As Três Vidas
de João Tordo
Sobre
o LivroQuem é António Augusto Millhouse Pascal? Que segredos rodeiam a vida deste homem de idade, que se esconde do mundo num casarão de província, acompanhado de três netos insolentes, um jardineiro soturno e uma lista de clientes tão abastados e vividos, como perigosos e loucos? São estes os mistérios que o narrador, um rapaz de uma família modesta, vai procurar desvendar não podendo adivinhar que o emprego que lhe é oferecido por Millhouse Pascal se irá transformar numa obsessão que acabará por consumir a sua própria vida. Passando pelo Alentejo, por Lisboa e por Nova Iorque em plenos anos oitenta - época de todas as ganâncias - e, desvendando o passado turbulento do seu patrão - na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial -, As Três Vidas é uma viagem de autodescoberta através do «outro». Cruzando a história sangrenta do século XX com a história destas personagens, este romance é também sobre a paixão do narrador por Camila, a neta mais velha de Millhouse Pascal, e sobre a procura pelo destino secreto que a aguarda; que estará, tal como o do seu avô, inexoravelmente ligado ao destino de um mundo que ameaça, a qualquer momento, resvalar da estreita corda bamba sobre a qual ela se sustém.
Um dos livros mais cativantes que já li. Extremamente bem escrito, envolvente e empolgante. O primeiro livro que me deu uma sensação de estar a perder algo assim que terminei de o ler. Recomendo a todos os leitores.
Considero-me um viciado em leitura. Leio em média dois livros por senama. Não tenho um estilo literário favorito, e por isso, vou lendo aquilo que me vai chegando às mãos. Foi quase sem querer que descobri o João Tordo. Vi a sua fotografia na parte interior da capa de "os contos de vampiros", e houve imediatamente duas coisas que me chamaram a atenção. Uma delas, era o seu ar jovem e descontraído, e outra, era o seu nome, que associei ao cantor Frenando Tordo, e mais tarde vim a comprovar que era realmente seu pai. Quando começei a ler o livros " As três vidas", fiquei imediatamente deslumbrado. Numa escrita bastante simples, e sem floreados, João Tordo consegue transpor o leitor para a acção da história, e todas as emoções vividas pela personagem principal, mas sobretudo as angústias, são encaradas como se fossesmos nós a estar na pele do jovem personagem. acomselho vivamente a lerem este livro. Foi uma agradabilissíma surpresa, e arrisco-me m4esmo a dizer, que foi provavelmente o melhor livro que li nos últimos 10 anos.