Sofia e o Pinheiro

Numa linguagem fluida e simples, tendo em conta o universo etário dos leitores, o narrador conta-nos a história de uma jovem pré-adolescente, de onze anos de idade, Sofia, e do seu novo amigo, um Pinheiro, que "reside" junto à casa dos seus avós, numa aldeia.
Sofia é bastante curiosa perante a natureza que a rodeia, questionando tudo e todos à sua volta. Por esse motivo, tem a alcunha de Minibiblioteca e decide fazer sozinha as suas pesquisas, sempre munida de um bloco de apontamentos.
Numa tarde de verão, inesperadamente, torna-se amiga e confidente de um Pinheiro muito especial. Sentada num dos seus ramos, ouve atentamente as histórias que este lhe conta, pois ao longo de dois séculos, há algumas que viveu e diverte-se ao recordá-las.
No diálogo travado entre ambos, aborda-se o tema principal, os incêndios florestais. De uma forma leve mas didática, alude-se igualmente às relações familiares, à amizade, à mentira e traição entre amigos.
O narrador refere ainda a época natalícia e a simbologia dos pinheiros nesta quadra. É também intemporal a breve alusão histórica à construção das naus com madeira de pinheiros e a passagem pelo Cabo da Boa Esperança.
No final, em sonho, Sofia fornece ao leitor algumas hipóteses de proteger a natureza e os seres humanos, algo que é transversal em toda a história.