O Homem Que Sonhava Ser Hitler Livro
de Tiago Rebelo
Sobre
o LivroNo pátio das traseiras de um prédio de um pacífico bairro de Lisboa, uma criança é atacada por três homens e deixada em coma. Ao investigar o que inicialmente se supõe ser um mero acto de cobardia de um grupo de cabeças-rapadas que resultou em tragédia, as autoridades vão descobrir uma gigantesca conspiração que prova que, nunca como hoje, a democracia e o estado de direito estiveram tão ameaçados em Portugal. Neste surpreendente romance, Tiago Rebelo abre-nos a porta dos fundos do lado mais obscuro da política nacional dos nossos dias, onde nada é o que parece ser e onde se desenrolam acontecimentos extraordinários que colocam em perigo toda a sociedade, sem que esta se aperceba do que está realmente a acontecer. O inspector-chefe, António Gaspar, da Polícia Judiciária, leva a cabo uma investigação, que, a cada passo, ameaça a sua vida e a da mulher que ama,a ex-namorada que ele procura recuperar no desvario dos dias perigosos que põem em risco a nação.
Este é um livro que tem um sentido de humor fino no que refere ao Hitler. Esta parte da história interessa-me muito e acho que está retratado aqui um Hitler um pouco mais soft do que aquilo que conhecemos. Apesar disso achei - o muito cómico.
Este senhor escritor intriga-me deveras porque escreve, na minha opinião, dois tipos de livros digferentes: escreve os romances simples e básicos (na minha opinião são um bocadinho pãozinho sem sal e sem grande preocupação na construção das personagens e da história) e depois escreve os romances/policiais/suspense e o que mais lhe queiram chamar com bases sólidas quer de personagens quer de contexto histórico-cultural (na minha opinião estes - pelo menos os que li até agora - são bons ou muito bons). Este encontra-se na última categoria e eu gostei imenso! Não sou uma pessoa muito dedicada a esta parte da história da Alemanha mas já li algumas coisas sobre esta altura e gostei imenso do contexto desta história, o parecer dado por mais do que uma personagem em relação a Hitler e às suas acções e a forma como uma pessoa passa a ver a sua loucura como a única realidade existente. Senti-me envolvida por estas teias de conspiração e tentei descobrir o que se tinha passado com o pequeno Hugo com tanta convicção como os agentes da PJ (e era tão fácil a solução... mas se assim não corresse a história não se descobria tudo o que foi descoberto)!