Obra Poética - Vol. II

de Artur do Cruzeiro Seixas

editor: Quasi Edições, abril de 2003
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Seguindo a Obra Poética I (vencedora do prémio Ruy Belo 2002), surge a Obra Poética II, cujos poemas datam entre 1952-1964, e cujo título poderia, muito bem ser "Áfricas", pelo que nos indica Isabel Meyrelles, no prefácio: "Ocorreu-me olhar para estes poemas, na maioria nascidos em África, procurando sinais evidentes desse local mítico. Assim foi com muita satisfação que seleccionei estes poemas que, a mim que desconheço África, me trazem aquela vastidão, tanto exterior quanto interior. Cruzeiro Seixas viveu África apaixonadamente, e é de resto sempre de paixão que nos fala; a literatura vem por acréscimo. Ouvi-o dizer que "quem não vive apaixonadamente já morreu". Em África viveu apaixonadamente 14 anos, e lá realizou duas exposições (1953 e 1955), que também elas foram poesia, tendo como patronos numa delas Aimé Cesaire e na outra Lautréamont. É necessário que seja de facto enormíssimo o dom que temos para esquecer ou adiar, pois estas exposições são locais de intensa história, na totalidade da História, não apenas na história da arte. Mas esta poesia como esta pintura podem esperar."

Obra Poética - Vol. II

de Artur do Cruzeiro Seixas

Propriedade Descrição
ISBN: 9789895520114
Editor: Quasi Edições
Data de Lançamento: abril de 2003
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 464
Tipo de produto: Livro
Coleção: Eu Falo em Chamas
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789895520114
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
Artur do Cruzeiro Seixas

Decano da arte portuguesa e um dos grandes nomes do Surrealismo português e europeu, Artur do Cruzeiro Seixas nasceu em 1920, na Amadora. No seu longo percurso artístico, conta com uma fase expressionista, outra neo-realista e outra, com início no final dos anos 40, mais prolongada, em que integra o movimento Surrealista Português, ao lado de Mário Cesariny, Carlos Calvet, António Maria Lisboa, Pedro Oom ou Mário Henrique Leiria. Foi um dos seus precursores e atualmente é considerado um dos seus máximos expoentes, considerando-se que o surrealismo fantástico visível na sua obra tenha tido como principal inspiração o trabalho do artista De Chirico. É autor de um vasto trabalho no campo do desenho e pintura, mas também na poesia, escultura e objectos/escultura. No ano de 1952, foi viver para Angola, onde realizou várias exposições individuais e projetos na área da museologia. Em 1964, fugindo da guerra colonial que se vivia, decidiu empreender uma viagem pela Europa. No seu percurso conta inúmeras exposições individuais e coletivas em importantes museus e galerias, em Portugal e no estrangeiro, e com diversos prémios e distinções. Em outubro de 2012, a Sociedade Portuguesa de Autores atribuiu-lhe a Medalha de Honra em forma de reconhecimento pela sua longa e sólida carreira artística, como pintor e poeta. Em outubro de 2020 foi agraciado pela Ministra da Cultura, com a Medalha de Mérito Cultural, "reconhecimento institucional, mas é também um reconhecimento pessoal de alguém que se junta aos muitos que o admiram e que em si reconhecem um olhar que sempre viu mais longe e mais profundo". Morreu a 8 de novembro de 2020, em Lisboa, prestes a completar 100 anos.

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