Aprender a Falar com as Plantas Livro
de Marta Orriols
Sobre
o LivroPaula Cid é uma neonatologista de 42 anos. Apaixonada pelo seu trabalho e mergulhada na rotina de um relacionamento que dura há quinze anos, perde o companheiro num acidente poucas horas depois de ele a ter convidado para um almoço em que lhe disse que havia outra mulher na sua vida e ia sair de casa.
Juntamente com o choque de uma morte estúpida e prematura, Paula terá, pois, de enfrentar o desgosto de ter sido abandonada e de lidar não apenas com o luto, mas sobretudo com o ressentimento e o rancor.
Aprender a Falar com as Plantas confirmou Marta Orriols, que já tinha publicado contos, como uma das autoras espanholas mais interessantes da atualidade.
Vencedor dos prémios Òmnium e L’Illa dels Llibres, o romance revela os pormenores da alma feminina, levando-nos em segundos da dor à ternura, do sorriso à emoção mais dramática.
Um romance sobre o luto. A história de uma mulher que perde o marido e sobre o processo de recuperação da perda. muito bonito e genuíno.
Um livro apaixonante a cada virar de página. Uma história escrita em "várias frentes", ajudando a descobrir as diferentes camadas da personagem principal que, se tivermos a capacidade de nos olharmos para dentro, rapidamente percebemos que também nós somos assim, sempre em auto descoberta, repletos de dúvidas e certezas mas humanos. O título é bastante sugestivo, apelativo e principalmente desafiante. Mas cheio de conteúdo! Recomendo vivamente!
Gostei da forma sincera como a autora explora a mente da personagem principal. Depois de passar por uma perda. A dualidade de sentimentos e emoções. O distanciamento e a depressão ... a não alegria ... o querer sair e não conseguir.. o amar incondicional depois de uma traição.. superar a morte.
É uma narrativa poderosa, rara, muito bem escrita, em que cada palavra nos entra pela pele, pela alma! Aconselho vivamente a sua leitura, sobretudo àqueles que perderam “ alguém” e que buscam uma explicação/ um “consolo” para a perda.Há uma frase ( entre outras!) que considero particularmente marcante :[...] quando dizem que podemos sentir os mortos, e que é dentro de nós que podemos manter os outros vivos.” p.132.