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Cendrillon

de Joël Pommerat

idioma: francês
editor: ACTES SUD-PAPIERS, abril de 2012
Une toute jeune fille comprend difficilement les derniers mots de sa mère mourante, mais n'ose lui faire répéter. Pourtant voilà Cendrillon liée à cette phrase : «Tant que tu penseras à moi tout le temps, sans jamais m'oublier plus de cinq minutes, je ne mourrai pas tout à fait.» Joël Pommerat part du deuil et de ce malentendu pour éclairer le conte d'une nouvelle lumière. Sur la trame de Cendrillon, Joël Pommerat tisse sa propre vision de la jeune orpheline, comme il l'avait fait avec Pinocchio ou Le Petit Chaperon Rouge. Il choisit de commencer l'histoire un peu plus haut, au moment où la mère malade adresse à sa fille des paroles presque inaudibles, qu'elle comprend de travers. Cendrillon se persuade alors qu'elle doit constamment penser à sa mère pour la garder vivante. Dans sa nouvelle famille composée d'une belle-mère égocentrique, de deux soeurs teigneuses et d'un père déboussolé, elle renonce à tout plaisir pour ne plus se concentrer que sur la mémoire de sa mère. Mais Cendrillon est une enfant et c'est donc aussi d'avenir qu'il s'agit. Elle trouve des points d'appui pour entrer enfin de plain pied dans le désir et l'existence : une fée déjantée et un prince avec qui elle peut parler de l'absence. Sa mère à lui aussi est morte mais lui aussi préfère se laisser berner depuis dix ans par les mensonges de son père.

Cendrillon

de Joël Pommerat

Propriedade Descrição
ISBN: 9782330005559
Editor: ACTES SUD-PAPIERS
Data de Lançamento: abril de 2012
Idioma: Francês
Páginas: 135
Tipo de produto: Livro
Coleção: Petits Bonheurs Maison
Classificação temática: Livros em Francês > Literatura > Poesia Livros em Francês > Literatura > Outras Formas Literárias
EAN: 9782330005559
Joël Pommerat

Joël Pommerat (n. 1963), Autor e encenador francês.
Funda a Compagnie Louis Brouillard em 1990. Encena apenas os seus próprios textos. Segundo ele, não existe uma hierarquia: a encenação e o texto são elaborados num mesmo tempo. Identifica-se como escritor de espetáculos. Em 1995, cria Pôles, o primeiro texto que considera artisticamente bem conseguido. É também o primeiro a ser publicado, em 2002. Em 2004, o TNS (Théâtre National de Strasbourg) acolhe Au Monde, o seu primeiro grande sucesso. Com a trilogia Au Monde (2004), D’une seule main (2005) e Les Marchands (2006), Joël Pommerat ancora ainda mais diretamente as suas peças na realidade contemporânea e na problemática das nossas representações. Aborda o real nos seus múltiplos aspetos, materiais, concretos e imaginários. Au Monde, Les Marchands e Le Petit Chaperon rouge são apresentados no Festival de Avignon, onde é igualmente criado Je Tremble (1 e 2). Continua a sua reescrita de contos com Pinocchio e Cendrillon. Através de um dispositivo circular, apresenta Cercles/Fictions (2010) e Ma Chambre froide (2012). La Réunification des deux Corées (2013) decorre num espaço bifrontal, em que os espectadores se encontram frente a frente. Em 2015, Pommerat estreia Vai Ficar Tudo Bem (1) Fim de Luís, uma ficção verdadeira inspirada nos episódios da Revolução Francesa de 1789. Desde 2014, trabalha na prisão de Arles com reclusos condenados a penas longas. Com eles, cria três espetáculos, nomeadamente Marius e Amours. Contes et légendes é apresentado em La Rochelle, em 2019. Para ópera, cria Thanks to my Eyes, Pinocchio e L’Inondation. Joël Pommerat propõe um teatro visual, íntimo e espetacular. O seu trabalho assenta numa grande presença dos atores e na perturbação do espectador. Refletiu sobre a sua prática artística em duas obras: Théâtres en présence (2007) e, com Joëlle Gayot, Joël Pommerat.

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