Inquieta

Até que ponto conhecemos as fraquezas e lutas de quem habita do nosso lado? Até que ponto lhes sentimos as dores? Até que ponto sabemos quando não estão VERDADEIRAMENTE bem? Julieta vem mostrar-nos isso mesmo. Um livro de leitura fácil ainda assim penosa, cru e duro. Que nos tira o tapete mas que consegue ainda surpreender nas voltas que dá. Aconselho vivamente!! Dizem que somos o reflexo do que lemos, eu gostava que todos fossem reflexo desta Julieta ´´Inquieta´´. Valerá, com certeza a pena. Uma vez mais e sem cansar, Parabéns Susana.

Sabem aqueles livros que vocês lêem porque são completamente influenciados pela comunidade do bookstagram? Foi exatamente o que aconteceu com este, comprei depois de o ver passar no feed imensas vezes e sempre opiniões positivas por isso posso dizer que as expectativas estavam altas e depois de fechar este livro também posso dizer que foram completamente superadas. Julieta é a nossa personagem principal e vamos acompanhado o passado e também o presente da mesma, o tanto que esta personagem me tirou do sério foi o mesmo tanto em que a entendi e me apetecia abraçá-la. Este é um livro que aborda vários assuntos importantes, traumas, depressão, perdas gestacionais, amor-próprio um livro muito real e cruel que nos faz sentir a dor da personagem e também o que é superar tudo isto. Nunca tinha lido nada da autora portuguesa @susanaamarovelho e fiquei encantada tanto na boa construção de personagens como também na criação de um enredo viciante e extremamente bem construído. As personagens principais e as secundárias têm camadas o que leva o leitor a se envolver mais na história e sentir-se dentro da mesma. Foi a primeira vez que li algo da autora, mas de certeza não será a última!

É verdade que eu tinha as expectativas muito elevadas, pois já tinha lido O Bairro das Cruzes e As Últimas Linhas Destas Mãos, mas, mesmo assim, a Susana Amaro Velho conseguiu superá-las. A história é de nos tirar o fôlego, as descrições transportam-nos para os locais (tenho todo um novo catálogo de localizações e situações na minha cabeça!) e as personagens foram construídas de uma forma que nos arrancam emoções, sabem? Tanto temos vontade de as abanar, tal é a irritação que nos provocam, como de lhes dar um abraço! Fiquei particularmente feliz e chorei que nem uma desalmada com o final! Este é um livro que aborda de uma forma sensível, inteligente e informada os meandros da saúde mental (ou da ausência dela...). Acho muito relevante que todos o leiam, mesmo que até nem seja o vosso estilo, porque “Inquieta”, além de um abanão, é um alerta gigante para o que nos rodeia, um lembrete para que estejamos mais atentos às pessoas à nossa volta e ligeiramente menos focados no nosso umbiguinho. Nunca se sabe quando alguém precisa que lhe estendamos a mão, nunca se sabe quando alguém não é simplesmente capaz de nos pedir a ajuda que de bom grado daríamos. Por fim, e sendo mais prática, porque os olhos também comem (é assim que se diz?), só me resta elogiar a capa fantástica que este livro tem, bem como a qualidade do mesmo. É daqueles que dá mesmo gosto folhear!! Well done Editora Aurora! Adorei, de coração ¿¿

Que livro bom! Para quem tem vindo a ler o típico romance do casal com ´´história perfeita´´, a Susana consegue arrasar-nos em três tempos e despertar a nossa atenção e curiosidade para uma Julieta tão diferente das protagonistas habituais. É verdadeiramente inquietante, muito intenso e acaba por ser arrebatador e surpreendente no seu desfecho. Acredito que toque até o coração mais insensível e leva-nos a pensar duas vezes no impacto que temos na vida dos outros através do apelo deixa relativamente às doenças mentais.

A Susana tem este dom de nos fazer abraçar a história que conta como se estivéssemos lá. Vivi isto. Senti aquilo. Conheço aquela pessoa. Uma escrita empática e difícil de igualar. Li e amei os três livros desta autora. Este consegue superar os outros dois. Recomendo. Muito.

Que livro! Que livro de saltos no tempo capazes de nos deixar sedentas por mais e mais peças daquele puzzle, daquela história por desvendar, daquela cabeça por compreender. Que bem construídas estão as histórias de vida de cada pessoa que ficamos capazes de prever e imaginar como se comportaria aqui e ali. Um livro quase sensorial, pelos cheiros que podemos sentir, as músicas que se fazem ouvir e a descrição detalhada de cores e formas de todas as paisagens. Que vida a daquela Julieta! (E de quantas Julietas deste mundo!) A prova de que somos um puzzle sempre incompleto de peças que se formam e deformam à medida que o tempo passa. A prova de que todas as nossas experiências nos moldam quem somos, o que sentimos e pensamos. A prova de que a saúde mental não se vê com os olhos mas que está em cada comportamento, ação que temos. E uma coisa que a Susana soube fazer, e que valorizo muito por ser uma crente da capacidade de mudança da raça humana, foi um desfecho feliz. O qual temi durante todas as páginas mas que se revelou uma mensagem rica: há (quase) luz ao fundo do túnel; há terapias; há cuidadores e amigos; há motivação e amor; há esperança de reverter doenças ou travar o seu avanço; há pessoas capazes de mudar, aceitar, perdoar, agradecer. Que livro! E que Susana para escrever mais uma bomba destas! Se eu pudesse passava em São Rosário e daria um abraço à Julieta. Iria dar-lhe os parabéns e desejar-lhe o melhor do mundo! Mas não havendo Julieta para abraçar, um dia destes abraço a minha amiga Susana, parabenizando-a pela coragem desta história e desejando-lhe sucesso a potes pois este é só o terceiro livro da sua carreira de sucesso como escritora (i can feel it). @susanaamarovelho @auroraeditoraportugal

