O Monumento da Boavista Livro
de Lúcia Almeida Matos
Sobre
o LivroO processo de concretização do monumento comemorativo da Guerra Peninsular do Porto acompanhou a primeira metade do século XX da vida artística, social e política portuguesa, desde o momento do anúncio da decisão de o erigir, em 1908, até à sua inauguração, em 1952. Apesar de os longos processos de construção deste tipo de obra pública não constituírem uma situação rara, nenhum outro demorou tanto tempo em Portugal. Estando as questões de natureza teórica e prática levantadas por essa circunstância na base deste estudo, uma dimensão muito particular lhe é acrescentada pela documentação eminentemente pessoal preservada no arquivo da Fundação Instituto Marques da Silva. Das cartas, cadernos de apontamentos, fotografias e desenhos trocados entre o jovem escultor Alves de Sousa, na época pensionista do Estado em Paris, e o arquiteto Marques da Silva, emerge o cenário complexo que contextualiza, com raro detalhe, o processo de conceção e construção do monumento.