Um rapaz na Arabândia
SINOPSE
CRÍTICAS
Quando conheci o autor, para mim o Santos Paulo, meu colega de profissão, médico obstetra, não consegui captar a sua sensibilidade tão desperta para coisas do Mundo… reconheço.
Através dum convívio profissional mais cuidado, consegui conhecer pedaços de si, inclusive a sua passagem por África nos primeiros anos da sua vida.
Foi uma fase de aprendizagem médica que terminada nos afastou, conhecemo-nos pouco.
Certo dia, já tinha eu publicado alguns livros, histórias de vidas a que fui sempre atenta e que ele conhecia, fui confrontada com um seu pedido que não pude recusar, longe de mim…ler e comentar o seu "Um rapaz na Arabândia".
Fiquei surpreendida. A pouco e pouco, fui aprendendo os mistérios africanos, vários e variados, fui descobrindo um homem que não conhecia, uma África que ainda desconheço mas da qual já me sinto a saber muito.
Não consegui conter-me e incentivei-o à publicação. Merecia ser lido. Lido por todos.
Fiquei no momento indecisa a quem deveria ser dirigida a obra, mas pela fácil leitura, pela aventura, pelos ensinamentos colhidos, pelas sensações transmitidas pela voz de uma criança, o Tozé, recomendo a "Arabândia" a leitores dos seis aos sessenta anos.
Do primeiro capítulo - Como o Tozé conheceu o Mundo - destaco, para vos aguçar o apetite da leitura, o seguinte parágrafo:
"Tozé estava completamente desconcertado com aquela novidade. O amigo explicou-lhe que quando um rapaz perfazia treze anos chegava à idade adulta. Para ser reconhecido como tal, tinha de ser iniciado como guerreiro. Era levado, com todos os outros, para fora da aldeia e tinha de aprender a viver sozinho na savana, caçando, seguindo pistas, percorrendo longos caminhos e não bebendo água durante vários dias. Ninguém o podia ajudar nesse período de tempo. Se chegasse ao fim das provas e fosse considerado digno de ser um guerreiro, era circuncidado, tinha direito a usar armas, a ter seu gado, a casar e a ter uma casa. Tozé inquietou-se".
Mas este amigo… "este menino era estranho: tinha dez irmãos e irmãs do seu pai, mas da mãe era só ele e uma irmã. O pai tinha três mulheres (Tozé nem queria acreditar! Será que isso lá poderia ser?). Como o viu desconfiado, Mzili desafiou-o a ir a sua casa. Embora recordado de todas as recomendações da mãe, a tentação tomou conta dele e lá foram os dois".
Claro que a "Arabândia" não tem só este capítulo, mas este é o começo do livro e de uma vida que marcou o autor, a prefaciadora, o pintor da capa, Paulo Santos de seu nome, também ligado à medicina através da informação médica e do seu não menos "stressante" percurso de vida.
Em suma, não me compete desvendar-lhes mais, só recomendar uma leitura cuidada, que vai ser apetecida do princípio ao fim, uma simbiose perfeita - Santos Paulo e Paulo Santos - escritor e pintor.
Teresa Sousa Fernandes
(médica e escritora)
DETALHES
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789728910341 |
Editor: | Mar da Palavra |
Data de Lançamento: | abril de 2008 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 148 x 208 x 6 mm |
Páginas: | 128 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Boa Onda |
Classificação temática: | Livros em Português > Infantis e Juvenis > Literatura Juvenil |
EAN: | 9789728910341 |
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