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A Morte não é Prioritária

Biografia de Manoel de Oliveira

de Paulo José Miranda
Livro eBook
editor: Contraponto Editores, setembro de 2019
19,90€
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RECOMENDADO PELO PLANO NACIONAL DE LEITURA
Manoel de Oliveira dedicou-se a tempo inteiro ao cinema numa idade em que a maioria das pessoas está já reformada: aos 70 anos. Mas isso não o impediu de filmar durante mais trinta e cinco anos. Este é, por isso, um livro sobre a capacidade de superação dos limites impostos pela vida, um livro acerca de um homem que esteve sempre pronto a começar de novo.
Em jovem, foi campeão nacional de salto à vara. E trapezista voador. Nessa mesma altura, realizou o primeiro filme, que foi aplaudido de pé por um Nobel da Literatura. Foi piloto de automóveis, vencendo várias provas. Tirou o brevet de piloto e sobrevoava a quinta da namorada largando cartas de amor. Foi galã de cinema, entrando em A Canção de Lisboa. Foi agricultor no Douro. E, por fim, gestor industrial.

Manoel de Oliveira está nos antípodas do convencional, não só no tocante à vida, mas também no que respeita à obra. Neste livro, Paulo José Miranda mergulha no génio do realizador, procurando compreender os filmes que fez à luz das revoluções que ia produzindo em diferentes épocas. Nesse sentido, esta é também, e ao mesmo tempo, uma biografia crítica e uma aproximação do leitor à obra de Oliveira, tardia e tantas vezes mal compreendida.

Apesar de constantemente impedido de filmar durante a ditadura, ao dar-se o 25 de Abril, Oliveira perde a fábrica e a casa que mandara construir quando casara. Nessa altura, diz ao produtor Paulo Branco, com quem tinha acabado de fazer o primeiro filme: «Paulo, agora temos de andar para a frente, agora tenho de viver do cinema.» O que, efetivamente, irá acontecer e durante muitos anos. Mais de vinte filmes depois, já perto dos 100 anos, Manoel ainda ousa dizer a um velho amigo: «Tenho de pensar no meu futuro.»

«Uma biografia a vários níveis exemplar.«
Pedro Mexia

«Na primeira biografia completa de Manoel de Oliveira, por vingança romântica perante décadas de obtusa comunicação com o público português, o que ressalta é a obra do realizador abrilhantada pela figura. Paulo José Miranda homenageou da melhor forma o seu biografado, vendo a pessoa através dos filmes e não os filmes através do homem. Manoel de Oliveira é revelado pela sua lente.»
Filipa Martins

«É extraordinário este livro do Paulo José Miranda.»
Manuel Sobrinho Simões

«O primeiro vencedor Prémio José Saramago estreia-se como biógrafo com a vida de Manoel de Oliveira. “A Morte Não É Prioritária”, mas esta vida é obrigatória. A vida do Mestre dava um filme. Para já, deu um livro. E que livro.»
João Paulo Sacadura, Rádio Observador

«O primeiro exercício biográfico sobre o grande realizador devolve-nos a totalidade de um percurso feito de filmes, paixões e convicções fortes (...). Não faltam episódios, polémicas com versões contraditórias, amores e desavenças, mas o tom e o ritmo é o de uma câmara que se demora no essencial, como nos filmes de Oliveira. É a biografia que a sua obra pede e merece. E por cobrir um século de humana existência, "A Morte Não É Prioritária” assume-se também como uma reflexão sobre as várias idades.»
Ricardo Duarte, Visão

«Poeta distinguido com o Prémio Teixeira de Pascoes, romancista detentor do Prémio José Saramago, dramaturgo, ensaísta e cinéfilo, Paulo José Miranda era o escritor certo para a dificílima tarefa de extrair uma biografia da infinda vida de Manoel de Oliveira.
Minucioso e atento aos detalhes, mas com o discernimento de se focar no essencial, revela histórias e trivialidades que dão um contributo decisivo para um retrato mais completo de um homem que foi muito mais do que o mais velho realizador do mundo.»
Time Out

