Ermal - Quando a Guerra Fria Aqueceu

de Miguel Santos

editor: Escorpião Azul, novembro de 2017
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A Guerra Fria aqueceu e as super-potências devastaram o hemisfério norte com fogo nuclear. O 25 de Abril nunca aconteceu.
Milhares de refugiados fogem das ruínas de Portugal para o Ultramar, onde novos senhores da guerra competem com os últimos resquícios do Império. E esta é a história de um homem determinado a encontrar um sentido para tudo isto.

Ermal - Quando a Guerra Fria Aqueceu

de Miguel Santos

Propriedade Descrição
ISBN: 9789899980075
Editor: Escorpião Azul
Data de Lançamento: novembro de 2017
Idioma: Português
Dimensões: 230 x 158 x 4 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 64
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Banda Desenhada > Aventura
EAN: 9789899980075
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BD portuguesa comercial

Pedro Cleto

Ermal é (mais uma) tentativa de fazer uma banda desenhada portuguesa que quero apelidar de 'comercial', porque assenta - neste caso - na facilidade de leitura e numa temática - o chamado 'western' pós-apocalíptico - (quase) sempre aliciante. E porque - também... - os protagonistas da sua acção são portugueses. Mas podiam não ser, sem que isso alterasse uma vírgula - uma balão? uma vinheta? - neste trabalho de Miguel Santos. Esse protagonismo 'nacional' é-nos dado pelo nome dos principais intervenientes, reforçado pela indicação que nos é dada na sinopse da contracapa de que estamos perante “refugiados que fogem das ruínas de Portugal” - onde “o 25 de Abril nunca aconteceu” - “para o Ultramar”. Num breve preâmbulo que revela que o hemisfério norte foi devastado por bombardeamentos nucleares que o destruíram, durante o confronto que terminou com a Guerra Fria, somos também postos ao corrente de confrontos entre diversos grupos organizados, que assentam a sua acção no comércio de escravos, na exploração petrolífera ou mineira, a par de pequenos grupos que tentam aproveitar-se do que conseguem roubar aos outros. Se todo este enquadramento permite - assim haja continuidade dentro deste universo - diversos tipos de abordagem - complementares, não exclusivas - como acontece, por exemplo, no Jeremiah de Hermann, a verdade é que ele é - no caso deste Ermal, pouco significativo para a história contada. O que não impede que a missão de recuperar uma mala com documentos importantes, junto de um dos grupos organizados, não apresente momentos interessantes. Como noutras edições da Escorpião Azul, sente-se uma grande urgência de publicar por parte do(s) autor(es) - impulsionados, com certeza, também, pelo momento editorial único que se vive - o que tem consequências na obra final apresentada. Atrevo-me a dizer - sem que isto deva ser encarado de forma negativa - que esta editora - aproveitando as facilidades que existem actualmente em termos de impressão - cumpre hoje o papel que há alguns anos estava 'entregue' aos fanzines de melhor qualidade. Para o bem e para o mal. Porque estas edições, hoje a única forma de novos autores crescerem e experimentarem, nos chegam ao preço de muitas outras existentes no mercado, qualitativamente noutro patamar. Penso que já o escrevi em tempos, beneficiariam imenso de um (verdadeiro) papel editorial, que levasse o(s) autor(es) a refazerem aqui, a corrigirem ali, a alterarem acolá. Pessoalmente, estava curioso sobre Ermal desde que foi publicado, atraído também pelo seu grafismo e pelo formato italiano adoptado - e bem explorado - mas razões diversas só permitiram que me chegasse às mãos agora. A leitura atenta, para além de revelar o tal distanciamento em relação ao enquadramento referido - Ermal podia ser contada, quase tal e qual, enquadrada na Guerra Colonial, por exemplo - mostra também limitações ao nível gráfico. Algum desequilíbrio nas proporções humanas, aqui e ali vinhetas demasiado estáticas, falta de pormenores ao nível dos rostos... Mas a verdade é que, narrativamente, o conjunto acaba por funcionar, e Miguel Santos, eventualmente consciente (de algumas) dessas limitações, consegue em parte reduzir o seu impacto graças ao colorido que, não sendo perfeito, se adequa ao relato, e à planificação variada que aproveita o 'comprimento' das páginas e a sucessiva mudança de enquadramentos para se tornar mais dinâmica. Encarada como obra única e final - será assim que os potenciais leitores a vão ver quando depararem com ela numa livraria... - Ermal, poderá saber a pouco. Se considerada como porta de entrada - e também laboratório experimental - para um universo a desenvolver em futuros livros, então adivinha-se nela potencial que poderá vir a surpreender-nos.

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Um trabalho com futuro

Francisco Pereira

Um excelente trabalho de um jovem autor. Traço limpo, um argumento interessante, fazem deste pequeno livro uma grande aposta ganha, sem dúvida que se recomenda.

Miguel Santos

Miguel Santos, ilustra cartazes, publicações de Ficção Especulativa e RPGs, dois dos quais foram premiados nos ENnies Awards.
Escreve e desenha BD para a web como para papel.
Vai publicando nas revistas Zona (Associação Tentáculo), Bang! (editora Saída de Emergência) e a revista Gerador.
É autor de Ermal, quando a guerra fria aqueceu e Ermal, Terra e Sangue, bem como da curta A Gesta do Monstro que integra o álbum Humanus da Escorpião Azul.

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