O Último Negreiro

de Miguel Real
editor: Quidnovi, janeiro de 2007
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A história do último traficante de escravos portugueses, que começou na Bahia por alugar três escravos para tarefas definidas, deitou fogo à propriedade de um banqueiro e fugiu num barco para África, onde teve cem filhos, fundou uma dinastia e foi negreiro até à morte, mesmo depois de abolida a escravatura.


O Último Negreiro, romance sobre o tema da escravatura, narra a vida do negreiro português Francisco Félix de Sousa entre São Salvador da Bahia, terra de acolhimento dos barcos tumbeiros carregados de escravos, e Ajudá, no Daomé (hoje Benim), feitoria central de exportação de escravos do Golfo da Guiné. Em São Salvador, nos finais do século XVIII, Francisco Félix de Sousa convive com o banqueiro Marinhas, financiador do tráfico de escravos, os judeus Simão e Samuel Dias (filhos de Violante Dias, de A Voz da Terra), D. Francisquinha, viúva carinhosa apaixonada por Félix de Sousa, o povo miúdo mulato autor da «revolta dos Alfaiates», primeira insurreição brasileira que exige a abolição da escravatura e a libertação do domínio português, o soldado Luiz Gonzaga das Virgens, enforcado e esquartejado na Praça da Piedade, o comerciante iluminista Francisco Agostinho Gomes, proprietário da maior biblioteca da Bahia, obreiro de jantares de carne vermelha à sexta-feira santa, o dr. Baratinha, futuro deputado às Cortes Constituintes e herói da libertação do Brasil, o professor de Grego e Latim Moniz Barreto e Aragão, eterno solitário amante de Cícero, gatos e cachaça, e o tenente insurrecto Hermógenes Pantoja, de casamento realizado à rebeldia da Igreja.
Em São João Baptista de Ajudá, Francisco Félix de Sousa, conhecido com o título nobre de «Chàchá», torna-se o maior dos traficantes negreiros da primeira metade do século XIX, construindo um império tão mais magnificente quanto mais rapidamente se desmorona acossado pelas frotas navais da Inglaterra, país que decretara a abolição da escravatura em 1807. Do seu legado, dividido entre os três filhos mais importantes (os naturais contam-se em cerca de uma centena), nasceu o clã dos «Sousa» (ou «Susa»), ainda hoje existente no Benim, imortalizado pela obra-prima de Bruce Chatwin, O Vice-Rei de Ajudá.

O Último Negreiro

de Miguel Real

Propriedade Descrição
ISBN: 9789728998394
Editor: Quidnovi
Data de Lançamento: janeiro de 2007
Idioma: Português
Dimensões: 165 x 234 x 26 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789728998394

SOBRE O AUTOR

Miguel Real

Miguel Real possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama (neste último género sempre em colaboração com Filomena Oliveira) , tendo recebido o Prémio de Revelação nas áreas da Ficção e do Ensaio Literário da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Ler/Círculo de Leitores, o Prémio da Associação dos Críticos Literários, o Prémio Literário Fernando Namora, atribuído ao romance A Voz da Terra, também finalista do Prémio de Romance e Novela da APE, e o Prémio SPA Autores pelo romance O Feitiço da Índia. É colaborador permanente do JL, onde faz crítica literária. Faz parte da equipa que prepara neste momento uma História Global da Literatura Portuguesa.
Na Dom Quixote, publicou os romances As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia, A Guerra dos Mascates, O Feitiço da Índia, A Cidade do Fim, O Último Europeu e Cadáveres às Costas, e reeditou A Voz da Terra e O Último Minuto na Vida de S., tendo ainda publicado os ensaios Nova Teoria do Mal, Nova Teoria da Felicidade, Portugal – Um país parado no meio do caminho, Nova Teoria do Sebastianismo, Nova Teoria do Pecado, Fátima e a Cultura Portuguesa e Pessoa & Saramago.

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