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As curiosidades que lhe faltava saber sobre alguns dos maiores autores portugueses

Por ocasião do Dia do Autor Português, que se celebra a 22 de maio, revelamos curiosidades surpreendentes das vidas e obras de grandes autores nacionais – da pintura à música, da literatura ao cinema –, acompanhadas por boas sugestões de leitura, música e até visitas que despertam os sentidos. Júlio Pomar – O pintor que também era poeta Pomar não se limitava a pintar — escrevia poesia (lançou dois livros de poemas), fazia escultura e adorava banda desenhada. Defendia que um artista devia ter o direito de mudar de ideias, de estilo e de ferramenta. Pintou políticos, animais, fábulas e até Fernando Pessoa. Tinha humor, espírito crítico e uma obsessão por liberdade criativa.
🎨 Sugestão: Leia Prima Contradição, um livro de poemas que reúne os versos que o artista deixo por publicar e destinados à sua terceira obra poética, e depois visite o Cinema Batalha, no Porto, com os murais modernistas do pintor recuperados 75 anos após terem sido censurados e cobertos de pinta pela PIDE. Leve tempo e um olhar curioso — vai encontrar palavras escondidas entre pinceladas. QUERO LER! » Manoel de Oliveira – O cineasta eterno Realizou filmes durante nove décadas, e manteve-se activo quase até ao final da sua vida, aos 106 anos – quando nasceu, em 1908, Portugal era ainda um reino! Do seu primeiro filme em 1931 (Douro, Faina Fluvial), ao último, em 2014 – a curta metragem O Velho do Restelo, deixou um legado único e duradouro. Adorava participar em corridas de automóveis, usava sempre fato e gravata e dizia que «a pressa é inimiga do cinema».
🎬 Sugestão: Veja O Gebo e a Sombra — depois respire fundo e aceite que a obra do cineasta tem como marca um tempo próprio, como pode perceber melhor no livro A Morte Não é Prioritária. QUERO LER! » Trailer de O Gebo e a Sombra, de Manoel de Oliveira António Lobo Antunes – O médico das palavras Psiquiatra de profissão, Lobo Antunes foi mobilizado para a Guerra Colonial em Angola, nos anos 70, uma experiência que moldou toda a sua visão do mundo e vários dos seus romances. Tinha o hábito invulgar de escrever cartas aos leitores, numa crónica regular na Visão — quase como confissões escritas à mão e deixadas numa caixa de correio imaginária.
📘Sugestão de leitura: Memória de Elefante e Os Cus de Judas, os seus primeiro livros, marcadamente autobiográficos e muito ligados ao contexto da guerra colonial, que o consagraram como um dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos dentro e fora de Portugal. QUERO LER! » Fausto – o navegador da música portuguesa Fausto Bordalo Dias é um dos grandes alquimistas da música portuguesa. Compositor exigente com uma voz melodiosa, dedicou a vida a fundir a música popular, os sons do mundo e a História de Portugal. Foi um dos primeiros músicos portugueses a cruzar as sonoridades tradicionais com a música progressiva e elementos da cultura lusófona. Muitas das suas obras são verdadeiras epopeias cantadas — como se fossem romances em forma de álbum.
⛵🎵Sugestão: Ouça Por Este Rio Acima, uma verdadeira obra literária musicada, enquanto lê Peregrinação de de Fernão Mendes Pinto. QUERO LER! » Sérgio Godinho — músico, escritor e contador de histórias É uma das vozes mais marcantes da música portuguesa. Viveu no exílio durante o Estado Novo, o que marcou a sua obra com temas de luta e liberdade. Godinho é também escritor, com livros de poesia, crónicas e romances, onde mantém o seu tom irónico e íntimo. E nunca perdeu aquele seu “brilhozinho nos olhos”.
🎸 Sugestão de leitura: 75 Canções – Partituras, Letras, Cifras, a celebração de uma carreira cheia de boas músicas para tocar ou apenas cantar. QUERO LER! » Almada Negreiros – O dandy modernista Poucos saberão, mas Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe. Já em Lisboa, começou a destacar-se ainda adolescente pelos seus dotes para o desenho e para a escrita. Almada escrevia, fazia teatro, pintava murais, fazia vitrais, e dizia ter nascido com o dom de escandalizar, com fez ao protagonizar a Conferência Futurista, onde apareceu de monóculo e casaca, desafiando os costumes da época. Até coreografou e participou em vários bailados!
🎭Sugestão: Veja o painel que o artista pintou na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, e leia Ficções, que reúe todas as ficções almadianas conhecidas até à data, para além do romance Nome de Guerra, para um mergulho na energia única e modernista deste criador. QUERO LER! » Fernando Pessoa – O homem que era muitos Apesar de e pouco ter viajado, Pessoa era um cidadão do mundo nas ideias e no espírito. Falava fluentemente inglês, francês e alemão, e lia autores de todos os continentes, o que lhe deu uma visão global muito rara para a época. Não só criou dezenas de heterónimos, como fazia horóscopos para eles, já que era fascinado por astrologia. Descreveu Ricardo Reis como médico e poeta melancólico, e Álvaro de Campos como engenheiro naval fanfarrão e futurista.
✏️Sugestão de leitura: Prosa – Antologia Mínima, o essencial da prosa de Fernando Pessoa (ortónimo e heterónimo, ideal para ler com um copo de vinho tinto e música clássica em fundo. QUERO LER! »

