípulos em personalidades integralistas e nacionalistas, como Francisco Pereira de Sequeira e Paulo de Tarso e porta-vozes na imprensa, como o Serviço d’El-Rey e a Acção Realista. As modernas comunidades israelitas portuguesas edificaram novas sinagogas de raiz, designadamente em Lisboa e no Porto, prosperaram de Norte a Sul, passando pelos arquipélagos dos Açores e da Madeira e envolveram-se nos esforços sionistas da construção da pátria judaica, entre finais do século XIX e meados do século XX.
Ensaios de História Medieval Portuguesa

de A. H. de Oliveira Marques

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