Lenços Pretos, Chapéus de Palha e Brincos de Ouro
de Susana Moreira Marques
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Lenços Pretos, Chapéus de Palha e Brincos de Ouro é um livro múltiplo:
Um relato de viagem que tem como guia As mulheres do meu país, escrito no final dos anos 1940 por Maria Lamas, figura de proa do activismo político em Portugal.
Um ensaio sobre os textos que as mulheres não escreveram e as vidas que elas não viveram, e que poderiam ter mudado a visão da História.
A narrativa autobiográfica de uma escritora que tenta encontrar e desvendar a sua própria história nas histórias das mulheres anónimas que povoam o nosso imaginário.
Susana Moreira Marques viaja pelas aldeias ruidosas do passado e as aldeias-museu do presente; passa por hotéis modernos onde já chegou o progresso de ter um quarto só para si; encontra mulheres que ainda vivem no silêncio de antigamente; procura registar velhas memórias e fazer perguntas que sejam úteis hoje: começa a desenhar as mulheres do país do futuro.
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789897849602 |
Editor: | Companhia das Letras |
Data de Lançamento: | abril de 2023 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 130 x 214 x 9 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 128 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias |
EAN: | 9789897849602 |
BOM LIVRO
Carolina Ferreira
Esta obra relata-nos uma viagem realizada pela Susana, pelo nosso país, à procura da memória passada das mulheres portuguesas esquecidas. O seu caminho é feito com base na obra de Maria Lamas, “As Mulheres do Meu País“, de 1940, cuja autora simboliza também o activismo político, nos tempos de censura e falta de liberdade de expressão. Neste livro, além de haver um relato e uma reflexão daquilo que Maria Lamas descreveu sobre a “vida muito escrava” das mulheres do passado, existe também em paralelo, uma comparação com as vidas dos dias de hoje, o que não exclui nunca a hipótese de ainda existirem mulheres como as do passado no nosso tempo presente. Susana fala-nos também brevemente das suas filhas, mulheres do futuro, e da sua avó, mulher do passado, que inevitavelmente consigo transpor para a minha realidade através da vida e das memórias que tenho da minha avó materna, cuja vida relembro muitas vezes, não chegando perto de imaginar sequer as dificuldades de educar dez filhos sozinha, de ter que ter sustento, de nem ter a possibilidade de ter uma voz, de esconder e ignorar as próprias dores, o próprio sofrimento, porque a “vida é mesmo assim”, porque “tem de ser”. A narradora percorreu o país, tal como Maria Lamas o fez em tempos, em busca de testemunhas vivas da vida dura que as mulheres levavam, fossem elas mulheres do campo, da terra, agricultoras, ou mulheres do mar, mães, esposas, filhas e irmãs de homens pescadores, que garantiam que tudo se mantinha intacto em terra para o regresso dos homens. Mulheres grandes, trabalhadoras, “escravas” de si mesmas, cuja vontade era posta em último lugar, num tempo oprimido. Susana escreve este ensaio com mestria. Foi o primeiro livro que li dela e ainda bem! Quero continuar a acompanhar o desenvolvimento do seu trabalho. Tem também outras obras publicadas como “Agora e na Hora da Nossa Morte” e “Quanto Tempo Tem um Dia”.
Muito interessante
Ana Rita Ramos
Este é um relato sobre um relato do passado pela mão de uma escritora concisa e agradável de ler. Deu-me a oportunidade de conhecer o trabalho de Maria Lemas no tempo da censura e da falta de liberdade de expressão.