A Morte não é Prioritária

Biografia de Manoel de Oliveira

de Paulo José Miranda

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896661656
Editor: Contraponto Editores
Data de Lançamento: setembro de 2019
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 234 x 35 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 584
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Arte > Cinema Livros em Português > Literatura > Biografias
EAN: 9789896661656
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

A Morte Não é Prioritária. A biografia de Manoel de Oliveira

Pedro Quintela

Uma biografia bastante exaustiva em torno da vida e obra de Manoel de Oliveira. Escrita numa linguagem clara, bastante acessível para não-especialistas em cinema, embora pessoalmente considere que é, por vezes, se regista algum barroco excessivo (eu teria preferido, nalgumas passagens, um texto mais sóbrio e ‘seco’). O biógrafo Paulo José Miranda não se furta, contudo, a fornecer suficientes elementos de enquadramento histórico-sociológico que permitem uma leitura mais ampla e dialogante do longo percurso de Oliveira e da obra artística que este produziu; são ainda inúmeros outros apontamentos, por vezes com um cariz mais 'anedótico' - aspetos que, no seu conjunto, revelam ter sido realizada uma investigação de fundo para a produção deste livro.

SOBRE O AUTOR

Paulo José Miranda

Paulo José Miranda nasceu em 1965, na Aldeia de Paio Pires. Licenciou-se em Filosofia e, em 1997, publicou o primeiro livro de poesia, A Voz Que Nos Trai, com o qual venceu o primeiro Prémio Teixeira de Pascoaes. Em 1999, e já a residir em Istambul, na Turquia, tornou-se também o primeiro vencedor do Prémio José Saramago, com a novela Natureza Morta. Mais tarde, viveu também em Macau e no Brasil, escrevendo poesia, ficção, teatro e ensaio. Em 2015, recebeu o Prémio Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, pelo livro de poesia Exercícios de Humano. No mesmo ano recebeu o prémio Ciranda com o romance A Máquina do Mundo. Regressou a Portugal nesse ano. Em 2016 publica Auto-retratos (poesia). Em 2019 publica a biografia de Manoel de Oliveira, A Morte Não é Prioritária. Em 2020 publica o romance Aaron Klein. No ano de 2022 publica um pequeno livro de poemas na Nova Mymosa intitulado Lembrando João Paulo Cotrim. Em 2023 edita um pequeno ensaio na Nova Mymosa intitulado A Lógica da Poesia - Contíguo a Cálice de Luís Carmelo.

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