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Por Mim Passa um Vento

Livro 1

de A. Oliveira Cruz
editor: Instituto Piaget, abril de 1997
12,56€
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«Não sei porque buscar
uma sede que não se tem
Não sei porque quanto se mais bebe
Menos mais se mata a sede»
Na poesia de A. Oliveira Cruz encontramos as grandes preocupações filosóficas do nosso tempo: o sujeito/objecto, o sujeito/vida e o sujeito/tempo. A esta poética do sentir e do pensar molda-se uma estrutura plasticizante de redondilha, de estrofe popular que assenta na legitimação do que de mais ôntico reside na cultura portuguesa secular.
Esta poética é inovadora na contemporaneidade tendo em conta a exorcização do lado mais escatológico do tempo e da vida porque «Tão logo um Homem que nasce / já é velho pra morrer / como se o Tempo parasse / sobre o acto de nascer...»
Também é toda ela dedicada à vida, na sua contradição absoluta, na sua realidade inolvidável: «Quando o mundo não se oferecer / cria-se ente si / um mundo / nós um mundo em cada mão / cada mão mundo que dá»
Habituados que estamos aos poemas de verso longo não nos habituamos a formas mais originais de assumir o universalismo poético em outro tipo de versos.
A poesia do autor não é só interrogação e síntese em torno das grandes problemáticas do nosso tempo: é ainda, e sobretudo, subversão da palavra, com a introdução de neologismos, de palavras que não são dicionarizáveis e que estruturam elas próprias uma outra forma de dizer português.
Dificilmente enquadramos o poeta numa escola, numa geração literária. O que nos deixa mais perplexos. Transforma-se numa espécie de heterodoxia da poesia da modernidade, postura difícil de assumir se nos enquadrarmos numa sociedade onde tudo é padronizável e tudo se assume numa corrente ou num escol.
Esta poética assume a filosofia do pensar e do sentir e como tal é ela própria uma desconstrução, uma intrusão no domínio do transcendente/imanente e de um Eu que é o Outro. falar na poesia do tempo, do sujeito e da vida é questionar a nossa posição enquanto humanos na esfera do transcendente. O poeta vive a efemeridade da condição humana e procura mais, Deus.
Poesia da vida e por ela: o amor é um tema constante. Seja na relação com o outro, seja numa perspectiva da natureza e do ambiente que nos rodeia, «Sou um corpo aberto / interminável fechado / sobre o que de limite / já não pode Ter».
É urgente que esta poesia seja lida, não só pelos leitores solitários da poesia em geral, mas também por todos os que vivem na sombra de um estar indefinido, procurando algo que não encontram. Uma sugestão: que esta poesia comece a ser conhecida nas universidades, sobretudo nos cursos que se debruçam sobre a cultura e a literatura portuguesas.

Por Mim Passa um Vento

de A. Oliveira Cruz

Propriedade Descrição
ISBN: 9789728407438
Editor: Instituto Piaget
Data de Lançamento: abril de 1997
Idioma: Português
Dimensões: 160 x 232 x 11 mm
Páginas: 144
Tipo de produto: Livro
Coleção: Poética e Razão Imaginante
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789728407438
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

SOBRE O AUTOR

A. Oliveira Cruz

António Oliveira Cruz nasceu em Bigas, concelho de Viseu, em 1945. Formou-se em Filosofia pelo colégio Maior Redentorista, em Valladolid e obteve a licenciatura em Filosofia na Universidade de Lisboa. Membro Fundador de múltiplas instituições e centros de carácter social e educativo, nomeadamente do Instituto Piaget a que presidiu onde codirige o Centro Internacional de Investigação, Epistemologia e Reflexão Transdisciplinar (CIIERT), assim com o Departamento de Altos Estudos e Formação avançada (DAEFA). Preside igualmente a Associação Piaget Internacional (AsPI). Diretor da Revista Internacional Aprendizagem e Desenvolvimento. Publicou vários artigos Científicos/Pedagógicos e editoriais, os livros a Teoria de Piaget e os Mecanismos de Produção da Ideologia Pedagógica e Lógica da Vida e da Educação (este como coautor). Diretor da Divisão Editorial do Instituto Piaget. Em 1988, relembrando Bartolomeu Dias e Fernando Pessoa, bem como o início das comemorações das descobertas, começou a editar a obra poética que tem vindo a fazer desde os 13 anos. Desde 1989, e no quadro do Centro Regional de Investigação, epistemologia e Reflexão Transdisciplinar, dirige a organização do Cancioneiro Infantojuvenil para a Língua Portuguesa, projeto de enorme alcance social e cultural, que possibilitará uma outra compreensão da criança e sua evolução criadora.

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