Uma História Suja

de Luis Sepúlveda
editor: Edições Asa, abril de 2004
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“Nas páginas de um caderno de capa negra que sempre me acompanha (na realidade, uma Moleskine), anoto as minhas dúvidas, os meus assombros, os acasos de cada dia. E também pequenos artigos, capítulos de romance, contos, receitas de cozinha, declarações de intenção e compromissos de que geralmente me esqueço. Ao folheá-las durante a breve cerimónia de adeus que antecede a inauguração de um novo caderno, leio o que está escrito e costumo descobrir que não perdi a capacidade de assombro. Folheá-las é rebobinar a vida e vê-la fugazmente, fotograma a fotograma.”
Foi desses cadernos que Luis Sepúlveda retirou os textos que compõem o presente livro. Textos que, na sua maioria, nos falam de uma “história suja”, ou seja, de tudo aquilo que nos rodeia na cena política internacional. Sepúlveda não é um escritor neutro – ele toma sempre partido e não tem medo de expor as suas convicções. Só que sempre o faz com os olhos de um narrador, de um contador de histórias, de alguém que inventa um mundo mais “limpo” mesmo quando fala da sujidade do mundo que temos.
"Uma História Suja" é pois, à sua maneira, o testemunho literário de alguém que antes de ser escritor é um homem comprometido com os homens e com o mundo que o rodeia.

"Uma História Suja (...) é um livro obrigatório pela sinceridade com que Sepúlveda, nascido em 1949, militante na política e na escrita, sempre dentro de uma barricada qualquer, se expõe, sem reticências, nas suas raivas e amores."
Fernando Sousa, Mil Folhas (Público), 06 de Novembro de 2004

Uma História Suja

de Luis Sepúlveda

Propriedade Descrição
ISBN: 9789724140056
Editor: Edições Asa
Data de Lançamento: abril de 2004
Idioma: Português
Dimensões: 139 x 215 x 29 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 224
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos
EAN: 9789724140056
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

SOBRE O AUTOR

Luis Sepúlveda

Foi a 4 de outubro de 1949, na localidade chilena de Ovalle, a mais de 300 km a norte da capital, Santiago, que nasceu Luis Sepúlveda. Filho de um militante do Partido Comunista e proprietário de um restaurante, e de uma enfermeira de origens mapuche (um povo indígena da região centro-sul do Chile e do sudoeste da Argentina), Luis Sepúlveda cresceu no bairro San Miguel de Santiago e estudou no Instituto Nacional, onde começou a escrever por influência de uma professora de História.
Aos 15 anos ingressou na Juventude Comunista do Chile, da qual foi expulso em 1968. Depois disso, militou no Exército de Libertação Nacional do Partido Socialista. Após os estudos secundários, ingressou na Escola de Teatro da Universidade de Chile, da qual chegou a ser diretor. Anos mais tarde, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Da sua vasta obra – toda ela traduzida em Portugal –, destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas todos os seus livros conquistaram em todo o mundo a admiração de milhões de leitores.
Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço – que visa galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica –, uma honra que definiu como «uma emoção muito especial».
Para além de romancista, foi realizador, roteirista, jornalista e ativista político. Em 1970 venceu o Prémio Casa das Américas pelo seu primeiro livro, Crónicas de Pedro Nadie, e também uma bolsa de estudo de cinco anos na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto, só ficaria cinco meses na capital soviética, uma vez que foi expulso da universidade por “atentado à moral proletária”. Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
Em 1982 rumou a Hamburgo, movido pela sua paixão pela literatura alemã. Nos 14 anos em que lá viveu, alinhou no movimento ecologista e, enquanto correspondente da Greenpeace, atravessou os mares do mundo, entre 1983 e 1988. Em 1997, instalou-se em Gijón, em Espanha, na companhia da mulher, a poetisa Carmen Yáñez. Nesta cidade fundou e dirigiu o Salão do Livro Ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livreiros latino-americanos com os seus homólogos europeus.
Luis Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo e as suas obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas. Em Portugal, era presença assídua na Feira do Livro de Lisboa, em sessões de autógrafos onde era bem visível o carinho do público português pelos seus romances, e esteve presente em quase todas as 21 edições do Festival Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, a última das quais entre 18 e 23 de fevereiro de 2020.
A 29 de fevereiro de 2020, Luis Sepúlveda foi diagnosticado com Covid-19, naquele que seria o primeiro caso de infeção nas Astúrias, e consequentemente internado no Hospital Universitário Central de Astúrias, onde veio a falecer a 16 de abril.

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