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Coração Duplo

de Marcel Schwob
editor: Cavalo de Ferro, janeiro de 2019
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«O coração do homem é duplo; nele o egoísmo compensa a caridade; a pessoa é o contrapeso das massas; a conservação do ser conta com o sacrifício dos outros; os polos do coração estão no fundo do eu e no fundo da humanidade.»

Estreia literária de Marcel Schwob, marcada por um estilo novo de fantástico, influência maior para o surrealismo vindouro de André Breton ou o imaginário de Jorge Luis Borges, Coração Duplo ocupa um lugar de destaque na Literatura mundial.

Ao longo das suas páginas, sob o signo do Terror e Piedade, desfilam cenários de banquetes faustosos na antiga Roma, ambientes góticos da Paris medieval ou relatos apocalípticos de sociedades futuras, onde o absurdo e o sobrenatural se encontram com o humor negro, e o medo espreita na fantasia do sonho.

Assumindo claramente a influência de Robert Louis Stevenson, a quem dedica este livro, Marcel Schwob cria um conjunto de contos baseados no conceito aristotélico do terror e piedade que deveria estar na base de toda a ficção.

Coração Duplo

de Marcel Schwob

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896232672
Editor: Cavalo de Ferro
Data de Lançamento: janeiro de 2019
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 226 x 19 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 264
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896232672

Surrealismo precoce ou como compreender Borges

J.G.

Em obra de estreia compartimentada por contos, Marcel Schwob (1867-1905), desfila-nos episódios ao longo da História, com especial incidência na francesa dos séculos XVIII e XIX. Aí evidenciam-se as suas facetas de escritor, de estudioso medieval, para além das outras que compuseram a sua vida: jornalista, crítico e teórico literário, e tradutor de obras. Presente nas tramas a duplicidade humana na resposta às situações vividas, daí o título “Coração duplo” - “nele o egoísmo compensa a caridade” - num combate aceso entre a bonomia e a malvadez; manifesta-se igualmente o tétrico ao qual não será inocente a sua ligação a Poe (traduziu e divulgou), e uma precocidade surrealista nas características psicológicas - e suas consequências - dos personagens. Carrega de pormenores os ambientes onde se desenvolvem os contos conferindo-lhes teatralidade e autenticidade, atestando a sua cultura. Por tudo isto se compreende a escrita de Jorge Luís Borges em clara influência aludida por ele mesmo: “A sua escrita inventou um método curioso. Os protagonistas são reais; os factos podem ser fabulosos e muitas vezes fantásticos” (Cf. “Biblioteca Pessoal”, pp. 69-70, Lisboa: Quetzal, 2014, 1ªed.). Por último, e para além da recomendação da leitura desta obra, sugiro uma atenção para a restante bibliografia de Schwob, pela singularidade do seu estilo e dos temas tratados.

SOBRE O AUTOR

Marcel Schwob

Uma das mais importantes figuras da vida cultural parisiense. Frequentou os círculos simbolistas e surrealistas. Antes de se tornar escritor, foi jornalista, cronista e um estudioso do argot medieval, das tradições orientais e das literaturas antigas anglo-saxónicas. Dedicou-se à crítica, à teoria literária e traduziu e divulgou em França vários autores de relevo.

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