Oríon

de Mário Cláudio

editor: Dom Quixote, abril de 2003
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"Oríon" é o segundo romance de uma trilogia iniciada com "Ursamaior". Não se pense que é o seguimento do romance anterior. Muito pelo contrário. "Oríon" passa-se na floresta tropical de São Tomé e Príncipe, para onde foram deportadas inúmeras crianças judias, no séc. XV. O episódio é pouco conhecido (é referido pelos cronistas Garcia de Resende e Damião de Góis), mas chamou a atenção de Mário Cláudio, que fez dele uma reflexão "sobre as relações entre uma minoria e o poder" (entrevista a Valdemar Cruz, Expresso, 15/03/03). É esse o ponto de contacto com o romance anterior, tal como o facto de se tratar de novo de uma constelação (esta, de grande importância para os judeus), e de os personagens derem de novo 7.
Abel é o narrador e o seu "discurso é impregnado pela febre tropical" (mesma entrevista), de que ressalta uma grande carga erótica, uma grande intensidade de vida (" Quem teve a experiência de viver num contexto tropical apercebe-se de que os sentidos funcionam no máximo da sua intensidade. Necessariamente que esses impulsos, que são básicos, tal como a voracidade, que também aparece - porque o estômago e o sexo são o sustentáculo da vida humana - , surgem com muita força." - mesma entrevista).

"Em Oríon, o escritor serve-se do episódio verídico, mas pouco conhecido, da deportação de crianças judias para São Tomé e Príncipe, no séc. XV. São sete menores despejados num meio adverso, todos com nomes bíblicos, num romance que reclama para título o nome de uma constelação de grande importância no universo judaico. De novo, o que encena e questiona é o discurso do poder e as suas relações com uma minoria, neste caso étnica e etária."
Valdemar Cruz, Expresso, Actual, 15/03/03

"Mário Cláudio regressa ao universo da infância, faz de Abel um rapaz que é o seu duplo, a sua projecção, e que conta passagens assustadas e ao mesmo tempo lúcidas. Os factos, que não fazem propriamente parte de um romance histórico, são entrelaçados por uma forte carga erótica. Raquel, Débora ou Perpétua são mulheres atraentes, que não escapam à visão febril de um adolescente (...). Num misto de poesia, história e ficção, Oríon é um livro de amores, de justiça (...)"
Nuno F. Santos, Primeiro de Janeiro, 16/03/03

Oríon

de Mário Cláudio

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722023337
Editor: Dom Quixote
Data de Lançamento: abril de 2003
Idioma: Português
Dimensões: 133 x 208 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 200
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722023337
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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O maravilhoso em Oríon

daniel vecchio alves

Em Orion (2003), o segundo romance da trilogia das constelações , começamos a nos aproximar daquilo que vem a ser a original manifestação do maravilhoso nas obras de Mário Cláudio. O livro traça o destino de sete crianças judias deportadas, no final do século XV, pelo rei D. João II de Portugal, rumo ao arquipélago de São Tomé e Príncipe: É através do sentimento de desterro que perdurará no crescimento dessas crianças que tal ilha servirá de palco de prodígios e lendas várias que alimentam a índole imaginária desses hebreus deportados que sempre imaginavam se aproximar do reino da onde foram retirados ou mesmo de uma lendária terra prometida onde desejam chegar.

Mário Cláudio

Escritor português, de nome verdadeiro Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nascido a 6 de novembro de 1941, no Porto. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se diplomou também como bibliotecário-arquivista, e master of Arts em biblioteconomia e Ciências Documentais pelo University College de Londres, revelou-se como poeta com o volume Ciclo de Cypris (1969). Tradutor de autores como William Beckford, Odysseus Elytis, Nikos Gatsos e Virginia Woolf, foi, porém, como ficcionista que mais se afirmou.
Publicou com o nome próprio, uma vez que "Mário Cláudio" é pseudónimo, um Estudo do Analfabetismo em Portugal, obra que reúne a sua tese de mestrado e uma comunicação apresentada no 6.° Encontro de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas Portugueses, em 1978. Colaborador em várias publicações periódicas, como Loreto 13, Colóquio/Letras, Diário de Lisboa, Vértice, Jornal de Letras Artes e Ideias, O Jornal, entre outros, foi considerado pela crítica, desde a publicação de obras como Um Verão Assim, um autor para quem o verso e a prosa constituem modalidades intercambiáveis, detendo características comuns como a opacidade, a musicalidade e a rutura sintática, subvertendo a linearidade da leitura por uma escrita construída como "labirinto em espiral". A obra de Mário Cláudio apresenta uma faceta de investigador e de bibliófilo que, encontrando continuidade na sua atividade profissional, inscreve eruditamente cada um dos livros numa herança cultural e literária, portuguesa ou universal. Dir-se-ia que a sua escrita, seja romanesca, seja em coletâneas de pequenas narrativas (Itinerários, 1993), funciona como um espelho que devolve a cada período a sua imagem, perspetivada através de um rosto ou de um local, em que o próprio autor se reflete, e isto sem a preocupação de qualquer tipo de realismo, mas num todo difuso e compósito, capaz de evocar o sentido ou o tom de uma época que concorre ainda para formar a época presente.
Mário Cláudio recebeu, em 1985, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores por Amadeo (1984), o primeiro romance de um conjunto posteriormente intitulado Trilogia da Mão (1993), em 2001 recebeu o prémio novela da mesma associação pelo livro A Cidade no Bolso e, em dezembro de 2004, foi distinguido com o Prémio Pessoa. Para além das obras já mencionadas, são também da sua autoria Guilhermina (1986), A Quinta das Virtudes, (1991), Tocata para Dois Clarins (1992), O Pórtico da Glória (1997), Peregrinação de Barnabé das Índias (1998), Ursamaior (2000), Orion (2003), Amadeu (2003), Gémeos (2004) e Triunfo do Amor Português (2004). O autor tem também trabalhos publicados na área da poesia (como Ciclo de Cypris, 1969, Terra Sigillata, de 1982, e Dois Equinócios, de 1996), dos ensaios (Para o Estudo do Alfabetismo e da Relutância à Leitura em Portugal, de 1979, entre outros), do teatro (por exemplo, O Estranho Caso do Trapezista Azul, de 1999) e da literatura juvenil (A Bruxa, o Poeta e o Anjo, de 1996).

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