A D O R E I Para além de inquietante é surpreendente. As expectativas estavam muito altas, mas foram mais que superadas. Gostei muito da construção das personagens. Dos ambientes. Da história. De todos os temas abordados. Do que parecia ser e não foi ( essa parte não estava nada à espera o que fez com que o livro fosse ainda mais interessante). Uma história intensa, que não vai deixar ninguém indiferente!

Que história incrível, que construção de personagens espectacular, que desfecho… e que escrita maravilhosa! Impressionante como as personagens nos tocam, havendo sempre aquele momento em que pensamos “isto podia ser eu”. É tão bom poder ler um livro desta qualidade. Recomendo a 1000%!

Um livro que nos prende, nos inquieta e nos emociona. Um livro que nos fala sobre a doença mental numa narrativa muito bem escrita à qual a Susana já nos habituou. Tenho a certeza que irá gerar muita empatia!! É mesmo preciso que se fale disto, que se desmistifique a doença mental e, sobretudo, que se apoie todas as Julietas. Muitos parabéns por abordar este tema e por ter criado este livro que, certamente, irá emocionar quem o ler!

Inquieta, é um livro que prende desde o início numa narrativa que vai alternando passado e presente e nos faz querer avançar o mais rapidamente possível para conhecer o desfecho da inquieta Julieta. O fim anuncia-se desde logo trágico. Os sinais da perturbação psicológica de Julieta fazem-se notar desde logo. A autora, Susana Amaro Velho, criou uma personagem rica, bem conseguida e propõe um olhar sobre a doença mental vista não apenas por fora, nas suas manifestações visíveis, quer nos comportamentos, quer no modo de funcionamento e padrões de relacionamento, mas vista sobretudo a partir do lado de dentro. É a partir do seu mundo interior que Julieta nos é apresentada. A partir dos seus pensamentos e sentimentos. Das suas representações das vivências e traumas que a marcaram e marcaram o desenvolvimento da sua personalidade. Só assim podemos realmente compreender e chegar a quem carrega o peso da doença mental, do sofrimento psicológico e emocional. Se nos permitirmos a ver além da superfície. A ver o que está por dentro. E depois de conhecer Julieta por dentro, depois de conhecer aqueles que estabeleceram com ela relações significativas e que foram também capazes de a ver na sua essência e não apenas na sua aparência, por muito que o fim da sua história se anuncie desde o prólogo destinado à tragédia, como não ter Esperança num final feliz? É na inquietude de conhecer o final que não é possível parar de ler.

Um livro maravilhoso desta autora portuguesa que agora descubro e que certamente vou passar a seguir. Uma história sobre saúde mental e a forma como a nossa herança genética e educacional condiciona aquilo que somos, através da vós da Julieta, uma personagem impactante que nos conquista do princípio ao fim. A leitura é compulsiva e inquietante

Um livro que nos prende do início ao fim, que nos transporta para a história através da personagem principal. A Julieta. Quantas de nós somos a Julieta?! Muitas, certamente. Um livro que aborda algo tão importante como a saúde mental. Sem dúvida que super recomendo!

Um livro intenso, compulsivo e absolutamente viciante. Conhecemos Julieta em três etapas da sua vida:aos dezassete, aos vinte e sete e aos trinta e sete anos. Estas etapas relacionam-se e desenrolam-se numa teia sublime presa a um amor antigo. Uma vida de enleios, rodeios e desencontros que irão pôr à prova a capacidade de resiliência e sobrevivência quando tudo está por um fio. Recomendo!

Que murro no estômago, a inquietude. A da Julieta e a nossa. Em particular a provocada pela última página, aquela com cor e gramagem diferentes, onde uma só frase faz explodir a euforia crescente da parte II. “A todos aqueles que sofrem de doença mental”, todos. Os visíveis e, em especial, os invisíveis. Os que não se queixam, os que não se denunciam. São os que nunca se esperam tão desarrumados. Mas piores que os gritos são os silêncios que não se calam… A ler, refletir, reler, se preciso for, e olhar. Olhar e ver. Há tantas Julietas quanto Marias na Terra.

Uma homenagem a todas as Julietas, principalmente às que nos habitam. Um hino ao poder avassalador da influência das nossas raízes, das figuras parentais, do amor e da ausência dele. Um alerta para a importância da saúde mental no caminho que traçamos e no futuro que escolhemos. Um tributo a todas as mulheres capazes de se perdoarem. Uma obra prima!