Cicatriz
de Sofia Neto
Saiba mais sobre preços e promoções consultando as nossas condições gerais de venda.
Saiba mais sobre preços e promoções consultando as nossas condições gerais de venda.
DATA PREVISTA DE ENTREGA
A Data Prevista de Entrega é uma previsão não vinculativa e que analisa vários fatores, tais como: a disponibilidade de stock do artigo, o tempo de trânsito para a morada de destino, o tempo de processamento, entre outros. A data prevista de entrega pode ser alvo de alterações e recálculos, nos seguintes cenários não exclusivos: caso o pagamento não seja efetuado de imediato; o cliente altere a sua encomenda; exista uma diferença na disponibilidade de um artigo; necessidade de um pagamento suplementar; entre outros. Pode consultar a data prevista de entrega da sua encomenda no último passo do checkout e confirmar a mesma nos detalhes da encomenda a partir da área de cliente.EM STOCK
Pelo menos uma unidade deste artigo encontra-se disponível no nosso armazém. Sujeito a confirmação após pagamento.PRÉ-LANÇAMENTO
A data apresentada corresponde à data de lançamento do artigo no mercado. As encomendas serão entregues na data de lançamento se registadas e pagas até 48h úteis antes dessa data e para moradas em Portugal Continental. Para encomendas registadas depois desse prazo ou para outros destinos, será indicada uma data prevista de entrega.DISPONÍVEL
Artigos que se encontram disponíveis nos fornecedores e que serão expedidos após receção do artigo no nosso armazém.Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789898513847 |
Editor: | Edições Polvo |
Data de Lançamento: | junho de 2018 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 176 x 246 x 9 mm |
Encadernação: | Capa dura |
Páginas: | 64 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Banda Desenhada > Novela Gráfica |
EAN: | 9789898513847 |
Marcas de vida
Pedro Cleto
Sofia Neto, na sua primeira obra longa, surpreende pela forma como explora um tom mais intimista - que de alguma forma lhe era expectável - combinado com um registo de antecipação. E como diz tanto ou (aparentemente) tão pouco. Sabemos muito pouco sobre o futuro apresentado e sobre o local em que a ação decorre, mesmo após a leitura da obra. Podemos imaginar um cenário português - pelos nomes dos intervenientes - e um futuro pós-apocalíptico - embora desconhecendo os seus contornos. Só nos é revelado que existe uma cidade, onde as pessoas são mantidas (mais ou menos) à força, sob a imagem de uma aura de felicidade e sorte indefinidas, e que existem sobreviventes, no exterior, que reaprendem a viver em harmonia com a natureza, embora sempre sob a ameaça dos animais selvagens que nela vivem, dos quais o mais perigoso é (sempre) o homem. Entre eles, há os que se sentem confortáveis com a nova vida e os que desejam voltar à cidade, atraídos por imagens esparsas de passados melhores. Diana, a protagonista, saiu da cidade à procura de Salomé, uma exploradora desaparecida. Entre elas existe uma relação de cumplicidade - ou algo mais - embora seja muito o que as separa agora - ou apenas o olhar mais alargada sobre a realidade e uma nova percepção que as duas processam de forma diferente. A busca, de descoberta e iniciação, leva-a a cruzar-se com diferentes pequenas comunidades, isoladas, divididas. O clima reinante é de medo, receio do próximo e do desconhecido, sobrevivência a todo o custo, de aplicação da lei do mais forte. Rumores, boatos, relatos dispersos, contraditórios - dentro e fora da cidade - espalham a esperança quase da mesma forma que a destroem. Não vou contar mais de Cicatriz - já ficou escrito demasiado - mas estas linhas ajudaram(-me) a perceber - e ordenar? - o muito que Sofia Neto nos disse em apenas 60 pranchas de banda desenhada. Melhor, o muito que nos deixou intuir - na prática ela diz-nos mesmo muito pouco - através de um relato impreciso e muito aberto, sobre equilíbrios, relações e sobrevivência que, se pode ser lido apenas por si só, poderá vir a fazer mais sentido se for integrado num todo maior - entenda-se outros livros no mesmo registo - que nos revele outras ‘cicatrizes’, outras marcas que a vida - ou alguém por ela - deixa (profundamente) em nós.