Verdade Tropical

de Caetano Veloso

editor: Quasi Edições, abril de 2003
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“Do fundo escuro do coração solar do hemisfério sul, de dentro da mistura de raças que não assegura nem degradação nem utopia genética, das entranhas imundas (e, no entanto, saneadoras) da internacionalizante indústria do entretenimento, da ilha Brasil pairando eternamente a meio milímetro do chão real da América, do centro do nevoeiro da língua portuguesa, saem estas palavras que, embora se saibam de fato despretensiosas, são de testemunho e interrogação sobre o sentido das relações entre os grupos humanos, os indivíduos e as formas artísticas, e também das transacções comerciais e das forças políticas, em suma, sobre o gosto da vida neste final de século.”
Caetano Veloso

Verdade Tropical

de Caetano Veloso

Propriedade Descrição
ISBN: 9789725520307
Editor: Quasi Edições
Data de Lançamento: abril de 2003
Idioma: Português
Dimensões: 160 x 240 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 432
Tipo de produto: Livro
Coleção: Biblioteca Sonora
Classificação temática: Livros em Português > Arte > Música
EAN: 9789895520305
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Caetano Veloso

Poeta, compositor e cantor brasileiro, irmão de Maria Bethânia, Caetano Emanuel Teles Viana Veloso nasceu em 1942, no estado da Baía. Desde pequeno, Caetano revelou pendores artísticos, demonstrando gosto por música, desenho e pintura. Na rádio, ouve os cantores da música brasileira em voga, como Luiz Gonzaga; na cidade, os sambas de roda e os pontos de macumba. Em 1952, faz uma gravação única, para desfrute familiar, cantando "Feitiço da Vila" (de Vadico e Noel Rosa) e "Mãezinha querida" (de Getúlio Macedo e Lourival Faissal), hit de Carlos Galhardo. Ao piano, quem o acompanha é a irmã Nicinha. Quatro anos mais tarde, fica uns tempos no Rio de Janeiro, onde frequenta o auditório da Rádio Nacional, palco de apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros de então. Em 1960, muda-se com a família para Salvador, onde prossegue os seus estudos.

A partir daí, intensifica-se o seu interesse por música - graças à bossa nova, particularmente ao cantor e violonista baiano João Gilberto; por cinema - graças ao Cinema Novo, particularmente ao diretor Glauber Rocha, também baiano; e por teatro. Na universidade local, a programação de eventos proporcionou-lhe um ambiente modernizador e vanguardista. Enquanto absorvia essa atmosfera, Caetano escreveu críticas de cinema para o Diário de Notícias , cuja secção cultural é dirigida por Glauber Rocha. Ele aprende a tocar viola e canta com a irmã Maria Bethânia nos bares de Salvador. Na TV, aprecia quando, às vezes, aparece um cantor novo, chamado Gilberto Gil. É numa dessas aparições que a sua mãe, a senhora Canô, o chama: "Caetano, vem ver o preto que você gosta".

Em 1963, Caetano Veloso entra na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Finalmente conhece Gilberto Gil, a quem é apresentado pelo produtor Roberto Santana, Gal Costa (ainda Maria da Graça, na época) e Tom Zé. O primeiro trabalho musical surge no seguimento desses contactos. Ainda neste ano, Caetano compôs a banda sonora da peça "O boca de ouro", de Nelson Rodrigues, do diretor baiano Álvaro Guimarães, que o convida também para compor a banda de "A exceção e a regra", de Bertolt Brecht. Estes trabalhos foram as primeiras expressões artísticas do cantor e tiveram um papel decisivo na sua decisão de se tornar cantor-compositor.

No ano seguinte, em junho, no programa televisivo "Nós, por exemplo", com Caetano, Gil, Bethânia, Gal e Tom Zé, entre outros, o cantor integra os eventos de inauguração do Teatro Vila Velha. Uma agradável mistura de canções e textos, o programa "Nós, por exemplo" acabará por influenciar a conceção de espetáculos semelhantes que virão a ser feitos no Rio de Janeiro e em São Paulo pouco depois.

O ano de 1965 estabelece um marco de particular importância para Caetano: em Salvador, conhece João Gilberto - para ele um dos artistas mais importantes do Brasil e uma das principais referências do seu trajeto artístico. Abandona a faculdade e acompanha sua irmã Bethânia, chamada ao Rio para substituir Nara Leão no espetáculo "Opinião". Gil, Gal e Tom Zé também se transferem para o Sul do Brasil. Em maio, Caetano grava o seu primeiro single , com dois temas, "Cavaleiro" e "Samba em paz", ambos de sua autoria, pela RCA. A sua irmã, Maria Bethânia, lança "É de manhã", um original de Caetano. Ainda nesse ano, a colaboração de Caetano com Gil, Gal, Bethânia e Tom Zé continuou no espetáculo "Arena canta Bahia". Em 1966, concorre, como compositor, ao Festival Nacional da Música Popular, em São Paulo, com o tema "Boa palavra", interpretado por Maria Odette. A canção consegue o quinto lugar. Ainda neste ano, recebe o prêmio de melhor letra no 2.º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção original "Um dia".

Em julho de 1967, assina com a Philips e lança o LP de estreia, Domingo , dividido com Gal Costa; do repertório, constam "Coração vagabundo" e "Avarandado", entre outras. O disco mostra uma filiação do artista ao estilo da bossa-nova; no texto na contracapa, um aviso: "Minha inspiração agora está tendendo para caminhos muito diferentes dos que segui até aqui". O movimento tropicalismo estava já em marcha, revolucionando as estéticas artísticas e culturais da sociedade brasileira. No ano seguinte, edita o seu primeiro LP individual, de título homónimo. Deste disco destacam-se alguns grandes sucessos como "Alegria, alegria", "Tropicália", "Soy loco por ti, América" (de Gil e Capinan), "No dia que eu vim-me embora" e "Superbacana". A carreira de Caetano estava definitivamente lançada no trilho do sucesso. Todavia, ainda neste ano, em plena ditadura no Brasil, Caetano é preso, na companhia de Gilberto Gil, por alegado desrespeito ao hino e à bandeira brasileira. Ambos são libertados poucos meses depois.

A carreira de Caetano é prosseguida com variadas gravações e participações especiais das quais se destacam Caetano Veloso (1969), Araçá Azul (1973), Muitos Carnavais (1977), Bethânia e Caetano (1978), Outras Palavras (1981), Totalmente Demais (1986), Caetanando (1987), Livro (1997). Publicou os livros Alegria, Alegria (1977) e Verdade Tropical (1997), narrando neste último alguns acontecimentos da sua vida. Contracenou em vários filmes e realizou, em 1986, O Cinema Falado . É considerado um autor original e decisivo na moderna evolução da música brasileira, principalmente ao nível da criação literária. No ano 2000 ganhou o prémio grammy para o melhor disco na categoria de world music , com o seu álbum Livro .

Posteriormente, edita, entre outros, o disco Noites do Norte (2001), um álbum que regista um som simples e grandioso, reeditado ao vivo no mesmo ano, o disco Eu Não Peço Desculpa (2002), com Jorge Mauttner, o livro Letra Só (2003), a coletânea de êxitos Antologia (2003) e o álbum Cê (2006), que revela uma fase musical mais rebelde e provocadora..

Da sua carreira constam também as participações na banda sonora dos filmes Habla Con Ella , de Pedro Almodóvar, onde o cantor aparece cantando "Cucurucucu Paloma", e Frida , filme galardoado com o Óscar de Melhor Banda Sonora, com a interpretação do tema "Burn it Blue", por Caetano e Lila Downs.

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