Feia
A infância infeliz de uma das primeiras mulheres negras britânicas a tornar-se juíza
de Constance Briscoe
Constance Briscoe queria "incentivar as pessoas que tenham sido abusadas de alguma
forma, a não permanecer em silêncio, para não realizar um vínculo de silêncio com
o seu agressor".
Qualquer que tenha sido o vínculo com a mãe, ele quebrou-se. "Eu tinha esperança que
pudesse haver uma espécie de reconciliação", diz ela, "mas não enquanto minha mãe
estiver em tal estado de negação".
Apesar das lágrimas, há fogo e ferro em Briscoe, e não há espaço para lamentos
ou amargura. Ela não se encaixa em qualquer estereótipo de vítima, quer de abuso
emocional ou de racismo.
"Eu não me considero como um modelo. Eu não sinto que o mereça. Eu não me quero
tornar num exemplo para os meus filhos. Eu não me tornei advogada porque quisesse
tornar-me um modelo para os outros. Eu fiz isto porque eu queria ser advogada.
E é apenas isto."
No seu tempo livre, ela diverte-se pilotando motocicletas e a restaurar Morris Minors.
Ela e seu anterior parceiro tinham uma Ducatti e uma Honda, que eles utilizavam
em corridas em Brands Hatch. "Eu odeio admiti-lo," ri ela ", mas até tímhamos uma
moto pequena construída para as crianças."
Briscoe diz que está contente com a sua vida neste momento. "Eu não quero ser vista
como uma vítima. Eu gostaria que as pessoas soubessem que é possível deixar
as coisas más da vida para trás e recuperar. Guardando-os e deixando-os presos
no passado está errado. Você tem que superá-los e seguir em frente."
«Feia, conta a história da sua infância,
o que torna a sua leitura angustiante.
O vocabulário da sua mãe jamaicana
incluia: "cabra negra", "cara medonha"
e "miss cama mijada". Quando ela
perguntava à mãe porque é que ela a
tratava tão mal, ela respondia: "oh, só
pelo facto de respirares…" …Ela escreveu
este livro para que os seus filhos, agora
adoslecentes, "soubessem algo mais sobre
a sua mãe", e a pedido do seu
companheiro, Tony Arlidge, um escritor
e QC.
A sua filha que está a estudar na escola
feminina de St. Paul, leu o livro e ficou
horrorizada. O seu filho, que está
a concorrer a Cambridge, está parado
a meio da história, porque está demasiado
magoado para continuar.»
The Sunday Times
«"Esta é a memória de uma advogada com
uma diferença, um inspirador antídoto
para o usual catálogo entediante
de superiores marcos legais. A infância
e juventude de Briscoe foi tão diferente
quanto possível de uma educação normal
de um advogado. Nasceu pobre e sem
amor, no sul de Londres de uma mãe que
a detestava e abusava dela, psicologica
e emocionalmente, e o padrasto também
abusava dela. Ela foi para a escola que
não reconheceu a sua inteligência
e competências. Como se isso não
bastasse, ela era vista por todos à sua
volta, e considerava-se como - no título
da sua autobiografia - Feia…
Ela é agora uma reputada advogada
e está entre as primeiras mulheres negras
no Reino Unido a tornar-se magistrada
estatal, juíza em part-time. Ela conseguiu
ainda - um feito raro para um advogado
- escrever um livro absorvente numa
linguagem imaculada, não viciada numa
complexa formalidade legal.»
The Guardian
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789898142177 |
Editor: | Pedra da Lua |
Data de Lançamento: | outubro de 2008 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 160 x 213 x 15 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 274 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Grito de Alma |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos |
EAN: | 9789898142177 |