Manual de Instruções para Sobreviver aos 40

de Rita Barata Silvério

editor: Cego, Surdo e Mudo, junho de 2013
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Tenho 38 anos, dois filhos (de dois e quatro anos) e um marido com uma pachorra infinita. Sou uma mulher de classe média, com direito a empregada três dias por semana, um trabalho fora de casa e 22 dias de férias por ano que vou esticando como uma pastilha elástica, tal como estico as horas do dia e da noite, o ordenado e a paciência. Coisas tão normais como sair à noite, jantar fora ou ter uma vida social de adulto, ficaram desde 2008 reduzidas à insignificância mais absoluta. Não atravesso o Atlântico desde que fiquei grávida, acompanho os descontos e os saldos com devoção quase religiosa e há dias em que me olho ao espelho e pergunto-me quem é esta senhora com umas mamas em estado de decadência, olheiras até ao umbigo e um cabelo a pedir uma sessão urgente de cabeleireiro. Vivo numa mistura de quartel de infantaria com horários rigorosos de refeições, banhos e dormidas, e um Toys’R’Us caótico. A minha vida não tem nada de especial - aliás, há momentos em que posso dizer (e digo) que a minha vida é uma merda, sinto-me cansada, estafada de tanto correr e tentar dar sempre o meu melhor no trabalho, em casa, com os putos, o marido e os amigos que vão resistindo. E muitas vezes sei que, apesar de tanto esforço, não consigo, não chego, falta-me o último sprint para chegar a essa última meta: a perfeição. Só que a perfeição não existe. Ou pelo menos, no meu mundo, não conheço nenhuma mulher perfeita. Algumas mães que encontro à porta de escola estão desempregadas ou têm empregos onde recebem menos 30 por cento do que os seus colegas masculinos. Outras têm trabalhos tão exigentes que passam dias sem ver os filhos. Tenho amigas que não podem ter filhos, algumas não descem nunca dos setenta quilos apesar das dietas, para não falar das condenadas a saltitar entre relações desastrosas. Nenhuma delas é imperfeita. Vivem a vida como melhor podem ou sabem. Como eu. E quando me sinto mais cansada, volto à primeira frase deste texto: tenho 38 anos, dois filhos (de dois e quatro anos) e um marido com uma pachorra infinita. E a minha vida, por muito de classe média que seja, com um quotidiano esgotante, é uma boa vida. Tenho amor, amigos para beber umas imperiais nas esplanadas, livros para ler no autocarro, saldos, verão e umas mamas desinchadas, sim, mas que dentro de um bom sutiã ainda me dão bastantes alegrias.

Manual de Instruções para Sobreviver aos 40

de Rita Barata Silvério

Propriedade Descrição
ISBN: 9789899708679
Editor: Cego, Surdo e Mudo
Data de Lançamento: junho de 2013
Idioma: Português
Dimensões: 114 x 159 x 6 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 88
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Humor Livros em Português > Saúde e Bem-Estar > Vida Sexual
EAN: 9789899708679
e e e e E

Muito engraçado

Carla

Gostei muito, foi muito giro, diverti-me imenso com as minhas amigas com algumas partes do livro.... muito fixe

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Gostei

Cidália Silva

Gostei e diverti-me. Revi-me na maior parte das situações.

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comentário

Mónica Figueiredo

um livro mini que nos alerta para algumas situações de vida reais. recomendo e muito engraçado!!

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Comentário sobre o livri

Rosa Ribeiro

Apesar de já ter passado a fasquia dos 40 há alguns anitos, dei boas gargalhadas durante a leitura do livro. De leitura rápida, este livrinho critico e mordaz proporciona momentos muito divertidos. E quem nunca se viu em alguma das situações descritas, que atire a primeira pedra. Aconselhável, tanto a quem ainda não chegou aos 40 como a quem já os ultrapassou.

Rita Barata Silvério

Rita Barata Silvério nasceu em Estremoz, há 38 anos, num Domingo de Carnaval. Depois de ter passado por Angola, por Badajoz e Lisboa, mudou-se para Madrid, onde vive há quase uma década trabalhando no fascinante mundo da banca. É autora do blogue «Rititi» e d'O Livro da Rititi (2005). Escreveu para o suplemento DNA e para as revistas Atlântico e Penthouse. Está felizmente casada, tem dois filhos e uma janela cheia de jardineiras.

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