Mensagem da autora
A Ilha da Formiga
de Gabriela Relvas
Uma vida inteira aconteceu-me enquanto escrevia. Juntei um mais um. A Ilha da Formiga, um nome extraído do café das oito da matina, enquanto comia pão de alfarroba com azeite, que mais sabia a chocolate. Noutros cafés, outras coisas. Aconteceu-me a Helena, com a música espanta-merdas perfeita a provocar-me o ouvido. Invadiram-me Bestas, Dias de Glória e de Desapego. E dias em que o amor foi Amoras. O narrador nem sempre foi preciso. Aconteceu com o tempo. O tempo tolda-nos os pensamentos ao mesmo tempo que nos põe nus.
Naquela manhã, o nome Ilha da Formiga vestiu-me. Pôs-me pronta. Talvez dê nome a isto, pensei. Este estado de isolamento com mil pensamentos trabalhadores cheios de fome de voz. Alguns a fazerem-me cócegas, outros a foderem-me o juízo. É que isto de viver vai-nos às emoções.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 978-989-766-239-3 |
Editor: | Coolbooks |
Data de Lançamento: | novembro de 2019 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 235 x 17 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 224 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Crónicas |
EAN: | 978989766239310 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Uma visão apaixonada do mundo
Miguel Frazão
O grande envolvimento passional com que a autora brinca com as suas experiências, estimula as nossas próprias crónicas de vida a formarem-se na cabeça. A delicadeza e cuidado com que junta as palavras para formar cada frase arranca sorrisos, dá nós no peito e alerta para as nossas próprias fraquezas. Muito interessante!
Uma viagem sensorial
Cláudia Martins
É uma viagem sensorial. De emoção. Como a vida que levamos, todos os dias. A Ilha da Formiga provoca-nos fome, desespero, sede, alegria, amor, desejo, gargalhadas, lágrimas. É um espelho o que a autora nos dá. No exercício de a ler descobrimos o nosso interior e criamos identificações constantes com o vivido e o sonhado.
A alma do Ser
Alex
A ilha da formiga mais que um livro que toca a alma do Ser é a singular capacidade que a autora tem de nos passar, de uma forma genuína, a beleza do Sentir das mais diversas formas - Uma explosão de emoções! Sem pudores e sem medos expõe o que a inquieta e relembra-nos que às vezes somos fortes e às vezes somos fracos, que ora rimos ora choramos, que mergulhamos e vimos à tona. Que a inquietude da ondulação a permite crescer e às pessoas que vão fazendo parte da sua vida, ela tece-lhes um discreto agradecimento. A autora no fundo quer dizer ao mundo que tudo vale a pena quando o caminho é percorrido com o coração. E as pessoas que a lêem vão querer fazer parte da ilha da formiga e vão querer deixar formigar à flor da pele o que realmente nos transforma - o Sentir.