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Pássaros Sem Ninho

de Isabel Branco

editor: Edições Vieira da Silva, março de 2015
TALVEZ… UM PREFÁCIO

Escrever. Um verbo difícil de sentir, quando procuramos no seu conjugar, destacar todos os espaços reconfortantes das nossas inquietações.
É este o lado sensível de quem ousa declarar-se a uma simples folha desafiadora, amante controversa e, rasga com traços de lavra caligráfica, palavras perpétuas de um caderno vida.

"Sou um caso sério!
Cansada de repetições,
exausta de obrigações,
preciso de ar,
de viagem...
Cansada de sonhos,
devaneios e ilusões,
preciso de atos
sem hesitações!"

É esta a determinação da poetisa Isabel Branco. É esta a encenação do seu sentir ousado, quando encerra a janela do redor lógico e, abre a porta do sonho.
Pouco importa, se escreve memórias, ou liberdades. Pouco importa, se os traços são voos infinitos, ou até silvos carícia, quase osmose da entrega mulher ao papel desempenho.
Importa sim, o destaque, como o faz e o prazer que assume nos esboços cénicos que realiza, sejam cenários pessoais ou desideratos constantes.

"Dá-me a tua mão...
E deixa-me, demoradamente,
olhar na profundidade do teu olhar.
Deixa-me ler nos teus olhos
a luz que se sorve deste lugar."

Depois, é o perder da contagem de ciclos, sem esquecer a nascente origem deste poetar em "PÁSSAROS SEM NINHO".
Nesta obra, que o prefaciador teima observar como diferente do percurso já largamente encetado, Isabel Branco assume caminhos assimétricos, onde lança sementes, num constante olhar de si, sempre ávidas de um beber a gosto, mesmo que o sabor seja traço amargo de outras paragens. E, a irreverência cimentada acontece nos actos da história, como religião crítica de análises, não pessoais, mas humanas, num todo que se quer natural.

"Murcham os cravos da desgraça
mas o povo ainda canta
a esperança desmedida,
rosa tardia da sua canção."

"PÁSSAROS SEM NINHO", o lado emotivo da poetisa Isabel Branco. O falar de si, quase cerco de silêncios, quase multidão num corpo que se descobre continuadamente, no sossego da palavra e, aninha-se no possível da poesia pessoal e até dialogante.

"Dorme...dorme...
meu gémeo poeta,
outro lado do meu eu!"

Isabel Branco assume em "PÁSSAROS SEM NINHO", curiosamente uma outra faceta inédita. A pintura das palavras, na tela sempre original, mas sempre diferente. Qual menina de olhar crítico e, que mesmo no negro da ardósia, apesar do branco universal do giz, ensaia cores, pétalas e momentos, mesmo desassossegados.

"Escrevo-te, agora, poema a giz
na negra ardósia do instante
que nos torna naquilo
que nos devolve o coração,
pétala rubra fascinante,
no momento oportuno,
ainda que desassossegado."

"PÁSSAROS SEM NINHO", uma obra nacional, com pôr de sol africano e voos azuis de Isabel Branco, para guardar em constante leitura.

José Luís Outono

Pássaros Sem Ninho

de Isabel Branco

Propriedade Descrição
ISBN: 9789897364525
Editor: Edições Vieira da Silva
Data de Lançamento: março de 2015
Idioma: Português
Dimensões: 146 x 207 x 7 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 118
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789897364525
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