O Homem Que Escrevia Azulejos Livro
de Álvaro Laborinho Lúcio
Sobre
o LivroA Cidade e a Montanha vigiam-se mutuamente, num jogo de espelhos e de contrários, numa geometria de centros e periferias, num enredo de poderes e de ocultações, onde muitas são as maneiras de viver a clandestinidade e muitas são as clandestinidades: escondidas, distantes; umas, vividas; outras, à vista de todos. Dois homens, Marcel e Norberto, atravessam, juntos, todo o tempo de uma vida. Escolheram, para viver, a ficção, e é nela que são clandestinos. Com eles vêm encontrar-se João Francisco e Otília. Ele, violinista e professor de música, ela, a sua jovem neta, ambos na busca incessante do sublime, também eles recusados pela realidade. Um homem que escrevia azulejos - que reencontrou a utopia e gostava da sátira - reparou neles e pintou-os com palavras.
O Homem Que Escrevia Azulejos, de Álvaro Laborinho Lúcio, debate e ilumina-se das grandes ideias da modernidade, enquanto observa, não sem algum detalhe pícaro, a falência das sociedades em que vivemos. Um romance culto e empenhado sobre o poder, e o poder redentor da arte e do amor.
Mais um excelente romance de Laborinho Lúcio, que através de vivências de avô e neta, e de dois amigos, aborda vários temas, mais antigos (experiências em Paris) ou mais modernos, várias profissões e até músicos, mostrando a sua grande cultura.
Romance magistral de Laborinho Lúcio! Nele encontramos uma magnífica reflexão a propósito da Música, do Ensino e da Literatura, através da relação de uma neta e de um avô que, por meio das coisas belas, a única certeza santa da Humanidade, partem em busca da sua identidade. Uma leitura obrigatória para todos quantos acreditam no poder da dignidade, do conhecimento e da solidariedade.