O Guerreiro Caído
de José Bernardo de Noronha Matos
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Sobre o livro
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o Livro"Após uma longa instância em silêncio contemplativo, Elleniah falou-lhe, enquanto reflexos azulados das águas se avivavam na sua face.
— Venho a este lugar quando preciso de fazer deserto dentro de mim… Não penso em coisa alguma… Deixo os desassossegos e o que inquieta para trás… Quando chego ao outro lado da gruta, como que por magia, surge-me o caminho que devo trilhar, a vereda clara e segura que devo arriscar…
— Estou a sonhar, Elleniah?
Esta olhou-o profundamente…
— Talvez, Allãn… É bom sonhar… Dos sonhos, muitas vezes, surgem ideias que iluminam a nossa verdade… Os sonhos também são realidade, uma pintura abstrata, o reflexo num espelho embaciado…
— Se isto é um sonho, não quero despertar.
— Terás, eventualmente… Lembra-te que somos caminhantes, viajantes em aprendizagem… E a vida não pode parar. A nossa existência na terra é inquieta como o tempo, maravilhosa e breve como a aurora, buliçosa e imprevisível como estas águas.