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Economia Social e Solidária em Cabo Verde

Génese, Entidades, Atualidades e Perspetivas

de Jacinto Santos

editor: Livraria Pedro Cardoso, maio de 2017
Contrariamente ao que ocorreu na Europa, no inicio da revoluto industrial, no Brasil e mais extensivamente na América Latina, o Contrariamente ao que ocorreu na Europa, no inicio da revoluto industrial, no Brasil e mais extensivamente na América Latina, o cooperativismo em Cabo Verde não se desenvolveu numa relação dicotómica oprimido/opressor e táo-pouco se desenvolveu numa lógica de antagonismos de interesses ou de luta de classes. Táo-pouco poderá ser visto como um sub-produto do capitalismo ou do mercado autorregulado, até porque, de 1975 a 1991, a economia caboverdiana era dominada pelo setor público empresarial, constitucionalmente definido como setor dominante da economia. Assim, as cooperativas foram a expressão moderna da Economia Social e a primeira experiência de economia social institucionalizada em Cabo Verde.

O associativismo de fim não lucrativo, sobretudo o de base comunitária, não é também o resultado de movimentos sociais genuínos de luta social das populações mais pobres e vulneráveis pela melhoria das suas condições de vida táo-pouco o sub-produto da economia de mercado nascente. É, essencialmente, o resultado da nova orientação política e a implementação de políticas públicas na criação do emprego público e na luta contra a pobreza no meio rural.
Assim, tanto as cooperativas como as associações têm como denominador comum, o facto de a sua criação e desenvolvimento serem o resultado, em grande medida, da ação pública do Estado. O Estado está nas suas géneses e faz parte dos seus "ADN". Por esta razão, podemos afirmar que a especificidade histórica da economia social e solidária cabo-verdiana resulta, da sua génese a esta parte, na sua associação à ação do Estado e ás políticas públicas.

Todas as organizações da Economia Social e Solidária representam urna nova dinâmica de organização social da sociedade cabo-verdiana e atores que, gradualmente, vêm contribuindo para a afirmação da esfera pública da sociedade civil e a construção do modelo social cabo-verdiano.
As Associações de Desenvolvimento Comunitário (ACD) são, hoje, o agente-motor e líder do processo de transformações sociais e económicas das comunidades rurais e das populações das periferias urbanas e o principal instrumento de interlocução das comunidades rurais com os atores externos, nomeadamente as Autoridades Locais - Municípios e Serviços Desconcentrados do Estado.

Economia Social e Solidária em Cabo Verde

Génese, Entidades, Atualidades e Perspetivas

de Jacinto Santos

Propriedade Descrição
ISBN: 9789899961098
Editor: Livraria Pedro Cardoso
Data de Lançamento: maio de 2017
Idioma: Português
Dimensões: 154 x 226 x 12 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 224
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Economia, Finanças e Contabilidade > Economia
EAN: 9789899961098
Jacinto Santos

Jacinto Abreu dos Santos é titular do Diploma de Altos Estudos em Práticas Sociais (DAEPS), com menção Diploma de Estudos Aprofundados(DEA), pela Universidade de Lyon 2 Lumière. É Técnico em Desenvolvimento Cooperativo, com especialização em Organização e Gestão das Cooperativas Agrícolas, pelo Instituto Panafricano de Formação Cooperativa, atualmente, Universidade Africana para o Desenvolvimento Cooperativo (UADC).
Começa a sua carreira profissional, em 1975, como balconista de uma das lojas da ex-Central das Cooperativas de Cabo Verde. De 1976 a 1989, exerce as funções de animador, responsável pelo Departamento de Educação e Promoção Cooperativa e Coordenador dos Centros Regionais de Promoção e Desenvolvimento Cooperativo, respetivamente. De 1989 a 1991, desempenhou as funções de Diretor do Projeto de Desenvolvimento do Bairro de Ponta d’Água, na Cidade da Praia. Em 1991, por um período de 6 meses, exerceu as funções de Presidente do Instituto Nacional das Cooperativas de Cabo Verde (INC).
Simultaneamente desenvolveu uma carreira de formador e consultor, no país e no estrangeiro, junto de instituições nacionais, regionais e multilaterais, nos domínios do cooperativ¬ismo, associativismo, desenvolvimento comunitário, poder local, descentralização e, no geral, sobre a problemática da participação das populações no desenvolvimento.
No plano político, participou ativamente nas campanhas de luta pela independência de Cabo Verde, tendo militado nas fileiras do PAIGC – Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, de 1975 a 1976. A partir de 1989, participa no processo político que culminou com a criação do MpD – Movimento para a Democracia, tendo sido eleito Deputado nas primeiras eleições legislativas plurais, a 13 de Janeiro de 1991, e assumi¬do as funções de Líder do Grupo Parlamentar.
A 15 de Dezembro de 1991, data da realização das primeiras eleições autárquicas em Cabo Verde, foi eleito Presidente da Câmara Municipal da Praia, tendo sido reeleito para um segundo mandato, de 1996 a 2000.

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