Cartas do Meu Magrebe

de Ernesto de Sousa

editor: Tinta da China, julho de 2011
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Ernesto de Sousa (1921-1988) foi um artista de vários domínios, nomeadamente nas artes visuais e no cinema. Foi personagem central da cultura portuguesa. Fizeram parte do seu círculo de relações Almada Negreiros, Alves Redol, Lopes Graça, entre muitos outros. O seu filme Dom Roberto (1963), precursor do «cinema novo», foi premiado em Cannes. A caminho da Alemanha para apresentar Dom Roberto, Ernesto de Sousa fez um longo desvio pelo Magrebe (Marrocos, Argélia, Tunísia), de onde se corresponderia com o Jornal de Notícias. Os textos que escreveu mostram uma região muito para além dos tumultos políticos da conquista das independências. Mostram um escritor que nos cativa, procurando caminhos para entender a humanidade, para estabelecer laços com os outros.

« […]Cartas do Meu Magrebe é o registo sentido, assente na curiosidade e aberto ao imprevisto de uma viagem que não se esgota nos caminhos. Gestos de cortesia, rotinas de um património monumental ou a partilha de momentos que se tornam tão mais significativos quanto surgem do acaso têm, para o autor, tanta ou mais importância que o percurso.»
Sara Figueiredo Costa, Time Out

«Apesar de grande, o barco que nos leva de Algeciras a Tânger tem a graça airosa de um pássaro, branco e abstracto. Afasta- se de Gibraltar, uma rocha impressionante com o nome de um guerreiro berbere, para procurar as luzes de África. A meio caminho vemos as duas costas. Acreditar- se- ia com maior evidência na mudança de continente ao atravessar os Pirenéus.»

Cartas do Meu Magrebe

de Ernesto de Sousa

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896710910
Editor: Tinta da China
Data de Lançamento: julho de 2011
Idioma: Português
Dimensões: 143 x 200 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 144
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Literatura de Viagem
EAN: 9789896710910
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Uma viagem pela Argélia, Marrocos e Tunísia.

Vera Reis

O espírito vanguardista de Ernesto de Sousa ressalta logo desde ínicio. É impressionante a actualidade dos seus relatos sobre o Norte de África. Os tempos mudaram mas os problemas mantêm-se. Ernensto de Sousa, auto-intitulando-se de jornalista, oferece-nos um relato muito mais do que uma crónca ou reportagem. Oferece-nos um relato denso da forma como se vivia naquele espaço que estava perdido entre aquilo que tinha sido e aquilo que pretendia ser. Permite-nos conhecer as pessoas e a sua cultura sem qualquer filtro ou juízo de valor.

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