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Quando os Lobos Uivam

Livro de Bolso

de Aquilino Ribeiro

editor: 11 X 17, fevereiro de 2016
Serra dos Milhafres, finais dos anos 40. O Estado Novo resolve impor aos beirões uma nova lei: os terrenos baldios que sempre tinham sido utilizados para bem comunitário e de onde essa comunidade retirava parte vital do seu sustento, seriam agora «expropriados» e utilizados para plantar pinheiros. Implanta-se um clima de medo nas gentes e é esse clima que Manuel Louvadeus, que havia emigrado para o Brasil anos antes, vem encontrar quando regressa à aldeia. Homem vivido e culto devido, segundo o próprio, aos muitos livros que por lá havia lido, Manuel tem uma visão abrangente e um sentido de justiça que rapidamente o fazem cair nas boas graças do povo. Toma então parte da sua gente, pessoas honestas e humildes que trabalham de sol a sol mas que não deixam de viver em condições miseráveis.

A revolta acaba por suceder e entre mortos e feridos tudo acaba numa caçada aos homens por parte da polícia que leva muitos homens à prisão acusados de serem instigadores e cérebros da revolta. O Estado mostra então todo o seu esplendoroso poder. Uma representação da saga dos beirões na defesa dos terrenos baldios perante a ditadura do Estado Novo, cuja primeira edição seria apreendida pela censura, valendo a Aquilino Ribeiro um processo que se arrastou durante mais de dois anos.
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Livros que já nasceram polémicos

Sabe-se que, em Portugal, pelo menos 900 livros foram censurados durante o período do Estado Novo. E pela Igreja quantos terão sido? Não temos a resposta a esta questão, mas temos três sugestões de leituras que chocaram quando foram lançados.

  Lolita Humbert Humbert é um professor universitário que se aproxima de Charlotte Haze, uma rica viúva de Ramsdale, após conhecer a sua filha Dolores Haze, de 12 anos. A obsessão pela menina é tanta que o leva a tornar-se padrasto dela para satisfazer os seus desejos… ou o seu «amor». Sobre esse assunto não nos iremos pronunciar, cabe ao leitor a sua própria interpretação. Por ser uma obra que retrata um assunto polémico, com a agravante de ser narrada na primeira pessoa por alguém que procura não apenas seduzir uma menor, mas sobretudo o leitor, entende-se por que razão Lolita é um clássico que incomoda ainda hoje. Há quem acuse o autor de promover uma relação entre um adulto e uma criança, há quem defenda que se deve separar o autor da obra. O que é certo é que Vladimir Nabokov deixou a França e o Reino Unido em choque, depois de estes países terem banido o seu livro. Em Portugal, o livro foi proibido durante quase 20 anos após a sua primeira publicação. VER MAIS »







  A Relíquia Quando se pensa nas obras proibidas de Eça de Queiroz, o primeiro que provavelmente vem à cabeça de toda a gente é O Crime do Padre Amaro. Pensamento perfeitamente natural não fosse o caso amoroso entre um padre e uma mulher ser até hoje um assunto polémico, sobretudo nos moldes da religião em que vivemos. Espante-se, caro leitor, pois O Primo Basílio e A Relíquia são também obras até hoje proibidas pela Igreja Católica. Em A Relíquia, após terminar o seu curso em Coimbra, Teodorico pretende receber uma herança da sua tia profundamente católica. Para tal, promete viajar até à Terra Santa para lhe trazer uma relíquia milagrosa. Após a viagem, o jovem traz, não a relíquia que prometera à tia, mas outra coisa que ofende os bons costumes da burguesia religiosa. Como sempre, nas obras de Eça de Queiroz, a crítica social contemporânea está presente, nunca deixando de atirar lenha para a fogueira no que toca aos falsos moralismos da sociedade. VER MAIS » Bichos As descrições dos espaços, ambientes e objetos usados ao longo destes catorze contos transportam-nos claramente para a ruralidade por que Miguel Torga é tão conhecido. Só um homem do campo poderia ter escrito algo tão belo como a relação entre seres humanos e animais, e retratado de forma coesa o pensamento das muitas gentes das aldeias. O livro não é apenas, como já vimos por aí, «um livro sobre animais a fazer coisas de animais com dramas humanos». É também um livro sobre humanos tratados como bichos por não corresponderem aos padrões obsoletos de outrem. É, principalmente, uma crítica ao regime político em vigor, em Portugal, aquando da sua publicação em 1940. E talvez por isso tenha sido censurado durante o Estado Novo. Bichos é um livro onde humanos e animais se confundem porque, na realidade, de bichos e humanos todos temos um pouco. VER MAIS »

Quando os Lobos Uivam

Livro de Bolso

de Aquilino Ribeiro

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722531535
Editor: 11 X 17
Data de Lançamento: fevereiro de 2016
Idioma: Português
Dimensões: 109 x 168 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 336
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722531535
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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Mestre das Letras Lusas

Rui Teixeira

Neste romance, o Mestre Aquilino faz jus a este epíteto: arte sublime na escrita e capacidade de exaltação espiritual na mensagem transmitida, tendo sempre como pano de fundo o substrato cultural que o une a ele e ao leitor: a alma portuguesa e a sua cultura. Recomendo.

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Entender a nossa floresta

Vítor B.

Aquilino Ribeiro é um dos nossos maiores romancistas e provavelmente aquele com o vocabulário mais rico, cheio de palavras descobertas nos baús das Beiras que ganham nova vida nas suas linhas. "Quando os lobos uivam" além de confirmar tudo isso, é também um romance de enorme atualidade e interesse ao recordar a origem - recente, do Estado Novo - do pinhal cerrado, hoje em boa parte eucaliptal - que anualmente arde na região Centro. Não foi sempre assim e essa florestação de monocultura não foi feita sem protesto e sem vítimas. A monocultura veio destruir o equilíbrio de séculos entre população humana e serra, levou à desertificação e incêndios cada vez maiores a que agora assistimos. Este livro é um poderoso testemunho de um desastre ambiental projetado.

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Modo de vida nas regiões rurais

A. Matos

Importante para conhecer o modo de vida nas regiões rurais nos anos 40. Obra de referência. Recomendo.

Aquilino Ribeiro

Aquilino Ribeiro nasceu na Beira Alta, concelho de Sernancelhe, no ano de 1885, e morreu em Lisboa em 1963.
Deixou uma vasta obra, na qual que cultivou todos os géneros literários, partilhando com Fernando Pessoa, no dizer de Óscar Lopes, o primado das Letras portuguesas do século XX. Foi sócio de número da Academia das Ciências e, após o 25 de Abril, reintegrado, a título póstumo, na Biblioteca Nacional, condecorado com a Ordem da Liberdade e homenageado, aquando do seu centenário, pelo Ministério da Cultura.
Em setembro de 2007, por votação unânime da Assembleia da República, o seu corpo foi depositado no Panteão Nacional.

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